09 março 2009

Mais um para a história


Aí vêm os recalcados e pedem jogos sem torcidas organizadas. Quero só ver se eles tiram a bunda do sofá para fazer festa quando o time precisa...
É um belo estádio este Prudentão. Grande, espaçoso e imponente, e isso só se percebe in loco. Pena que fique (quase) fora do nosso estado e logo em um lugar que é assolado por um calor infernal. Seria até uma opção interessante para novos clássicos entre Palmeiras e SCCP ou quaisquer outros times, mas é mais longe que o aceitável – tanto que as rodovias locais trazem mais placas indicando Mato Grosso do Sul do que São Paulo.

Posto isso, impressiona que uma arena tão grandiosa fique logo em uma cidade sem relevância para o futebol. E é bom dizer que, apesar de grande, o Prudentão deixa muito a desejar do lado externo, em especial pela questão dos acessos. Ou melhor, acesso, pois existe um único para as duas torcidas. Pior: não se trata de uma grande avenida, mas de ruas estreitas e residenciais, que terminam em um vale que abriga o campo.

Temos ali uma série de barrancos, campos vazios e tudo mais, um prato cheio para eventuais brigas, que ontem não aconteceram um tanto em virtude da incomum cordialidade entre os torcedores rivais e outro tanto devido ao bom trabalho da PM na escolta dos ônibus das torcidas organizadas (30 nossos e 29 deles, segundo ouvi no estádio).

A entrada para a arquibancada assemelha-se à do Santa Cruz (Ribeirão Preto), o que enseja uma série de cuidados na chegada do público. Os pontos positivos são o amplo espaço para circulação de torcedores, acima e abaixo da arquibancada, a visão panorâmica que se tem do gramado e a boa dimensão dos degraus, sem cadeiras ou babaquices do tipo.

De negativo, nada de novo: poucos, apertados e mal conservados banheiros e ausência de bares para venda de comida e bebida. E aí não se trata de conforto, mas de sobrevivência: água gelada era um artigo de primeira necessidade em uma tarde como a de ontem. Mas os clubes não sabem ganhar dinheiro e aí a água terminou ainda no início do jogo. Burrice sem tamanho.

A FPF, claro, fez valer a parceria maldita com a Prefeitura local e armou um circo itinerante lá em Prudente. Sei dizer que o pré-jogo foi de uma palhaçada poucas vezes vista, com espécimes as mais bizarras no campo de jogo. Cheer leaders com suas coreografias precárias, caipiras fazendo papel de idiotas, dirigentes, aspones, curiosos, mascotes imbecis do Del Nero e o que mais vocês puderem imaginar. Tudo isso com direito a som no último volume e um locutor imbecil a fazer graça. E isso tudo se repetiu no intervalo, pois já decidiram que o torcedor não tem direito a descanso.
As torcidas, diga-se, fizeram um duelo um pouco abaixo do esperado, em especial no primeiro tempo, quando o sol forte parecia torrar o cérebro de todos os 45 mil presentes, com maioria de palmeirenses.
Sobre o jogo, eis aqui:

Palmeiras x Corinthians é sempre Palmeiras x Corinthians. E era isso que deveríamos ter levado em conta antes de cantar vitória com a bola ainda rolando. É Palmeiras x Corinthians, porra! Mas aí a torcida gritou antes, o senhor Maurício Ramos fez a primeira merda, Marcão fez a segunda e deu no que deu.

No fim das contas, o resultado pareceu ser justo, e eu não tinha lá a menor condição de avaliar a parte tática (embora entenda que Diego Souza só deva deixar o time em situações excepcionais), técnica ou mesmo a atuação do trio de arbitragem. E, numa boa, não vejo motivo algum para reclamar do juiz ou de qualquer outra coisa, a não ser das nossas falhas defensivas, as mesmas sobre as quais eu já escrevi após a derrota da última terça.


Mas o que fica para mim, uma vez mais, é que o clássico Palmeiras x Corinthians viveu ontem mais um grande capítulo de sua história, e é sempre bom fazer parte dela.

Até quarta em Itu!


Mais uma para os sofás que só sabem reclamar...


Mais uma, e só porque nós somos foda!


E mais outra...

39 comentários:

pedro disse...

