31 julho 2011

Sobre números e imbecis

Ok, eu bem sei que o time alcançou a oitava vitória em oito jogos no Canindé este ano (com 20 gols a favor e 2 contra), mas a cancha da Portuguesa não é compatível com o tamanho do Palmeiras e de sua torcida. Não consigo aceitar que nossa diretoria de merda limite a pouco mais de 10 mil pagantes o nosso público em casa, ainda mais porque o time ocupa a quarta colocação e levou 33 mil pessoas no único jogo que disputou no Pacaembu - em uma quarta-feira de madrugada, diga-se de passagem.

Ao confirmar nossos jogos para o Canindé (incluindo o próximo, contra o Grêmio), a diretoria do Palmeiras assina um atestado de burrice, porque reduz a menos de um terço a capacidade total de público e faz isso baseada em uma mentira. A conta é paga pelo Palmeiras e pelo seu torcedor.

Dependendo do resultado que do próximo meio de semana, daria para esperar pelo menos 20 mil pagantes se o jogo contra o Grêmio fosse disputado no Pacaembu. Daria. Acontece que os imbecis Tirone e Frizzo confirmaram esta partida também para o Canindé, o que limita nosso público a cerca de 13 ou 14 mil pagantes. Um desrespeito contra o palmeirense, mais um.

Lembro ainda que todos os oito adversários que enfrentamos até aqui eram fraquíssimos. O Grêmio será o primeiro com um pouco mais de qualidade. Vamos ver o que acontece.

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_Boa vitória no sábado. O time vacilou duas vezes na defesa, mas teve força para encurralar o Atlético/MG e chegar aos três pontos. São seis vitórias e um empate em casa.

_Fez boa partida o camisa 10. Até que enfim.

_O 18 também teve bom desempenho. E eu não sou um dos maiores críticos do 21. Entendo que ele seria um reserva útil. Mas não aceito a presença do 29 no ataque.

_Tirando alguns imbecis aqui e ali, a torcida jogou junto com o time.

_Jogamos pela nossa honra na próxima quarta-feira.

_A torcida do Galo já foi melhor.

_Até quando vai essa porra de festa junina da Portuguesa?

_Nada do que eu escreva aqui é capaz de traduzir meu ódio pelos malditos que inventaram o horário das 21h de sábado!

29 julho 2011

Sábado, 21h!

Uma busca rápida pelos meus arquivos revelou os seguintes horários para jogos do Palmeiras nas últimas duas décadas:

Dias de semana (segunda a sexta)
14h45
15h30
16h
17h
17h30
18h
19h
19h30
20h
20h30
20h45
21h
21h10
21h30
21h40
21h45
21h50
22h
22h05

Final de semana (sábado e domingo)
11h
11h30
14h30
14h45
15h
15h30
16h
16h10
16h30
17h
17h30
18h
18h10
18h20
18h30
19h
19h15
19h30
20h
20h20
20h30
21h30
21h40
21h45

Difícil dizer qual é a maior aberração. Tem de tudo aí: jogos na madrugada (22h, 22h05), de manhã (11h de domingo), às 14h45 ou 16h em plena quarta-feira, às 19h30 de uma quarta-feira em Barueri, às 21h45 de um sábado, no domingo à noite. Tem pra todos os gostos, mas os vagabundos malditos da CBF e da maldita Rede Globo estão sempre se esforçando para piorar tudo. Eis então que seremos apresentados amanhã a um novo horário: sábado, 21h.

Parabéns a todos os putos responsáveis por isso! Vocês estão acabando com o futebol...

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Para piorar, nossa diretoria insiste em marcar os nossos jogos para o Canindé. Não apenas este, mas também o do outro sábado, contra o Grêmio (em um horário um pequeno menos ingrato, 18h30). É um desrespeito, em especial se levarmos em conta os fatos de o time estar bem classificado e ter levado 33 mil pagantes a seu último jogo em casa. Voltamos agora para um estádio que comporta apenas 14 ou 15 mil torcedores - que vergonha, que vergonha... - porque imbecis como Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo são burros e enxergam uma economia mínima que na verdade não se concretiza. Putos!

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Ao Canindé!

27 julho 2011

Consumidores x torcedores

No Brasil e no exterior, empresas de todos os portes e segmentos buscam explorar o futebol atrás de retorno financeiro. A maioria faz isso de maneira predatória, sem considerar que o futebol tem uma cultura própria e sem respeitar o torcedor. Há empresas de fachada que obrigam um clube a mudar de nome ou de cidade. E mesmo grandes empresas, devidamente consolidadas em seus segmentos, acabam por tropeçar em investidas predatórias contra a cultura do esporte – lembro que só existe um esporte.

Tem empresa aí que lançou um clube e se viu obrigada a mudar o nome (que era o mesmo da empresa) devido ao boicote da mídia. Uma aberração que só não é tão grande quanto a tentativa de explicar a mudança, que normalmente caminha para a absurda lógica de comparar “torcedores” e “consumidores”. E aí vem uma argumentação construída à base de conceitos de branding, como se possível fosse conquistar novos torcedores/consumidores para o clube/marca.

