22 outubro 2012

Mais um do Galuppo

Lançamento do novo livro do grande Fernando Galuppo. Hoje (22/10), a partir das 19h, na Fnac da Av. Paulista (em frente à Cásper Líbero/Gazeta). Em comemoração aos 70 anos da Arrancada Heróica.




15 outubro 2012

Em pé

2012, julho, 11, Curitiba. Veio o tão esperado título, e meu irmão não estava por perto na arquibancada. Na confusão toda de 7 mil amontoados no espaço que comportava 4 mil, acabamos nos perdendo, e ele ficou em outro canto e no anel superior. O abraço de comemoração ficou para depois do jogo, nas ruas atrás do setor visitante do Couto Pereira.

2012, outubro, 11, Araraquara. O clima era ruim desde o apito inicial. Aliás, desde que se anunciou o local, pois aquele estádio, do jeito que foi erguido, não poderia mesmo deixar boas lembranças. Dessa feita, transcorridos três meses, meu irmão estava ao meu lado.

A bem da verdade, eu havia chegado já com a bola rolando, 10 minutos passados, mais de cinco horas de estrada depois do início da viagem. Para ele, a coisa foi ainda pior, chegando ao estádio no intervalo e 'perdendo' a completa nulidade que foi o primeiro tempo.

Sobrevivemos à etapa final juntos, em pé e na arquibancada - onde mais poderia ser? Pois foi assim, juntos, que vibramos com o título da Copa do Brasil de 14 anos atrás. Foi assim que comemoramos todas as vitórias que nos levaram à Libertadores. E também ao Paulista e a todas as grandes classificações que, ao final, não levaram a lugar algum. E foi assim também que vivemos juntos fracassos tão improváveis quanto retumbantes.

Dividindo a arquibancada acompanhamos vitórias grandiosas e derrotas vexatórias, sem distinção na nossa conduta e em canchas as mais diversas Brasil afora. Sempre juntos.

Para mim, para ele e para boa parte dos que estivemos em Araraquara na última quinta, ficou um sabor muito amargo, de uma derrota que, além de humilhante, foi mais definitiva do que muitas outras que foram mesmo definitivas.

Sim, o Palmeiras está rebaixado - e já estava desde o vexame em Araraquara. De novo, o que torna a situação toda ainda mais incrível, incompreensível e inaceitável. Foi rebaixado o gigante Palmeiras porque uma meia dúzia de criaturas desprezíveis se esforçou para que isso acontecesse. Caiu por uma somatória de circunstâncias, mas, para efeito de registro histórico, a queda será ilustrado pelo grotesco lance que levou ao gol único da noite de 11 de outubro de 2012.

(Outubro ainda. Muito cedo para que se pudesse decretar a morte de um gigante. Mas assim aconteceu...)

Consumada a sequência de falhas, nem era mais necessário ver todo o resto. A cobrança viria apenas como tiro de misericórdia, colocando um ponto final naquela caminhada trôpega e encerrando um triste capítulo de uma história gloriosa.

Nem bem o juiz apitou, dei um abraço tão apertado quanto sentido no meu irmão. Eu não disse nada. Ele tampouco. O silêncio se encarregou de dizer tudo o que precisava ser dito.

Talvez ele não tenha se dado conta, mas aquele foi o meu jeito de pedir desculpas. Porque, certo ou errado, me sinto responsável por tê-lo influenciado e por tê-lo transformado em uma figura como eu, tão obstinada quanto é possível ser. E as cinco horas da viagem que se seguiu à noite de Araraquara, dirigindo por entre estradas desconhecidas do interior paulista, foi das mais sofridas e angustiantes.

Mesmo com isso tudo, sei que ele, tanto quanto eu, se tivesse agora a oportunidade de voltar no tempo para fazer algo diferente, faria tudo igual. Porque, senhores, a dor é enorme, mas ela certamente não é maior que o sentimento de ter lutado em todas as canchas por onde esteve o Palmeiras.

É isso que nos diferencia e nos permite agora continuar em pé, de preferência para pisar na cabeça dos imbecis que, sem viver o futebol, querem fazer graça com o que não entendem.