Eu queria dar o parabéns à torcida da palmeiras. Com a globo tentando ouvir o Corinthians, só ouvimos a nossa torcida. E isso com Ronaldo em campo (claro que no final eles sairam cantando). E o próprio Ronaldo destacou a torcida do Palmeiras em sua entrevista (deve ter ficado surpreso, afinal pelo que ouvimos na imprensa, a torcida do palmeiras não faz barulho...).

O Cruz não gostou do silêncio na Favela. Eu também não gosto dessa coisa de favela, baiano, macaco, dependendo de como dito é preconceito sim. Mas a música me soou, e no momento que soou, como um desabafo e uma festa. Uma legítima festa no chiqueiro.

Queria saber sua opinião.

Abraços,

Pedro.

Anônimo disse...

Não estive neste clássico, não pude ir por compromisso no domingo, pois é, em pleno domingo, mas assisti pela TV naturalmente, por isso concordo com vc meu caro Barneschi, depois de duas cagadas nossas em sequência, deu no que deu, porém, tomo a liberdade de discordar de vossa senhoria e dizer que o trio de arbitragem, e principalmente o vagabundo, safado, pilantra, cafajeste, ladrão e afins, do Abade, interferiram no transcorrer e no resultado final do Derby. Td começou no penalti claro no DS não marcado com menos de 3 minutos, daí pra frente a coisa foi feia...

Abs.

Rodrigo Barneschi disse...

Fala, Pedro! Eu não fiz referência a essa música, que já é tradicional e não soa como ofensa, mas pelo "Tá chegando a hora...", que foi precipitado. Era isso.

Washington disse...

Nao teve briga?? Não foi oq eu vi na TV! O Pau comeu sim!!

Rodrigo Barneschi disse...

Washington,

Você viu onde? Na TV? E você acredita?

Me desculpe, mas você não sabe o que é briga.

Pedro Pellegrino disse...

Belas imagens.

Anônimo disse...

Grande Barney!

Primeiramente parabens...recebeu minha msg?

e segundo...tava sentindo falta desse clima do jogo...mesmo estando a 700 km do estádio
uma pena nao ter ido!

infelizmente, a midia como sempre supervalorizou o fofão....fez um gol que qualquer jogador do nível do osmar faria...nada fora do normal, mas como foi o gordo, ai é outra coisa...

abs

Craudio disse...

Destaquei outras palavras do Ronaldinho, ditas hoje naquela excrescência que é o Bem-Amigos:

"Lá na Europa é totalmente diferente. Não tem a torcida organizada, que canta o tempo inteiro. Lá é igual a um teatro, um espetáculo".

O Galvão fingiu que não ouviu...

No mais, esclareço que ninguém fica ofendido no nosso lado em ser chamado de favelado. Aliás, a gente até usa esse termo, assim como vocês usam o porco. Acho que tanto aqui quanto no Cruz se combateu a soberba, digna de punições e que atinge todas as torcidas quando elas são infestadas por "torcedores comuns".

Anônimo disse...

porra, vc demorou tanto tempo pra ficr faland0 do estadio e naum descer o pau na midia que tah falando do gol do cata como se a gente tvesse perdido?

Rodrigo Barneschi disse...

Renato:
Não me lembro de tê-lo visto comentando por aqui antes, de tal forma que este comentário em tom de cobrança soa bastante estranho.

E não te devo explicações, nem a ninguém, mas digo apenas que 'demorei' tanto para escrever aqui porque cheguei tarde de Presidente Prudente e eu tenho o costume de trabalhar durante o dia. Portanto, no tempo que me sobra, eis aqui o texto.

Parece, no entanto, que você não é um leitor habitual. Se fosse, saberia que este blog tem como tema a arquibancada e o jogo visto a partir dela e não pela TV. Assim, é natural que eu escreva mais sobre o estádio e sobre os bastidores que cercam o jogo.

Se você quer um relato do jogo ou coisa do tipo, tem muita gente escrevendo sobre isso por aí. Boa sorte.


Rafa:
Valeu, meu caro. Recebi as mensagens sim. Só ficou difícil de responder na correria toda e naquele clima do jogo. Mas obrigado pela lembrança.


Craudio:
Imagino mesmo que vocês não se sintam ofendidos. E eu não encaro a coisa no sentido de "eu sou rico e você é pobre", mesmo porque muitos dos palmeirenses que cantam isso moram em favela. Não é esse o ponto, portanto. O que me incomodou foi que a nossa torcida começou com "Tá chegando a hora..." cedo demais. É um clássico, porra! Tinha que esperar até o último segundo.