Uma empresa busca consumidores. A lógica não se aplica ao futebol, como tantas vezes já demonstrado por este blog. Em sendo assim, deixo-os com um vídeo do grande Racing Club de Avellaneda, uma instituição centenária que, a julgar por alguns elementos de sua história, seria uma marca nada atrativa para seus "consumidores". Seria. Acontece que o Racing Club não é uma empresa e não se relaciona com consumidores; o Racing Club é um gigante com uma torcida apaixonada.



Por favor – e isso vale para todos os marqueteiros e empresários que resolverem um dia se aventurar no mundo do futebol –, não coloquem na mesma frase as palavras “torcedor” e “consumidor”. É um desrespeito. E não pensem os gênios do marketing esportivo que é possível criar novos “torcedores” a partir do nada. Não é. Não se cria nem se conquista um torcedor. É possível criar consumidores, mas não torcedores.

Futebol não é vôlei; futebol é coisa séria.

26 julho 2011

Sobre a MV

O penúltimo post rendeu uma série de manifestações sobre a Mancha Verde e questionamentos sobre o papel da entidade. Deixei para emitir minha opinião em um novo post:

Eu sou da Mancha há 12 anos - e tomo por base aqui a associação à entidade, com a carteirinha 1561, número baixo porque referente ao recadastramento pós-extinção das organizadas paulistanas. Mas sou mancha há mais tempo, pra mais de 15 anos, porque aí considero o período de dedicação à torcida na arquibancada. Já viajei o Brasil quase inteiro nas caravanas da torcida, conheço gente de todas as gerações, desfilo pela escola de samba todos os anos e estou sempre junto na arquibancada.

Até por isso tudo me sinto à vontade para eventualmente discordar de certas posições da MV nos dias de hoje.

Começo por dizer que sou amplamente favorável às torcidas organizadas, todas elas, desde que tenham um mínimo de representatividade numérica.

Sigo com algo que já apontei há poucos meses: tenho discordado da maioria das decisões recentes da entidade e, por vezes, não sinto minhas opiniões representadas por ela (tipo aqui). Vejo na Mancha desses dias - e em boa parte das outras organizadas paulistanas - uma certa crise de identidade, e me sinto agora pouco capacitado para explicar as razões disso. Uma tentativa de avançar em um diagnóstico mais preciso poderia me levar a cometer injustiças.

O tempo passa e às vezes não nos damos conta disso: notem os senhores que o período pós-extinção (1995-2011) já é mais representativo para a entidade Mancha Verde do que todo o período anterior (1983-1995). Não quero entrar em discussões filosóficas sobre isso, mas é algo que certamente deve trazer subsídios para qualquer análise que se pretenda mais embasada.

Não quero também entrar no mérito dos protestos contra alguns jogadores do atual elenco ou de qualquer outra situação que tenha provocado divergências em outros setores da torcida palmeirense. Já disse que discordo da atitude tomada em Volta Redonda, mas entendo como legítimo o direito de a torcida protestar contra o que julga equivocado no time ou no clube. E é legítimo porque se trata a Mancha Verde da voz mais ativa que temos na arquibancada.

Discordo da posição adotada, mas defendo o direito de a Mancha se posicionar. E entendo, como já dito inúmeras outras vezes, ser incontestável a legitimidade alcançada por um grupo que leva 13 onibus para Volta Redonda em um jogo que valia muito pouco. E eu talvez tenha essa visão dos fatos porque tenho pelo Palmeiras a mesma dedicação - e a diferença agora é que, por uma série de circunstâncias, encaro as longas viagens não mais na caravana da torcida, mas de carro e aproveitando mais a viagem.

Observo - e peço que entendam o fato de não estar me dirigindo a ninguém em específico - que algumas críticas contundentes contra a Mancha partem exatamente de setores pouco participativos na vida do clube. Não admito, por exemplo, reclamações de gente que não vai a estádios. Admito contestações de todos os outros, mas é preciso tomar como parâmetro toda a dedicação de gente que sacrifica muito de sua vida para acompanhar o Palmeiras onde ele for.

Não há um lado certo e um lado errado. Há posições divergentes, e isso sempre vai acontecer em se tratando de Palmeiras.

Lembro que a Mancha já adotou longos períodos de cessar-fogo em relação ao time, e tal situação já foi importante para blindar elencos até mais fracos que o atual da pressão exercida por setores, digamos, mais críticos da coletividade palestrino. Não adiantou muito, mas a torcida "fechou" com o time - e é criticada agora exatamente por não fazer isso. Lembro que já cantamos o nome de um monte de vagabundo pior que os atuais, e que já apoiamos o time mesmo quando outros setores expunham contrariedade durante os 90 minutos. E lembro ainda que determinados episódios de pressão ou agressão a jogadores vagabundos se mostraram necessários.

Na minha visão, uma entidade como a Mancha Verde - e qualquer outra organizada representativa - tem o direito (ou seria dever?) de cobrar jogadores, técnicos, dirigentes ou o que quer que seja.

