17 agosto 2011

Geração Winning Eleven (6)

Estamos em guerra contra o futebol moderno. De um lado, nós, torcedores, aqueles que frequentamos a arquibancada e entendemos e respeitamos o futebol; do outro, uma massa heterogênea e disforme, que vai dos velhos sujos que comandam o futebol no mundo a uma infinidade de adolescentes imberbes e alienados, incapazes que são de formular uma argumentação com um mínimo de lógica. É a luta de quem entende o futebol como a mais pura manifestação popular do mundo contra os idiotas que pensam que um perfil no Twitter pode ser equiparado a uma torcida. De um lado, o futebol como manifestação cultural e como esporte do povo; de outro, o Fair Play e o João Sorrisão. De um lado, o esporte como guerra; do outro, os que veem o futebol como um entretenimento. É uma luta que não admite concessões.

A batalha aqui travada começou contra um perfil específico, mas o problema é muito maior. Uma rápida pesquisa permite identificar centenas de perfis dedicados a clubes europeus, de bastardos britânicos (ou de qualquer outro país) que se imaginam torcedores de futebol. Alguns clubes, os que mais investem no marketing predatório, têm até mais de um perfil criado por filhotes de Tiago Leifert, e eles chegam a travar discussões públicas sobre o nada.

Percebi então que não é o caso de focar apenas naquele primeiro perfil, mas no conjunto da "obra". São todos alienados, e é possível identificar nos posicionamentos, nas preocupações e nas publicações o mesmo discurso vazio e artificial.

Devo confessar que um dos objetivos de todos os posts da Geração Winning Eleven era buscar argumentos contrários do outro lado. A essência de um debate é expor os argumentos, receber contra-argumentos e, a partir daí, ratificar ou mudar a opinião. Porque eu poderia, depois de tudo o que escrevi, perceber que existe vida inteligente do outro lado e até aprender alguma coisa a partir disso.

Não há vida inteligente do outro lado.

Há, isso sim, uma geração perdida e sem princípios. Há um bando de alienados que não consegue articular um pensamento minimamente compreensível. Há um bando de nerds criados em condomínios fechados que nunca antes pisaram em uma arquibancada e, por isso, se entregam ao marketing predatório de clubes de futebol que venderam a alma em nome do “bizines”. Há um bando de imbecis que confunde “clube de futebol” e “marca global”. Há uma geração inteira de nerds incapaz de compreender o futebol em sua plenitude. Há uma massa que ousa equiparar “futebol” e “música”.

Como tudo o que vem dessa gente, as tentativas de elaborar um discurso são ou risíveis, ou constrangedoras ou simplesmente incompreensíveis. Confiram aqui e aqui, no próprio texto e nos comentários. Desta última vez, no entanto, o embate direto foi bem mais reduzido, uma vez que os babacas do outro lado, sem argumentação, apelavam para saídas covardes do tipo “vamos ignorar...” ou “não tô nem ligando”. Típico de gente que não tem como defender a própria alienação. Típico de gente que não consegue sustentar o próprio discurso.

Aqui e ali, no entanto, recolhi algumas tentativas de defesa, mas percebi que nenhuma delas merece ser levada a sério. Os argumentos todos são de uma fragilidade intelectual e de uma inconsistência que merecem ser expostos publicamente, de modo a comprovar o que existe por trás dessa Geração Winning Eleven. Deixo-os com alguns exemplos:









Isso tudo veio do Twitter. Dá pra levar a sério?

Tem um blog, no entanto, que se esmerou mais ainda na arte da alienação. Eis aqui e, em um recorte necessário, logo abaixo. Atenção para o trecho em negrito:

"O Campeonato Inglês cresceu muito no país e tem tomado espaço do próprio futebol brasileiro, que, convenhamos, está cada vez mais decadente. Os jogos sonolentos no Brasileirão fazem o telespectador migrar para a Premier League, que dificilmente você vê um jogo ruim. Não precisa estar no estádio para viver o futebol. A tecnologia permite que você veja até na palma da sua mão uma partida do seu time. E muitas vezes a emoção está maior assistindo dentro de casa ou fazendo um churrasco com os amigos do que propriamente dentro do estádio. Só porque os torcedores estão longe do seu time não significa que ele não vive o futebol. E a questão de dinheiro? A Arsenal Brasil pode ir em todos os jogos do Arsenal no Emirates Stadium? Obviamente que não."