Se é para cair, que seja ao lado do Palmeiras. Como fizemos também em 2002. Juntos, no cimento da arquibancada, em pé e lutando. Assim voltaremos.

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_Tirone, Frizzo, Piraci e todos os responsáveis por terem feito as coisas chegarem até aqui: vocês vão pagar muito caro por isso tudo... Fiquem com o ódio de todos os milhões que fazem ser o Palmeiras ser o que é. Malditos sejam vocês e toda a corja.

_A despedida de Marcos não pode ser tomada como um evento para arrecadar migalhas - como está sendo. E, mais que isso, os responsáveis pela organização devem levar em conta a conjuntura da semana para a qual está sendo programado o jogo. Um ídolo histórico merece uma despedida à altura, com o povo e, de preferência, sem o peso de tudo o que está acontecendo agora. Reparem na data escolhida e no que deve acontecer no dia. Respeitem ao menos a história de um ídolo, seus putos!

_Antes que me perguntem sobre o estádio de Araraquara, recomendo o post do Conrado sobre o jogo em questão. Ali está parte do que eu escrevi sobre a nada simpática Arena da Fonte. Já tinha ido lá em 2010, naquele Palmeiras 0-2 Atlético/MG e tinha sérias dúvidas sobre como seria um jogo ali com público um pouco maior. Foi bem ruim, e o clima proporcionado pelo estádio não é nada favorável.

_Ir ao estádio de agora por diante já será um peso muito grande e então eu informo aos leitores que este blog ficará sem atualização até janeiro de 2013.

10 outubro 2012

10 finais. Ou uma só

11 de julho, Coritiba x Palmeiras, final da Copa do Brasil.

11 de outubro, Palmeiras x Coritiba, rodada 29 do Brasileirão.

Exatos três meses a separar duas decisões. Tanta coisa mudou em tão pouco tempo, e fica difícil entender a trajetória entre esses dois momentos tão distintos. Do êxtase ao desespero. De um título arrancado por uma torcida que levou nas costas um time em decomposição à sensação de ser soterrado por números que já se fazem quase intransponíveis.

Aqui estamos. Temos 10 finais pela frente, mas a verdade é que nenhuma dessas decisões é tão importante quanto a próxima. Por uma dessas ironias do destino, enfrentamos logo o adversário contra o qual pensávamos ter exorcizado todos os fantasmas de anos recentes. Que nada. Eles voltaram. E nós voltamos. Não necessariamente àquele 2009 que parecia ter chegado ao fim na noite fria de 11 de julho de 2012, mas talvez a um ano ainda pior.

A batalha que temos em Araraquara é de suma importância. A cancha que nos recebe está longe de ser a ideal. Mas é o que temos. O time é ainda pior. Mas é também o que temos. Vamos com isso, pois. Devemos lutar. Até porque, senhores, se a vitória não vier, então provavelmente de nada adiantarão as nove decisões seguintes.

Se vencermos, nada estará ganho - e o pior é saber que as "finais" se sucederão até o fim do ano, sem trégua. Mas é o passo fundamental de uma árdua caminhada. Que a alma palestrina se faça presente em Araraquara e depois em outros campos de batalha.

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_Sigo amanhã para Araraquara junto com outros tantos palestrinos que, apesar dos pesares, persistem na luta para evitar o pior. Aí já emendo uma viagem na outra, e então é muito provável que o próximo post do blog venha apenas na próxima semana. Até lá.

_À direção do Palmeiras:
O que mais vocês vão esperar para entrar com efeito suspensivo ou com pedido de novo julgamento para reverter a perda de quatro mandos de campo? Será que não perceberam qual é o efeito de jogarmos no Pacaembu com 30 mil e todo aquele ambiente favorável?

07 outubro 2012

O tamanho de um erro

Incontáveis são as falhas cometidas em 90 minutos por aqueles que vão a campo. Quase todas acabam se diluindo em meio aos desacertos seguintes ou a circunstâncias outras. Quanto muito, um desses tantos erros fica marcado para sempre, determinando a história de um jogo ou mesmo de um campeonato. Ainda assim, será involuntário e acidental, definido em uma fração de segundos.