Contesto um pouco da falta de um posicionamento político da entidade. A meu ver, teria a Mancha um papel fundamental para questionar certas excrescências às quais somos submetidos quase que diariamente. Isso acaba por acontecer apenas entre a velha guarda e às vezes de maneira isolada. Não deixa de ser alguma coisa.

Mas, por fim, e reside aqui o mais importante, entendo que não se pode culpar a Mancha pelos maus resultados do time. A culpa é de muita gente, menos da organizada. Não aceito que seja creditada a quem encarou a estrada em um enorme comboio a responsabilidade por uma derrota como a de domingo para o Fluminense. Como não admito qualquer responsabilidade na derrocada de 2009 ou de qualquer outra competição.

E agora, relendo o que escrevi, percebo a confusão em meio a tantas ideias soltas. Vai ficar assim mesmo. O texto acima não pretende ser um editorial em defesa da MV - até porque eu já disse que discordo da maior parte das decisões recentes. O texto acima é apenas a exposição de alguns argumentos que talvez nem façam assim tanto sentido. Enfim, é a minha sincera contribuição para o tema. Respeito as opiniões divergentes.

O país do futebol? (28)

 

Um capítulo ACAB (All Cops are Bastards). Vou evitar comentários detalhados sobre os bravos, valorosos e destemidos homens do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Deixo-os com vídeos de confrontos entre torcidas e coxinhas em lugares como Argentina, Bulgária, Marrocos e Romênia. 

Vídeo 1: Policiais são gentilmente expulsos do espaço destinado à torcida do Boca Juniors no Jose Amalfitani, campo do Vélez.
 

Vídeo 2: Os ultras do CSKA Sofia, da Bulgária, invadem o gramado e partem para cima dos homens da lei:
 

Vídeo 3: Quebra o pau no clássico de Casablanca, Raja Casablanca x Wydad. Boas imagens do alto.  

Vídeo 4: A vez dos ultras do Steaua Bucareste, da Romênia:  

Vídeo 5: Um episódio clássico: Los Borrachos del Tablón vêm ao Brasil para enfrentar o SPFC do Morumbi e partem para cima dos coxinhas na geral. Por mais que não sejam boas as imagens abaixo, vale para relembrar a história toda. Eu fui a este jogo, cheguei apenas depois da confusão, mas o clima continuava muito tenso. O detalhe é que os hinchas entoavam gritos de guerra contra a polícia, que apenas observava à distância.
 

Vídeo 6: Situação semelhante aconteceu no Paraguay. Defensores del Chaco, o adversário era o pequeno e sem torcida Libertad. Derrota do River, e aí estoura a briga no setor visitante.  

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_Peço aos leitores que me enviem mais exemplos de "vídeos ACAB" para pelo menos mais um capítulo com esta temática.

25 julho 2011

Mais do mesmo



A derrota sofrida em Volta Redonda é ainda mais incômoda do que seria em outras circunstâncias, porque revela o cenário contra o qual vínhamos lutando: o BR-2011 será para o Palmeiras igual a todos os outros desta era dos modorrentos pontos corridos. Vamos ganhar a maioria dos jogos em casa, esbarrar em algum pequeno aqui e ali, tropeçar fora à exuastão e ficaremos em uma posição intermediária na tabela, eventualmente brigando por uma vaga na Libertadores, mas sempre longe do título.

Será mais uma longa temporada de sofrimento, talvez eclipsada pelo que viermos a fazer na Copa Sul-Americana, mas teremos novamente de ficar torcendo contra nossos rivais, eles todos brigando pelas primeiras posições.

Peço desculpas pelo pessimismo e pelo texto nada inspirado, mas depois do que vi em Volta Redonda, não consigo esperar mais nada desse time.

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_Foto que mostra a chegada da caravana da Mancha. Contei 13 ônibus lá de dentro do estádio. E era um jogo que nem valia nada. Tinha mais gente da MV do que da Young Flu:


_Foi bom voltar ao Estádio da Cidadania, uma cancha bem agradável para se ver futebol. Depois de uma derrota, a parte boa é estar mais perto de SP e aí a longa viagem de volta fica um pouco menos sofrida.

_Não concordo com os protestos da Mancha antes do jogo. Até porque eles aconteceram "antes do jogo".

_Na boa: o problema do Rivaldo não é o fato de ser um péssimo jogador de futebol; o problema é que ele é retardado. Tem sérios problemas mentais.

21 julho 2011

Os princípios da minoria

Foram 33.575 pagantes, sendo mais de 31.000 do nosso lado. A grande maioria comemorou o anúncio da escalação do camisa 30 e ainda mais gente cantou o seu nome já nos minutos finais. Eu não entendo o que se passa na cabeça dessa gente. E, a julgar pelo fato de a maioria ter se pronunciado de maneira tão efusiva, devo ser eu o errado nessa história toda. Porque ao camisa 30 deveria ser dedicado o mesmo tratamento concedido ao 8, ao 6 ou, exceção feita ao 12 e ao comandante à beira do gramado, a qualquer outro atleta que veste a nossa camisa nos dias atuais: indiferença. São profissionais muito bem pagos para jogar futebol. Que joguem futebol, portanto. Sem qualquer vínculo mais próximo, sem idolatria, sem reverências. A camisa do Palmeiras é tão pesada que, sozinha, poderia entrar em campo. O número atrás dela pouco importa. O sujeito que a veste tampouco. Importa o torcedor na arquibancada. Posso ser minoria em meu silêncio consciente diante dos apupos da multidão, mas prefiro seguir com meus princípios.