É mais que constrangedor. É infantil. É ingênuo. Parece uma criança escrevendo. Pelo que vi, é obra de um estudante de jornalismo. Pobre jornalismo... A criatura ainda não foi instruída na arte da argumentação. O texto é de uma fragilidade discursiva sem precedentes. Ok, o cara ainda vai evoluir nesse quesito, mas precisa saber com quem está falando antes de querer ditar regras.

Meus argumentos continuam aí. Todos intactos.

O futebol só existe na arquibancada, só é torcedor quem vai a estádio, e os cidadãos que escrevem as atrocidades acima (houve um, no último post, que escreveu a palavra “morrece” - do verbo "morrer") são meros instrumentos de manipulação para o avanço do futebol moderno. São consumidores a serviço de marqueteiros de marcas globais. São a Geração Winning Eleven.

É legítimo querer se posicionar. Mas é preciso ter argumentos para isso. É preciso saber construir um discurso minimamente razoável. Do contrário, a vergonha é ainda maior.

Seguimos em frente.
À arquibancada, torcedores. Tem jogo amanhã e domingo.

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Geração Winning Eleven (1)

Geração Winning Eleven (2)

Geração Winning Eleven (3)

Geração Winning Eleven (4)

Geração Winning Eleven (5)

57 comentários:

Lucas disse...

Ao Canindé!

Luiz Fernando disse...

Amigo,só tem uma coisa ,pra mim futebol algumas vezes eh sim entretenimento,agora eu axo que as pessoas qndo vão para o estádio torcer para o SEU CLUBE,não pode tratar como entrenimento,aí eh q fode msm,no estádio eh guerra,vc tem q sair sem voz,eu gosto da premier league como diversão,mas acho q vou gostar mais ainda quando tiver a chance de ver nas bancadas,pegando o metrô e indo com o povo

Felipe Ferreira disse...

Muito parabéns por toda sua ignorância!

Sujeitos assim que não entendem nada de futebol e ficam se gabando!

POST RIDÍCULO E ESTÚPIDO DEMAIS!

Sou um dos colaboradores do blog Ortodoxo E Moderno, e lhe pergunto, o que ganhou em criticar nosso trabalho? Desempenhado com muito carinho e cuidado por jovens com um mesmo ideal.

Para fechar, infantil e ingênuo é o seu trabalho que está totalmente aquém da grande globalização que o futebol vem sofrendo.

Leonardo disse...

Penso exatamente da mesma forma. Não vou me alongar, estes alienados só enchem o saco.

Guilherme Chaves disse...

Concordo com o Felipe Ferreira, é uma hipocrisia metida a revolucionária que chega a dar dó.

Se torcedor é só os que vão aos estádios, coitado dos clubes. Corinthians, São Paulo, inclusive o Palmeiras, que com suas atuações não tá enchendo o estádio a não ser que seja clássico ou algo excepcional (como o jogo contra o Flamengo depois da novela do Judas30).

O mundo se modernizou, o futebol se modernizou. Estamos na era do dinheiro, do marketing, dos clubes que tendem a se tornar empresas. Quem não se ajustar a esse modelo está com a escritura de "falência" a porta. Concordo com o dono do blog que os torcedores mais "apaixonados", que vivem em função do clube, não deixaram os clubes falirem, mas estes clubes dificilmente terão possibilidades de ganhar algum campeonato neste novo momento.

Infelizmente os diretores do Palmeiras não sabem o tamanho da torcida que o Palmeiras. Pode chamá-los de consumidores, mas são os consumidores que estão ajudando a gerar receitas e os diretores, que só pensam em sua influência entre meia-dúzia de gatos pingados, não dão valor ao torcedor palmeirense.