O erro cometido pelo técnico que dirigiu o Palmeiras neste clássico contra o SPFC, no entanto, é daqueles que se cometem de maneira consciente, uma vez que pensado durante toda a semana e perpetuado por longos, torturantes e irreversíveis 45 minutos. Era mais do que evidente que não se poderia armar um time do jeito como ele armou - menos ainda contra o adversário em questão.

As consequências já eram previsíveis desde a hora em que ouvi alguém anunciar a grotesca escalação na rampa de acesso ao Morumbi. Ficou pior com a bola rolando, e 15 minutos de jogo bastaram para evidenciar o que estava por vir. Era hora de corrigir a deficiência que ele próprio inventou, mas o técnico preferiu a omissão. Manteve aquela situação insustentável, assistiu ao time levar dois gols e então já era tarde demais.

Sim, a derrota poderia vir mesmo com um time bem escalado - porque o adversário teve uma tarde das mais inspiradas -, mas, na situação em que está o Palmeiras, o técnico não tinha o direito de fazer experiências logo em um clássico como este.

Dói, eu sei. Mas agora devemos pensar no jogo ainda mais decisivo da próxima quinta-feira. Vamos a Araraquara, senhores!

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Sei que não é o caso de ficar revirando o passado, mas uma reflexão de ordem conjuntural se faz necessária. Aliás, dois pontos para uma única reflexão. Vamos lá:

1. Se levarmos em conta também a Portuguesa, o Palmeiras disputou neste Brasileirão sete clássicos até o momento - falta apenas mais um, contra o Santos na última rodada. Foram dois empates e cinco derrotas - ou dois pontos em 21. É o pior desempenho de toda a história do clube. Reflitam sobre isso.

2. Com exceções pontuais (Paulista/2008 e Copa do BR/2012), o Palmeiras mostra desde 2002 (ano do rebaixamento) suas deficiências e a a fraqueza de ordem estrutural exatamente em partidas eliminatórias ou em clássicos e duelos contra outros grandes. Porque o time pode até se sair bem em jogos intermediários, mas sucumbe quando dele se espera algo mais. Os números estão aí para comprovar isso que digo, e nada pode ser mais vergonhoso do que o tabu de 11 anos sem vitórias contra o SPFC em seu estádio. Depois daqueles 4 a 2 do gol do Alex, foram mais 19 jogos, com 7 empates e 12 derrotas. Um vexame:

21.04.2002 SPFC 1-1 Palmeiras - 29.467 - Rio-SP
27.04.2002 Palmeiras 2-2 SPFC - 24.124 - Rio-SP
02.10.2004 SPFC 2-1 Palmeiras - 12.501 - Brasileiro
20.02.2005 Palmeiras 0-3 SPFC - 36.832 - Paulista
25.05.2005 SPFC 2-0 Palmeiras - 60.343 - Libertadores
04.08.2005 SPFC 3-3 Palmeiras - 14.810 - Brasileiro
05.02.2006 SPFC 4-2 Palmeiras - 30.970 - Paulista
03.05.2006 SPFC 2-1 Palmeiras - 55.080 - Libertadores
24.05.2006 SPFC 4-1 Palmeiras - 7.861 - Brasileiro
01.04.2007 SPFC 3-1 Palmeiras - 25.936 - Paulista
27.05.2007 SPFC 0-0 Palmeiras - 20.873 - Brasileiro
13.04.2008 SPFC 2-1 Palmeiras - 37.203 - Paulista
13.07.2008 SPFC 2-1 Palmeiras - 22.235 - Brasileiro
28.03.2009 SPFC 1-0 Palmeiras - 18.289 - Paulista
30.08.2009 SPFC 0-0 Palmeiras - 41.083 - Brasileiro
26.05.2010 SPFC 1-0 Palmeiras - 15.522 - Brasileiro
28.02.2011 SPFC 1-1 Palmeiras - 26.238 - Paulista
21.08.2011 SPFC 1-1 Palmeiras - 16.813 - Brasileiro
06.10.2012 SPFC 3-0 Palmeiras - 34.941 - Brasileiro

Estive em todos os 19 jogos acima citados - e em todos os demais desde os anos 90 - e a impressão de quem viveu tão intensamente todos esses confrontos da última década é que, aconteça o que acontecer, a vitória não virá. Seja por chegarmos quase sempre com um time tecnicamente inferior, seja porque a sorte raramente nos acompanha nesse tipo de embate, seja porque a arbitragem é sempre um enorme empecilho. Nada disso, no entanto, é capaz de explicar uma sequência de sete empates e 12 em um período tão longo.