Anônimo disse...

Esse talvez tenha sido o post mais morno da história deste blog. Logo depois de clássico tão quente e fenomenal.

Talvez porque os palmeirenses tão se pegando na porrada em outros blogs por aí né? No Cruz de Savóia a coisa tá feia, terra arrasada mesmo.

Aqui, não. Aqui corintiano agradece por ser chamado de favelado. High level.

abs

Anônimo disse...

Há tempos, ou melhor, eu nunca ví tanta "cordialidade" entre as torcidas Palmeirense e Corinthiana! Os rivais se uniram contra a corja do inimigo!

Acho muito bonita a rivalidade entre os dois grandes do Estado, você não vê outro clássico desse nível, e o resultado final ao meu ver acabou sendo justo!

PS: Não fui ao estádio, e parabenizo as duas torcidas pela bela festa! E um show à parte dos gritos palestrinos, mesmo com os microfones voltados pro lado oposto!

Orgulho de ser palmeirense!

Vitor dos Reis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vitor dos Reis disse...

Bom sobre a música , não tem nada de preconceito, cantamos que os bambis são viados, que os santistas são caiçaras e que os corinthianos são favelados, não quer dizer que isso seja verdade, assim como xingamos a mãe do juiz de puta mesmo que ela não seja, pelo amor de Deus né..Sendo que a torcida curintiana canta:

"..maloqueiro e sofredor.."

O Claudio disse tudo, a gaviões tem até música que diz " festa na favela" E daí?

Agora sobre a festa das torcidas foi sensacional,e a ação das duas diretorias também, não pude ir ao jogo e sempre é muito doloroso ficar de fora de um Palmeiras x SCCP..O resultado foi justo pq simplismente o Sr. Madureira na minha opinião foi COVARDE, só isso.
Tenho fé que encontraremos o rivale em breve no quadrangular final, aí amigo, a história será outra.

Abraços,
E Adeilton no Cruz de Savóia, tem nego que nem palmeirense é, e está lá tumultuando com o Rapha, quero que esses caras vão a merda.

Anônimo disse...

Esse era um jogo para as 17h, igual fazem no Rio de Janeiro. Os times claramente se pouparam no primeiro tempo, para tentar resolver no segundo.

Tava bonita a torcida. Essa última foto ficou linda demais.

Teo disse...

A prefeitura e a federação fizeram de tudo para que o Derby ficasse bem parecido com um rodeio.
E não é por mal, eles acreditam que agradarão o torcedor com esse monte de idiotice, pois é a idéia que eles têm de futebol. É por isso que só entro no estádio quando percebo que acabaram de tocar o Hino. Em PP bebendo cerveja ao lado de fora do estádio eu já estava ficando deprimido com aquelas músicas e os gritos do locutor, imagino lá dentro com direito às imagens. Tosco demais.
Futebol não é festa!
Aliás, eu proibiria o uso de alto falantes em estádio, a não ser para serviço de utilidade pública, tipo criança perdida.

Anônimo disse...

Grande Barneschi,

Parabéns pelo jogo e pelo seu aniversário! Aniversariar no Derby é sensacional! Como Palmeirense, gostaria de ter nascido na data da maior goleada nossa sobre a mundiça!

No mais, o que achou de toda a confraternização do povo do interior paulista neste Derby, que fizeram o Clássico da Paz e da Família sentando rival ao lado de rival sem que nada acontecesse? Foi bonito, não foi? Ê nostalgia!

Abraço!

Seo Cruz disse...

Só para esclarecer: o Cráudio resume bem no post dele o SENTIMENTO DE SUPERIORIDADE SOCIAL emanado por parte da torcida Alviverde, o que realmente não tem relação direta com essa música. Foi, no meu post, apenas um gancho para citar fatos recentemente relatados por leitores que compareceram ao setor Visa, onde habita um ruivo que adora ficar imitando macaco em frente ao vidro (o amigo Lula quem presenciou), enquanto alguns outros ali mesmo (no setor Câncer) chamavam os bolivianos de 'bandidos' no jogo contra o Potosi.

Contra o Colo-Colo, a falta de argumentos dessa gente ignorante decretava: 'Willians, volta pra Bahia' e 'Diego, seu gaúcho de merda'.