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_O Flamengo é um time dos mais qualificados, de tal forma que o empate de ontem pode ser considerado um resultado até esperado. O que precisamos é começar a vencer fora de casa.

_Ressalto ainda que o Palmeiras não sofreu gols em casa.

_Dizem que houve dois pênaltis a nosso favor. Um deles, imagino, foi aquele lance do Kleber ainda no primeiro tempo; não sei qual foi o outro. Se foram pênaltis mesmo, não foge muito do padrão de os árbitros sempre apitarem contra o Palmeiras.

_Ao RJ.

18 julho 2011

O país do futebol? (27)

Ainda em ritmo de Copa América (que se foda a seleção brasileira e os brasileirinhos de merda!), este capítulo vai prestar o devido reconhecimento a três países sul-americanos que ainda não tiveram espaço por aqui. São eles o Paraguay, a Bolívia e o Peru. Para completar, vídeos isolados de Honduras e Argentina.

Vídeo 1: Se é para começar pelo Paraguay, fica impossível fugir do clássico Olimpia-Cerro Porteño. Temos abaixo um vídeo muito bem editado, com os melhores momentos de um encontro entre os dois grandes de Asunción. O jogo acontece na cancha que tem o nome mais bonito entre todos os estádios do mundo: Defensores del Chaco. Prestem atenção à divisão mínima entre as duas torcidas lá no meio da arquibancada.


Vídeo 2: Peru. Vou guardar para uma próxima edição todas as grandes torcidas de Lima (Alianza Lima, Sporting Cristal e Universitario) e ficar agora apenas com um vídeo que considera duas importantes cidades peruanas: Cusco, a capital do Império Inca, e Arequipa. Vamos com um belíssimo vídeo do Cienciano, campeão da Copa Sul-Americana de 2003, diante do River Plate (empate em 3 a 3 em Buenos Aires e vitória por 1 a 0 "em casa"). Coloco o "em casa" entre aspas porque o Cienciano não pôde jogar em Cusco (o estádio local é acanhado e não atende ao regulamento da Conmebol) e precisou mandar a finalíssima em Arequipa, distante 500km. Vale observar que o Cienciano não é lá um grande do país, até porque nunca foi campeão nacional. Mas se classificou para a Sul-Americana daquele ano e fez uma campanha brilhante: eliminou os conterrâneos Alianza Lima e Sporting Cristal e depois passou por Universidad Católica, Santos e Nacional de Medellín até a final contra o River. O título foi obtido em circunstâncias dramáticas: com dois jogadores a menos, o Cienciano fez o gol da vitória, de falta, aos 35 minutos do segundo tempo. Explosão da torcida no estádio de Arequipa e nas Plazas de Armas de Cusco e Arequipa.



Vídeo 3: Bolívia. Recebimento da hinchada do Bolivar, um dos grandes da capital. Direto do Hernan Silles, na altitude de 3.600 de La Paz. Belo estádio, e eu tive a oportunidade no ano passado de acompanhar lá o clássico entre Bolivar e The Strongest.


Vídeo 4: Devo advertir que este é provavelmente o pior vídeo que eu já publiquei no blog (um pouco pela qualidade de imagem, mas acima de tudo pela edição). Não importa; a questão toda é que ele me é especial por lembrar do clássico que eu pude assistir em La Paz e que motivou o post "O futebol vive na Bolívia". Recomendo que leiam o texto em questão, e o vídeo abaixo pode talvez servir como complemento: vale pelo tiozinho que puxa a torcida logo no início e pela minha motivação pessoal - lá pelas tantas, aparece uma pesquisa sobre quem venceria o jogo do dia seguinte: Universitário Sucre ou Palmeiras? Pois deixei La Paz no dia seguinte e peguei um voo para Sucre, onde o Palmeiras venceu o time local por 1 a 0 (tem post sobre isso também).


Vídeo 5: La Paz é uma das capitais, mas o futebol parece ter mais força em Santa Cruz de la Sierra, a cidade mais populosa e uma das poucas grandes que não fica em altitudes elevadas. O clássico local reúne Oriente Petrolero (belo nome este!) e Blooming. Começando pela pirotencia dos que vestem verde:


Vídeo 6: Ainda em Santa Cruz, a barra do Blooming tem clara inspiração na gente de La Guardia Imperial. Tem a ver com as cores do time, é claro, e aí é inevitável o comparativo quando eles cantam "Vamo la Acadé". Entrada da barra, bem ao estilo portenho:


Vídeo 7: Mais imagens de recebimento, desta vez de Oruro, terra do San Jose:


Vídeo 8:
Das grandes cidades bolivianas, faltam apenas Sucre (mas a torcida do Universitário local é bem fraca) e Cochabamba, terra do Wilstermann e do Aurora. Daí que encontrei um vídeo que apresenta boas imagens de todos os três dérbis do país. Temos aí Wilstermann-Aurora (clássico cochabambino), Bolivar-The Strongest (clássico paceño) e Oriente Petrolero-Blooming (clássico cruceño).