Por mais que haja elementos que se repetem de maneira insistente nessa longa trajetória (é um turno inteiro do Brasileiro, porra!), a chave para entender tamanho fracasso é conjuntural - e os senhores sabem bem do que se trata.

Além dos encontros no Morumbi, Palmeiras e SPFC se enfrentaram outras 18 vezes desde 20 de março de 2002 - quase sempre com mando alviverde. Foram sete vitórias, sete empates e quatro derrotas. Levamos vantagem, é verdade, mas é uma vantagem menor do que a necessária para quem joga "em casa" e insuficiente para compensar o terrível retrospecto no Morumbi. Vamos à lista:

19.05.2002 Palmeiras 0-2 SPFC - Anacleto Campanella - 5.839
22.05.2002 SPFC 2-2 Palmeiras - Canindé - 6.710
02.10.2002 Palmeiras 1-1 SPFC - Pacaembu - 24.780
27.06.2004 Palmeiras 2-1 SPFC - Pacaembu - 12.523
18.05.2005 Palmeiras 0-1 SPFC - Palestra - 18.947
12.11.2005 Palmeiras 2-1 SPFC - Pacaembu - 5.252
26.04.2006 Palmeiras 1-1 SPFC - Palestra - 18.621
24.09.2006 Palmeiras 3-1 SPFC - Prudentão - 20.839
29.08.2007 Palmeiras 0-1 SPFC - Palestra - 16.124
16.03.2008 Palmeiras 4-1 SPFC - Santa Cruz - 28.422
20.04.2008 Palmeiras 2-0 SPFC - Palestra - 27.680
19.10.2008 Palmeiras 2-2 SPFC - Palestra - 26.676
24.05.2009 Palmeiras 0-0 SPFC - Palestra - 12.000
21.02.2010 Palmeiras 2-0 SPFC - Palestra - 13.590
19.09.2010 Palmeiras 0-2 SPFC - Pacaembu - 15.011
27.11.2011 Palmeiras 1-0 SPFC - Pacaembu - 18.364
26.02.2012 Palmeiras 3-3 SPFC - Prudentão - 19.161
15.07.2012 Palmeiras 1-1 SPFC - Arena Barueri - 8.374

Como se vê, foram sete estádios diferentes para apenas 18 jogos, e isso é também sintomático do estágio a que chegamos - em especial as opções por Ribeirão, Prudente e Barueri.

Ao final, somados os jogos "em casa" e fora, temos um cenário que em nada combina com um clássico: apenas sete vitórias conquistadas em 37 jogos, contra 16 triunfos do nosso rival e outros 14 empates. E é exatamente por isso que perdemos na década passada uma longa supremacia histórica, que já completava 70 anos.

Que a democracia nos devolva o gigante Palmeiras e aí haveremos de recuperar o que os velhos malditos nos tomaram.

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Do Painel FC de sábado, 06.10.2012:

Outro lado... A escalação de Paulo César de Oliveira para o clássico de hoje expôs não só a falta de articulação política do Palmeiras com a CBF mas também a força que o árbitro tem nos bastidores.

...da moeda. Ao conseguir voltar a atuar em um jogo do Palmeiras -num clássico contra o São Paulo-, Oliveira demonstrou poder perante à cartolagem. Segundo amigos, o juiz tem anseios de fazer uma carreira política dentro da arbitragem brasileira. 


Em alta. O árbitro desfruta de prestígio dentro da Federação Paulista de Futebol.

03 outubro 2012

Os princípios da arquibancada

"A arquibancada tem seus códigos. Eles devem ser respeitados."