Na minha modestíssima opinião, a torcida que canta e vibra (parte dela, é mais correto) está se transformando na torcida que rotula e exclui.

Anônimo disse...

Caralho hein Rodrigo, antes era só para ter lembrança do jogo, agora já tem até que dar satisfação do que escreve, tá foda.
Sobre a cordialidade que o cara escreveu ai, isso foi coisa das emissoras com os caipiras, quem saiu de São Paulo estava bem atento e pronto para tudo, se bem que teve um pequeno corre-corre no inicio do jogo e que a PM acabou logo ( tinha uns 10 Pms a cada 50 torcedores, era muita coisa).
Sobre o fato de xingarmos os caras de favelados e tal, isso é coisa do futebol e nunca vai acabar.
Xingar o Ixport quando vem no Palestra de bando de nordestinos naum quer dizer que odiamos os nordestinos, mas odiamos o Ixport e ele é nordestino, do mesmo jeito que falamos cariocas de merda quando vem qualquer time de lá.
Sobre imitar macaco, é foda assumir, mas tem muita gente que não gosta de negro, na nossa torcida, nos bixas e até mesmo nos galinhas, a diferença é que quando se faz isso no Palestra ninguem fala nada, diferente se o cara fizer isso em um dia de jogo dos galinhas no Pacaembú.
Para quem não estava, na liberta contra os bichas, quando o Grafite para provocar passou na frente da nossa torcida, todos começaram a imitar macaco, e digo todos, pq tinha um cara negro do meu lado e imitando macaco. Ele sabia que não era para todos os negros, mas para o Grafite.

Abraços

Zoinho

E amanhã é dia de falar, vão se fuder caipirada de merda !!!!

Anônimo disse...

Caro Vitor MV

O próprio dono do Cruz de Savóia diz que, SIM, são palmeirenses os caras que tumultuam, inclusive alguns racistas da pior espécie

Aliás gostei daquele blog, bastante lúcido e sem papas na língua

abs

Vitor dos Reis disse...

Sim Adeilton, alguns são porque sempre comentam por lá, mas outros nunca tinham aparecido, é um pouco estranho.

E realmente cara o Cruz de Savóia não tem papas na lingua, por isso, é considerado por alguns o "melhor" e mais "combatente" blog da midia Palestrina.
Sem puxar o saco, mas o Cruz de Savóia e o Forza Palestra(Barneschi) se tornaram leitura obrigatória pra mim todos os dias, um por sua ousadia(Cruz) e o outro pela sua "visão" tão real de arquibancada(Forza)

Ah e já ia me esquecendo, parabéns Barneschi,felicidades!

Abraços,

Anônimo disse...

Caro Zoinho,

Estive naquele jogo da Libertadores e não admito que você diga que todos, sem exceção, imitaram macaco. Eu não! Meus amigos, não!
E vou além: naquele episódio, um dos mais tristes da história palestrina, temos de agradecer ao inimigo (imprensa) por ter feito ouvidos moucos. Saiu bem baratinho para nós. O Grafite prometeu mijar de porta aberta e mijou. Coisas do futebol. Afinal de contas, a chave de nossa casa estava nas mãos do Mustafá. Naquela época, como sabemos, era permitido mijar na pia de porta aberta, limpar os sapatos na colcha, o rabo na cortina, cagar na mesa e gozar no pano de prato do Palestra.

Em relação ao negro que imitou macaco, parafraseio Mano Brown: "Eu vejo um mano nessas condições, não dá. Será assim que eu deveria estar?"

Abraço,
LULA

Anônimo disse...

Não tenho o que dizer sobre a recepção que tivemos por lá. Alguns prudentinos trataram-nos como se fôssemos deuses.

LULA

Anônimo disse...

Lula,

Eu estava no meio da MV e digo todos que estavam na minha vista, e se vc naum imitou com certeza alguem ao seu lado imitou.
O que quis dizer é que isso é um problema social que acontece em todos os lugares, ou vc nunca viu uma cagada no transito em outro qualquer lugar e veio de bate pronto a frase, só podia ser preto mesmo.
A mulecada cresce ouvindo piadinhas cara, e aprendem assim. A unica diferença é que em um estadio e principalmente no Palestra essas iniciativas que muitas vezes são reprimidas na rua, lá é liberado.
Tento ir em todos os jogos do Palmeiras, seja em casa seja fora, e digo que na maioria das vezes pelo menos um " preto de merda" eu escuto. Fora os insultos contra nordestinos, cariocas, indigenas ( bolivianos, equatorianos e etc.).
O que estou dizendo é que uma reação de raiva em um estádio de futebol querendo ou não é normal,e dificilmente acabará tão cedo.
E hj caso vc vá a Itu com certeza ouvirá " seus caipiras de merda" entre outras coisas.