Vídeo 9: Honduras já havia aparecido nesta série lá no capítulo 17 com as hinchadas de Olimpia (Tegucigalpa) e Real España (San Pedro de Sula). Eis que retornamos à América Central para mostrar a espetacular torcida do Motagua, o mais popular clube hondurenho:



Vídeo 10: Correndo o risco de me tornar repetitivo, mais Argentina, desta feita para apresentar um belo duelo entre La Guardia Imperial (Racing Club) e Borrachos del Tablón (River Plate). Porque nada é igual a uma hinchada argentina.


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_Crédito: Gabriel Uchida, do redivivo e imprescindível Foto Torcida.

17 julho 2011

Um post-calhau*

Os senhores deveriam estar lendo agora o post sobre o jogo entre Palmeiras e Flamengo. Deveriam. Acontece que Palmeiras e Flamengo não foram a campo neste domingo. E não foram porque crápulas da CBF e da Rede Globo - eles se merecem na sujeira - decidiram que era o caso de mudar data e horário do encontro entre dois gigantes do futebol brasileiro por causa de um jogo da tal seleção brasileira. Transformaram o clássico em calhau*.

Deu no que deu.

Ao que importa agora: é quarta-feira, 21h50! Que venham o Flamengo, o Madureira, o mercenário gaúcho, quem mais quiser! Porque aqui é Palmeiras!

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_Argentina e Uruguay mostraram neste sábado porque o futebol vive nestes dois países e não no Brasil. Argentina e Uruguay fizeram um duelo monstruoso, épico, digno da história das duas seleções e do clássico entre elas. Argentina e Uruguay deram algum sentido a esta Copa América e mostraram aos brasileirinhos de merda o que é futebol. Parabéns aos dois!

_Eu torci pela Argentina, mas o Uruguay merece igualmente o título. Que siga em frente e que conquiste sua 15ª Copa América a apenas um rio de travessia de Montevideo. Fico a imaginar como vai estar Buenos Aires no próximo domingo...

_Ninguém da nossa diretoria se manifestou sobre os evidentes prejuízos ocasionados pelo adiamento do jogo (pelo fator técnico, pelo público menor, pelo aluguel mais caro). Aliás, vejam o que fizeram conosco: nos roubaram o domingo às 16h e nos deram um jogo de madrugada.

_Aliás, a imprensa, com raríssimas exceções, se cala por completo diante do absurdo consumado com esta mudança de dia e horário do jogo. Não há manifestações sobre o prejuízo ocasionado ao torcedor, sobre o desrespeito ao tal Estatuto que nego adora evocar contra a gente, sobre porra nenhuma. A conivência com a podridão aí instalada explica porque chegamos a este ponto.

_O Estatuto do Torcedor só existe para ser usado CONTRA o torcedor.

*À definição do Houaiss para "calhau": "notícia, artigo etc. utilizado para preencher espaço criado pela falta de material editorial ou por falha no cálculo da diagramação". Filhos da puta como Ricardo Teixeira e Marcelo Campos Pinto transformaram um Palmeiras x Flamengo em um mero calhau, disponível para quando - e se - fosse necessário para a grade de transmissão da maldita Rede Globo. Um crime!

14 julho 2011

Mais um do Galuppo

O meu grande amigo Fernando Galuppo lança mais um livro sobre a história do Palmeiras. O convite segue abaixo, com todos os detalhes:



Até lá!

12 julho 2011

A Globo e o Brasil

O Palmeiras recebe o Flamengo no próximo domingo no Pacaembu. Melhor dizendo: pode receber. Pensando bem: não recebe mais. E será assim porque este país não é sério, que não trata o futebol como deveria tratar. E porque o futebol aqui é controlado como se fosse uma negociata de meia dúzia de criaturas e porque este povo imbecil permite que a Rede Globo tenha o domínio que tem.

Este é o país que fez um Estatuto do Torcedor que só é aplicado CONTRA o torcedor. É o país que permite que promotores de Justiça só apareçam para defender os seus próprios interesses. E pode ser o país de muitas coisas, mas o futebol certamente não está entre elas.

A tabela do Campeonato Brasileiro, não sem certo atraso, foi divulgada já há alguns meses. Àquela altura, o senhor Virgilio Elisio já sabia dos possíveis desdobramentos da Copa América. Não deu a mínima; mandou ver alguns jogos acontecendo nos finais de semana da competição de seleções.

E aí estamos agora diante de um impasse absurdo inaceitável, em que Palmeiras e Flamengo ficam sem saber quando vão jogar - e, pior, ficam submetidos ao calendário da seleção brasileira e aos caprichos de dona CBF e da grade de programação da emissora maldita.