Escrevi isso algumas vezes no Twitter e no Facebook e a mensagem, sutil, foi compreendida pelo público que interessa, por aqueles todos que somos da arquibancada. É hora de avançar um pouco no debate, colocando a argumentação de quem, por pertencermos à arquibancada, somos os efetivamente habilitados a tecer algum tipo de comentário sobre eventos recentes.

Como a hipocrisia, o discurso politicamente correto e o falso moralismo não têm espaço por aqui, é o caso de, em oposição a tudo o que vem sendo dito por aí, colocar as coisas sob outra perspectiva.

Vou começar ampliando o alcance do conceito lá do alto. A verdade é que todo lugar tem lá os seus códigos e regras de conduta. Alguns são explícitos, documentados, com manual de boas práticas e tudo mais, enquanto outros são apenas consensuais, empíricos até, condicionados à experiência adquirida no ambiente.

Para fazer parte, digamos, de um grupo, você precisa ao menos entender quais são as regras e os procedimentos que ali imperam. E é preciso respeitar os legítimos ocupantes daquele espaço.

Não queiram, por favor, tratar o futebol como instrumento recreativo, como passatempo ou como entretenimento. O futebol não é nada disso. O futebol é cultura popular, é paixão, é razão de viver. Quem equipara o futebol a atividades menos importantes está desrespeitando a essência e a história do esporte. Tais pessoas não merecem de volta o respeito daqueles que efetivamente vivemos o futebol como o que ele é.

Que me perdoem os puritanos e todos aqueles que sabem apenas reproduzir o discurso que se pretende sensato, mas a verdade mesmo é que a arquibancada tem lá seus princípios, e muitos deles provavelmente vão de encontro (e não ao encontro, notem a sutil diferença) ao que se convencionou chamar, como é mesmo a palavra?, civilidade. E é bom que seja assim.

Mal sabem os ditos especialistas que o futebol nada tem a ver com civilidade. Mal sabem que a essência do esporte é totalmente outra. Pobres coitados. Li muita merda esses dias todos, e impressiona notar a semelhança entre os discursos, as palavras repetidas até, a aparente incapacidade de refletir e de compreender que toda ação leva a reações normalmente proporcionais.

Querem opinar sobre o que se passa na arquibancada? Que a frequentem, pois. Se não for assim, que deixem, por favor, o futebol para quem o vive de verdade. Não encham o saco e façam bom proveito do discurso civilizado na frente da TV.

E isso, senhores, é tudo que precisa ser dito. A arquibancada tem lá seus códigos e seus princípios. Eles devem ser respeitados.

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Um comentário pontual: no meio de toda a imbecilidade que virou senso comum, ouvi muito babaca por aí falando em "ídolo nacional". Todo o meu desprezo por quem contribuiu para chegarmos até aqui.

Já encomendaram o serviço

Em qualquer país minimamente sério, um elemento como o árbitro designado para apitar o clássico do próximo sábado estaria afastado de suas funções há tempos. A ficha do sujeito é por demais extensa, mas estamos no Brasil e então ele segue na ativa, ressurgindo do esgoto sempre nos momentos mais agudos, pronto para prejudicar o Palmeiras em duelos decisivos.

Vejam, senhores, que o último jogo do alviverde com a presença da criatura foi logo a semifinal do Paulista do ano passado, um serviço encomendado sob medida, conforme descrito em detalhes aqui. Faz quase um ano e meio. Ele veio e ignorou toda a polêmica prévia (porque ali já o tínhamos como inimigo de longa data) para conduzir o jogo da maneira a garantir a vitória - que nem veio - do SCCP. Apenas mais um crime de uma longa trajetória.

Bem antes daquele confronto, no entanto, já apontávamos o longo histórico do elemento nos jogos do Palmeiras. Ninguém faz nada, a diretoria se omite e então caminhamos a passos largos para mais uma tarde de roubo descarado, novamente com a assinatura daquele que tem nos prejudicado há 15 anos.

Não é coincidência o fato de ele ressurgir agora, um ano e meio depois de nos roubar de maneira acintosa em um jogo importante. Não pode haver nome mais apropriado para o serviço sujo.