Abraços

Zoinho centro/sul

Anônimo disse...

Zoinho,

O comportamento do torcedor eu também sei de cor. Frequento o PI desde 1983. Naquela época, esse tipo de manifestação era ainda mais generalizada, nossa torcida era bem menos miscigenada e os italianos - de boina e o Semp de couro na orelha - tinham no racismo a única válvula de escape. O tempo passou e o Palmeiras começou a levantar taças, afugentando a escória e trazendo novos torcedores de todos os tipos. Ocorre que alguns torcedores começam a exigir uma mudança de comportamento, para que as coisas não voltem a ser como eram há 30 anos. Os outros estão indo em frente, melhor acompanhá-los. A Portuguesa deixou o rebotalho tomar conta de sua torcida - anda até fazendo uniforme preto - e irá pagar por isso.

Abraço,
LULA.

Anônimo disse...

Na boa, a discussão está partindo para hipocresia. Não é pelo fato de eu chamar meu adversário de macaco que eu sou racista ou qualquer outra coisa. Trata-se de uma manifestação normal e de jogo.

Desculpe, mas chamar o grafite de macaco foi pouco, ele merecia muito mais, se pudesse jogaria banana no campo. E isto não me torna um intolerante, nem nada de ruim. O futebol vai sempre nos levar a comportamentos extremos!

Tenho negros amigos e na família, por isso falo tudo isso com a consciência em paz.

Bom, sinceramente? Acho que tem coisa muito mais importante para o Palmeirense se preocupar.

Abraço

Anônimo disse...

Na boa, a discussão está partindo para hipocresia. Não é pelo fato de eu chamar meu adversário de macaco que eu sou racista ou qualquer outra coisa. Trata-se de uma manifestação normal e de jogo.

Desculpe, mas chamar o grafite de macaco foi pouco, ele merecia muito mais, se pudesse jogaria banana no campo. E isto não me torna um intolerante, nem nada de ruim. O futebol vai sempre nos levar a comportamentos extremos!

Tenho negros amigos e na família, por isso falo tudo isso com a consciência em paz.

Bom, sinceramente? Acho que tem coisa muito mais importante para o Palmeirense se preocupar.

Abraço

Anônimo disse...

O tal Luiz é o autêntico racista brasileiro. Faça como os racistas do resto do mundo: assuma-se! Saia do armário. É muito mais honesto.

Vitor dos Reis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vitor dos Reis disse...

Anônimo, faça como todo HOMEM DE VERDADE, coloque seu nome!!

Anônimo disse...

Está no Código Penal: tanto a prática quanto a apologia do racismo são crimes passíveis de cadeia.

Estava demorando para descambar nisso.

Paulo D. Prado

Anônimo disse...

Paulo,

Conheço o Luiz ( se for quem estou pensando). E posso dizer que ele não é racista, mas em dia de jogo quando os nervos estão a flor da pele algumas expressões são usadas.
Digo ainda que tenho sim, amigos que são racistas e que sempre estão comigo em jogo, não vou citar nomes, mas eles sabem, e nem por isso deixam de ser Palmeirenses como eu. E não se manifestam fora do estádio.
O que acho é o seguinte, vc pode gostar de pessoas de outra cor, ou não ninguem te obriga, vc não pode desrespeitar, mas o fato de vc dizer que não gosta de negro não pode ser crime nem nada de errado. O proprio mano Brown que o Lula citou não gosta de branco, ele é racista ??
Usar uma camisa escrito Black Power pode, mas se eu usar uma camisa White Power sou racista ( não que eu a use ).
Acho que tem que parar com essa hipocresia, gosta de negro quem quiser, gosta de branco quem quiser.
E todos tem que se orgulhar do que é.
Me orgulho de ser branco.
E quem for negro que ser orgulhe de ser.
E assim todos devem ser orgulhar.