É revoltante ler isto aqui. Revoltante!

Para piorar, pode ser alterada também a nossa partida seguinte, contra o Fluminense, no Rio. O prejuízo é enorme para o clube, que certamente perderá renda (e pagará aluguel maior) com o jogo na quarta à noite; para time e comissão técnica, que ficam sem saber como se preparar; e para o torcedor, por motivos óbvios, evidentes e possivelmente irreversíveis.

De nada adianta se programar com antecedência (que, afinal, deveria ser a única coisa boa desta excrescência que é a fórmula de pontos corridos). O torcedor perde a passagem comprada previamente, perde compromissos, perde até o direito de se programar uma semana antes. Deve haver casos piores aqui e ali, mas isso pouco importa para quem manda no futebol brasileiro.

11 julho 2011

O país do futebol? (26)

Quanto esta série começou, lá em fevereiro, eu sequer imaginava que ela seria uma série. Era só para ser um post diferente de tudo o que eu vinha fazendo, mas aí vieram os elogios e as indicações de outros vídeos, eu me empolguei e a coisa ganhou força. Conforme avançava com novos capítulos, estabeleci a meta de chegar pelo menos até o 25º. O objetivo foi alcançado: 163 vídeos e 41 países depois, percebo que ainda para seguir um pouco mais. A ideia é chegar ao capítulo 40, o que deve acontecer no máximo até novembro. Desta vez, uma edição não muito coerente, mas necessária para tratar de um país importante da América do Sul e para desovar algumas sugestões antigas: Argentina, Suíça, Colômbia e Italia. 

Vídeo 1: Tive a honra de participar na última semana (com mais uma exibição nesta terça, 12/07, às 17h) do "Loucos por futebol", da ESPN Brasil. Fui convidado pelo Mauro Cezar Pereira - a quem registro aqui o agradecimento - e, entre outras coisas, levei um cachecol do Club Atletico Nueva Chicago, um dos grandes pequenos de Buenos Aires. Como eu já expliquei algumas vezes, trata-se de um clube do bairro de Mataderos, no limite oeste de Buenos Aires (região dominada pelo Vélez, mas com outras importantes hinchadas). O que temos abaixo é a caminhada dos hinchas do Torito de Mataderos em comemoração ao centenário do clube, no início de julho de 2011.  

  Vídeo 2: Vamos a Stuttgart, na Alemanha, mas para acompanhar uma torcida da Suíça, a do Young Boys, de Berna. Os ultras suíços seguem para o estádio debaixo de neve e continuam apoiando o time mesmo com um frio que deixaria os estádios brasileiros às moscas - tem nego que já evita ir a campo com qualquer garoa.
 

Vídeo 3: A Colômbia só tinha aparecido aqui de maneira tímida, e nenhum dos grandes clubes do país teve ainda a devida atenção. Vamos começar então pela capital, Bogotá, mais precisamente pelo grande Millonarios. Aí vai o recebimento da torcida em um jogo dos Millos contra o SPFC:  

Vídeo 4: O outro lado do clássico de Bogotá: recebimento da torcida do Independiente Santa Fe. Os caras têm uma organizada que se chama La Guardia (como a do Racing) e dizem ter a maior bandeira do mundo (a exemplo do que acontece com Racing e Peñarol). Vale conferir também este vídeo.  

Vídeo 5: Pelo que pesquisei, as melhores hinchadas colombianas estão em Medellin - e isso explica porque é tão complicado jogar no Atanasio Girardot. O vídeo abaixo mostra a torcida do Atletico Nacional de Medellín na final da Copa Sul-Americana de 2002. O time da casa perdeu por 4 a 0 do San Lorenzo, que se sagrou campeão com um empate sem gols em Buenos Aires. Sei que a qualidade da imagem é bem abaixo do aceitável, mas gostei do clima da torcida aí e de toda a ambiente que cercou esta final:
 

Vídeo 6: Mais um pouco do Atletico Nacional, o primeiro clube colombiano a conquistar a Copa Libertadores da América (em 1989). Tem algo de muito familiar nas imagens que seguem agora:  

Vídeo 7: A especialidade dos colombianos parece ser o recebimento dos times (as "salidas"). O outro clube grande de Medellín é o Independiente. Aí vai:  

Vídeo 8: Vamos abrir espaço para o Deportivo Cali, de tão boas lembranças para todos os palestrinos. Temos aí o alento da Frente Radical Verdiblanca.  

Vídeo 9: Italia, Genova. Mosaico dos ultras da Sampdoria, em uma breve homenagem a um clube que acaba de ser rebaixado no Campeonato Italiano.  

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_Créditos: Gabriel Uchida (Foto Torcida) e Gabriel Manetta.

