A última grande alegria dos palmeirenses veio em um 6 de junho.
Seis anos atrás. Como hoje, era terça-feira.
Mal sabíamos o que viria depois.
Estaríamos pagando desde então o preço daquela vitória?
Se sim, vale a pena.
Não é justo, mas vale a pena.
Pois a alegria que senti ao ver o chute de Marcelinho parar nas mãos de Marcos vale por anos de sofrimento. Talvez por todos os últimos cinco. Eventualmente pelos próximos.
Esta, a defesa de São Marcos, foi a derradeira.
Mas não a única felicidade daquela noite.
Houve o gol de Euller.
Esquisito, com chute para o chão.
Bola desce, bola sobe. É gol!
Também a força que tiramos sabe-se lá de onde para empurrar um time que, inferior e perdendo por 2 a 1, precisava de dois gols para levar a decisão para os pênaltis.
Das gargantas de uma minoria saiu o grito que empurrou à vitória 15 guerreiros verdes.
Poucos acreditavam. Só nós.
Houve Alex, preciso e magistral.
E Galeano. Um gol impossível.
Se sobrevivi à tamanha tensão nas arquibancadas nada acolhedoras do Morumbi, não morro mais deste mal.
Pois os minutos que separaram o apito final de Edílson Pereira de Carvalho (sim, ele comandou os dois jogos) e a cobrança de Marcelo Ramos, a primeira, foram criminosos.
Mais do que os do título de um ano antes.
Mais do que os da final que se seguiu após o 6 de junho.
Mais do que qualquer outro.
E os pênaltis...
Nove. Cobranças e gols. 5 x 4.
O que veio depois é história.
É orgulho. Para contar aos filhos, netos e bisnetos.
Para encher o peito e proclamar: “Eu estava lá. Eu vi. Eu venci!”
Um momento único.
Seis anos...
***
A maior vitória
Não foi o 12/06/1993.
Tampouco o 12/05/1999.
Nem o 22/12/1974.
Nossa maior vitória sobre eles foi esta de 2000.
Não pelo que significou em termos práticos.
Nem pela nossa alegria.
Mas pela dor que eles sentem até hoje.
***
Dá pra acreditar?
Marcos;
Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior;
Sampaio (Tiago Silva), Galeano, Alex e Pena (Luís Cláudio);
Euller (Asprilla) e Marcelo Ramos.
Luiz Felipe Scolari.
E nós ainda achávamos que esse time era fraco...