Menos os viados, que não deveriam viver !!!

Abraços

Zoinho

Anônimo disse...

Um negro imitando macaco para um jogador deve ser uma cena ridícula. Está zuando a si próprio.

Zoinho, a questão é que a raça branca não precisa ficar se autoafirmando, pois ela já está no poder e exclui os diferentes dela.

Um negro usar uma camisa "Black Power" é mais uma forma de protesto contra essa exclusão sofrida.

Agora os brancos já tem tudo, vão protestar contra o que? "White Power" é o mesmo que querer dizer que são uma raça superior. Tanto é que esse nome foi escolhido para dar nome a um grupo racista.

Anônimo disse...

Zoinho, concordo que alguns integrantes do movimento negro têm o monopólio do racismo, sob os auspícios da mídia. Não deveria ser assim, sem dúvida. Mas o que o Grafite tem a ver com isso? Você já pensou nas consequências psicológicas que ver alguém imitando macaco e jogando banana pode acarretar para um cidadão e sua família? Você não acha que é algo para lá de cruel, além de qualquer rivalidade futebolística?

Paulo D. Prado

Anônimo disse...

Valeu Zoinho!

Então, o tal anônimo aparenta viver num casulo.

Não tem essa de autêntico racista brasileiro, sei porque não sou.

No estádio vale tudo para desestabilizar o inimigo, portanto, não há espaço sentimentalismo ou hipocresia barata. Toda a crueldade com um cidadão como Grafite defendendo a madame é pouca.

Anônimo disse...

Esqueci de assinar meu comentário anterior - grande merda, pois o dono do blog tem meu IP e não faria o menor sentido esconder-me. Fui eu quem disse que o Luiz é um racista à brasileira, o que reitero. Agora estou dispensado do famoso convite de "visitinha à quadra", caro Vitor MV?

Em momento algum eu disse que os brancos deveriam amar os pretos e vice-versa. Basta obedecer à lei brasileira; o gostar é totalmente dispensável.

Em relação às manifestações racistas da claque palmeirense em relação ao Grafite, devo lembrar que elas aconteceram quando o atacante foi substituído. Ninguém me contou. Logo, a tese de desestabilização do adversário é castelo-de-areia - como o próprio racismo -, pois o jogador já estava fora da partida. Tais "tentativas de desestabilização" a qualquer custo não causaram qualquer prejuízo ao adversário, que venceu. Se houve no episódio um prejudicado pelos gênios, este foi o Palmeiras.

Fico curioso em saber como eram os "monkey times" de Luís Pereira, César Sampaio e Ademir da Guia - sim, ele é preto! -, só para ficar nesses três exemplos, e como foi a transformação deles em homo sapiens assim que vestiram a camiseta esmeraldina. Pau que bate em Chico...

E quem quiser atirar bananas em alguém que se mude para a Argentina. Acredito que por lá isso não seja ilegal. Aqui ainda é.

LULA

Anônimo disse...

Caro Lula,

Desculpa, mas você como baluarte da moral e dos bons costumes, não deveria agir com todo este cinismo.

Do alto de toda sua prepotência, sinta-se convidado a visitar minha casa e conhecer minha família, é certo que irá retificar seu pensamento.

No mais, vamos aos fatos:
1 - Desde quando jogador substituído não merece ser xingado ou deixa de ser inimigo? Pelo contrário, é a grande oportunidade de despejar nosso ódio!
2 - O adversário venceu, mas não foi por isso. Mas, tenha certeza, aquele dia ele soube que no Palestra ninguém mija de porta aberta.
3 - Que diferença faz que este ou aquele jogador é branco, negro, amarelo ou azul? Para mim, são todos iguais. Racista é aquele que primeiro vê a cor ou raça, como preferir.
4 - Quando falo em hipocresia, me refiro diretamente a exageros como a citação dos homo sapiens. É preciso barbarizar pra se fazer notar?

Luiz

Anônimo disse...

Caros, todos escreveram e descreveram muito bem seus pontos de vista. Agora, só uma coisa, que só vou colocar aqui pq apareceu uma três ou quatro vezes: é hipocrisia e não "hipocresia"

abs

Anônimo disse...

Tem razão Adeilton! Vergonhoso! Não serve de desculpa, mas acho que nunca tinha escrito esta palavra.
Valeu a correção!
Abraço,
Luiz