10 julho 2011

Respeito zero

Atenção à foto abaixo:



Se eu tivesse de colocar uma legenda aí, seria algo como "Eis o respeito que a diretoria palmeirense tem pela sua torcida". Como eu disse no início da semana, a postura de dar o tobogã para a torcida do Santos FC representa uma enorme afronta contra o torcedor palmeirense, aquele que é a única razão de o clube existir. A decisão, que deve ser atribuída aos senhores vagabundos Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo, é desrespeitosa por definição, mas mostrou ser neste domingo também ineficaz, à medida que o povo da Baixada não conseguiu levar à cancha municipal mais do que 2 mil torcedores - e aí as declarações do senhor Sérgio do Prado caíram por terra.

O palmeirense ficou sem arquibancada já no sábado, com os setores verde e amarelo esgotados, e então foi impedido pela sua incompetente direção de adquirir os ingressos do tobogã, gentilmente cedido para que os praianos ficassem à vontade, ocupando pouco mais de 20% da sua capacidade total. Não havia ali mais do que 2 mil torcedores, com a arquibancada lilás vazia, revelando a estupidez da estratégia de tentar lucrar com a torcida visitante.

O que sobrou foi prejuízo para parte da torcida, que precisou pagar mais caro pelo setor laranja, enquanto o tobogã - que deveria ser nosso - estava com gente que não deveria estar ali.

É este o respeito da diretoria alviverde pelo seu torcedor. É esta a consideração que existe por quem, como eu e você, faz de tudo para ir atrás do clube. É este o tratamento historicamente concedido pela nossa direção desde sempre.

Dentro de poucos meses, teremos de brigar (e pagar muito caro!) pelos 600 ingressos que o Santos FC manda para quem visita a Vila Belmiro. E faremos isso para "assistir" ao jogo em um lugar onde é impossível ver o gol que fica logo abaixo. Enquanto isso, os vagabundos Tirone e Frizzo estarão vendo o jogo do camarote - isso, é claro, se não ficarem em casa.

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_Este blog nunca fala de jogadores. Não é à toa. O que importa no futebol é o torcedor. O que importa é a arquibancada. Avanti!

_Para terminar bem, outra foto, desta vez para ilustrar o belo 3-0 deste domingo à noite:

09 julho 2011

Loucos por Futebol

Aos leitores e amigos, informo que vai ao ar hoje (09/07) às 19h30 na ESPN Brasil a minha participação no programa Loucos por Futebol, ao lado de Marcelo Duarte, Celso Unzelte e Mauro Cezar Pereira (o responsável por me convidar). Programa sobre Copa América, e aí eu improviso lá algumas das minhas insanidades já tão conhecidas por aqui. Para quem não puder ver hoje à noite, reprises no domingo (10/07) às 9h45 e terça-feira (12/07) às 17h. Dá pra conferir também o post publicado no blog "Loucos por Futebol".

08 julho 2011

Empates e empates

Os empates contra Cruzeiro e Inter foram bons – mesmo a vitória no Sul tendo escapado nos descontos. A derrota para o Ceará é daqueles acidentes de percurso que acontecem em qualquer campanha de longo prazo. Mas o empate diante do América/MG é daquelas situações que determinam a diferença entre um time que vai brigar pelo título e outro que vai ficar nas posições intermediárias. Um grupo preparado para chegar aos primeiros lugares certamente teria vencido o frágil time mineiro, mesmo fora de casa. Até porque, convenhamos, não existe “fora de casa” quando se enfrenta um time sem torcida. A pressão foi zero, e nem assim veio a vitória. Parece se repetir o roteiro de todos os últimos anos...

Para piorar, Tirone e Frizzo eliminam muito do nosso “fator casa” com a concessão do tobogã para a torcida do Santos FC no próximo domingo. Já foi dito aqui neste blog que esta situação representa uma afronta contra o palmeirense de arquibancada, e o que mais me incomoda é a desfaçatez dessa diretoria omissa e covarde, incapaz que é de vir a público e explicar a decisão. Vamos nos lembrar bastante desta gentileza quando receberemos de volta os habituais 600 ingressos para o jogo na Vila Belmiro.

05 julho 2011

AFRONTA

Título em caixa alta mesmo. O assunto é sério. Quem é da arquibancada sabe bem o que significa torcer na Vila Belmiro. Quem é da arquibancada sabe a dificuldade de conseguir um dos 600 ingressos que são concedidos pela diretoria do clube praiano nos jogos disputados lá na Baixada. Repito: 600 ingressos! E eles nem sempre chegam até aqui. Agora vejam só o que está no site do Palmeiras:

 

Sim, está escrito aí que o Palmeiras vai conceder o tobogã para a torcida visitante no clássico do próximo domingo. O tobogã e o setor lilás! Como se eles fossem o SCCP! Como se houvesse um acordo entre as diretorias! Como se não fôssemos (os da arquibancada) espremidos no meio de uma laje quando descemos a serra! 

Se houver um acordo entre as diretorias para que os clássicos do turno e do returno sejam disputados no Pacaembu (com a reciprocidade na oferta de ingressos), é dever dos senhores Tirone e Frizzo deixar isso claro. É dever levar tal informação ao torcedor palmeirense. 

Fico no aguardo de um posicionamento desses cidadãos. 

Se não houver este acordo, o que temos é uma afronta contra o torcedor palmeirense! 