Talvez não exista pessoa no mundo que odeie mais esta criatura do que eu. Já existe um completo dossiê (elaborado pelo meu grande amigo Fernando Galuppo), mas eu me sinto no dever de relembrar, de maneira aleatória, alguns episódios mais emblemáticos de sua, digamos, turbulenta relação com a Sociedade Esportiva Palmeiras:

2008
O sujeito prejudicou o Palmeiras contra o SPFC não poucas vezes (a primeira delas na semifinal do Rio-SP de 1998), mas nenhuma foi tão clamorosamente absurda quanto o jogo da semifinal do Paulista/2008, com o gol de mão do atacante adversário quase colocando em risco o nosso título daquele ano. Confiram o mesmo lance por dois ângulos:


































1999
Palmeiras 4-3 Portuguesa/SP, Palestra Itália, Campeonato Paulista. Os três gols da Portuguesa aconteceram da mesmíssima maneira: em cobranças de pênalti. Eu pergunto aos senhores: que tipo de criatura marca três pênaltis para a Portuguesa contra um grande time?

2010
O jogo (contra o Grêmio Itinerante Barueri de Prudente de Barueri) nem era tão relevante, mas peço que atentem para o gol que o sujeito validou - e para a posição dele em relação ao lance:















2009
Bragantino/SP 2-5 Palmeiras, Marcelo Stéfani, Campeonato Paulista. O sujeito chegou ao cúmulo de expulsar São Marcos, alegando agressão do goleiro - e ainda deu pênalti contra o Palmeiras. Um crime não apenas contra o clube, mas contra a carreira do goleiro também. Mesmo com um a menos, o Palmeiras transformou uma derrota por 0-2 em uma goleada histórica. Repito: ele expulsou São Marcos alegando uma agressão. Tirem suas conclusões.

2011
Semifinal do Paulista contra o SCCO. Atuação premeditada. Sabedor do clima tenso que pairava em virtude de sua escalação, o sujeito aplicou um amarelo no nosso melhor jogador, o camisa 30, já como credencial. Expulsou o nosso zagueiro em uma bola dividida (decorrente de uma falta não marcada a nosso favor no ataque) e deixou o jogador dos caras em campo. Botou Felipão também para fora. Desestabilizou o time. O Palmeiras foi guerreiro. Saiu na frente mesmo com um a menos, mas levou o empate. Perdeu nos pênaltis.

1997
Palmeiras 2-1 Rio Branco/SP, Palestra Italia, Campeonato Paulista. Primeiro jogo do alviverde com arbitragem do elemento, e ele já deixou o cartão de visitas. O relato completo está aqui, e eu resumiria assim: em um jogo de um time grande (em casa) contra um pequeno, o mandante recebeu sete cartões amarelos e teve três jogadores expulsos. Três jogadores expulsos, incluindo o seu goleiro! O alviverde teve ainda um pênalti não anotado a seu favor. E aí eu pergunto aos senhores: o que esperar de alguém que "estreia" como juiz expulsando três jogadores do Palmeiras no seu estádio contra o Rio Branco de Americana?

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São tantos e tão crassos os "erros" cometidos que eu poderia aqui escrever um verdadeiro tratado contra o tal elemento. Não é necessário; os relatos acima são bastante consistentes e evidenciam o que nos espera no próximo sábado.

Mas, claro, os nossos amigos da imprensa esportiva haverão de apelar para o velho argumento de que "os erros acontecem para todos os lados e se anulam no final"...

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Peço desculpas por dedicar o post a este assunto em detrimento do jogo recém-encerrado, mas é que isso acabou virando prioridade - e foi assim mesmo lá no Pacaembu, com a indignação completa e irrestrita de todos os que já sofremos com esse maldito.

Sobre o jogo, boa vitória contra o fraquíssimo Millonarios. Time consistente durante quase todo o jogo, boas jogadas criadas, belos gols e uma vantagem considerável para o jogo da volta - e nem precisamos fazer muito esforço par avançar de fase.

01 outubro 2012

DIRETAS! É HOJE!








É HOJE! A partir das 18h em frente ao CT do Palmeiras. Todos os palmeirenses estão convocados!

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O post do Verdazzo traz uma apresentação completa desta noite.