E aí, Tirone? E aí, Frizzo? Vocês já se esqueceram disso

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Posts que eu já escrevi sobre as condições a que somos submetidos os visitantes da capital na Vila:

Histórico mantido (03.04.2011)

Marcelo Teixeira, o desonesto (01.10.2009)

Até a volta (12.04.2009)

Teixeira, a bola da vez (24.03.2009)

A Vila em tempos modernos (17.07.2007)

03 julho 2011

O país do futebol? (25)

Outro capítulo dedicado a países estreantes, pensado para humilhar de vez qualquer um que ainda insista em dizer que o Brasil é o país do futebol. Vamos visitar recônditos pouco (ou nada) conhecidos: Israel, Marrocos, Índia e Malásia.

Vídeo 1: As torcidas de Israel não combinam em nada com a imagem que se pode ter do país. Falo por mim, mas imagino que tal percepção vai se aplicar a boa parte dos leitores do blog. O tour pelas torcidas locais começa com os ultras do Maccabi Tel Aviv. Eu não gosto de publicar vídeos editados, mas é assim que eles fazem por lá:


Vídeo 2: Mais um do Maccabi Tel Aviv, em duelo contra o Panathinaikos, da Grécia:


Vídeo 3: Um compilado de boas imagens da torcida do Maccabi Haifa, a Green Apes 2002 (sim, apes pode ser traduzido como "primatas"). Nunca tinha pensado em como este poderia ser um bom nome para uma torcida organizada.


Vídeo 4: Belo recebimento e boas imagens de incentivo da torcida do Hapoel Tel Aviv:


Vídeo 5: Da Ásia (ou Europa, se considerarmos que Israel é um país filiado à Uefa) para a África. Vamos para o Marrocos, direto para o dérbi de Casablanca: Raja Casablanca x Wydad. O estádio é o Mohamed V.


Vídeo 6: Mais uma do dérbi local, com as duas torcidas mandando bem nos mosaicos.


Vídeo 7: Um solo do Wydad.


Vídeo 8: A torcida do Mohun Bagan comemora um gol contra o East Bengal no clássico de Calcutá, a capital indiana. O duelo é disputado no Salt Lake Stadium, com capacidade estimada em 120 mil pessoas. Considerando que os velhos malditos da Fifa ainda não aprontaram por lá, eu até acredito.


Vídeo 9: Malásia. Que tal? Imagens do jogo entre Selangor e Kelantan. Digo aos senhores que é muito difícil encontrar informações 100% confiáveis sobre o que estava em disputa aí e mesmo sobre a relevância dos dois times, mas pouquíssimas partidas aqui no Brasil reúnem um público tão grande:


Vídeo 10: A melhor parte dessa pesquisa sobre o futebol da Malásia foi perceber que os caras lá não são nada pacíficos. Confiram abaixo a briga na arquibancada:


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_Crédito: Vitor Birer, o israelita. Foi a partir dos vídeos de Israel que eu me aventurei a procurar torcidas lá do outro lado do mundo.

01 julho 2011

Canindé, o camisa 30 e mais

Em pensamentos soltos, porque é assim que eles vêm: 

#Os responsáveis por um jogo às 19h30 de um dia útil no Canindé são todos vagabundos - a começar pela emissora de TV. 

#Obrigado, Tirone. Obrigado. 

#No início da semana, publiquei um post sobre a farsa que existe por trás do argumento "aluguel do Pacaembu". Fiz toda uma simulação como se o aluguel do Canindé correspondesse a um valor de R$ 15 mil diante de uma renda de R$ 300 mil (média dos nossos dois primeiros jogos "em casa"). R$ 15 mil? É bem mais que isso: com a dica do amigo Junior Cabreirão, fui conferir os borderôs das nossas partidas e então descobri que a Portuguesa cobra 12% de aluguel (contra 15% da cancha municipal). Ou seja: o Palmeiras teria pago cerca de R$ 45 mil e pagou cerca de R$ 34 mil no Canindé. Uma economia ainda mais idiota do que eu imaginava. 

#Com a vitória de ontem, são sete jogos disputados no Canindé este ano. Sete vitórias, 17 gols a favor e nenhum sofrido. Uma campanha notável, em que pese a fragilidade de todos os adversários que enfrentamos até aqui (à exceção da Portuguesa, dona da casa, lá no começo do ano). 

#Jogador de futebol não presta. Quase tanto quanto os empresários calhordas que os representam. Se isso vai se aplicar ao nosso camisa 30, só o tempo dirá. Não vou entrar em mais detalhes, porque não quero correr o risco de ser injusto. Os amigos que estiveram comigo lá no Canindé sabem o que eu penso. 

#Só pode ser piada o pedido do Santos FC para que seja adiado o clássico do próximo dia 10 no Pacaembu. Quer dizer que agora os caras não querem jogar nunca mais, é? Vão adiar todos os jogos? É dever da diretoria do Palmeiras não aceitar tal absurdo, até porque a tabela tende a ficar mais apertada de agora em diante e nós ainda temos a Copa Sul-Americana.