A diretoria do Palmeiras precisa acordar, pensar nos verdadeiros "donos" do clube. A torcida não quer conta no azul, quer raça, quer audácia, quer título.

Fernando André disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

O cara é fã do bambi ceni e quer falar algo...geração spfw

Equipe Bola pro Mato disse...

É lamentável ler tamanha falta de abertura a diálogos. Visão extremista, que não permite uma outra visão de mundo. Post bem escrito, bem argumentado, mas fundamentado em preconceito e intolerância. Um "post-resposta" muito triste. Nota 0 pra vocês.

Anônimo disse...

Nerds de sofá,

Fica a sugestão: leiam toda a série geração Winning Eleven e conheçam o dono do blog. O cara é um estudioso do futebol, alguém que conhece estádios por todo mundo, inclusive na europa. Ele coloca várias torcidas européias no blog dele defendendo o fanatismo e a beleza delas. Não há extremismo nenhum. Vcs que nem conhecem o cara. É possível GOSTAR de clubes de outros países. Mas torcer é preciso estar inserido culturalmente no clube.

Desconhecem as raízes do futebol. A rivaldade do futebol vai muito além das 4 linhas. É uma questão de cultura, de território. Na própria Inglaterra SEMPRE foi assim.

Em relação ao futebol moderno...Se vcs preferem jogadores atores e estrelas e os padrões FIFA só tenho a lamentar.

Eu fico com a raça, a loucura da arquibancada e a rivalidade a flor da pele...coisas naturais do futebol, sabem?

Como eu quera ver vcs humilhados na europa pelos torcedores locais pelo fato de serem estrangeiros.


Vcs falam que não há abertura pra dialogo? Até agora não teve nenhum nerd de sofá que provou que estamos errados.
Toda quarta e domingo eu levo meu time a vitória cantando no estádio e vcs o que fazem? Os clubes europeus enxergam vcs como meros consumidores....

Biaggi

vitor disse...

po, nem deu tempo d ler o post anterior e vc já lançou outro.

se o post anterior não consegui ler pois estava no cinema vendo a final da supercopa da espanha em HD, esse foi importante, pois me lembrou de ligar por luigi pra gente marcar um campeonato de WE no sábado.

agora vou ver algum jogo do BR no PPV.

obrigado e abs.

Luiz Fernando disse...

vitor,parabéns por fazer,os europeus ficarem mais ricos,a crise tah brava ele estão precisando...

Anderson Ugiette disse...

mudando um pouco de assunto...

o maldito frizzo (minusculo mesmo) diz que consegue "trazer o carpegianni (tbm minusculo) para o lugar do Felipão!!!"
onde estão os valores do Palestra um filho da puta, usurpador e mal carater como o frizzo se acha no direito de fritar um verdadeiro idolo como o Felipão... daqui a pouco esse puto alem de adorar o canindé e presidente prudente vai querer mecher com o Marcos...

é o fim do Palestra se demitirem o Felipão... não que o Felipão seja maior que o Palestra, mas porque mostra uma visão amadora demais da cartolagem do clube...

Forza Palestra e PST.

Ricardo S. disse...

O Arsenal Brasil, assim como (qualquer coisa) Brasil e o Blog citado no post são símbolos de uma geração perdida.

Geração que acredita ser "torcedora",o quanto na verdade são simples espectadores, iludidos por um perfeito trabalho de propaganda dos clubes europeus, que vem angariando novos consumidores para suas marcas.

Em outros tempos, esse fenômeno somente poderia ser entendido em países sem qualquer tradição futebolistica, sem clubes, sem times, e etc.

Essa geração perdida é a mesma que acredita que twittar #foraricardoteixeira é um enorme esforço, uma contribuição impar para mudar os rumos do futebol nacional.

Os argumentos para torcer para os times ingleses corroboram com essa tese, ao considerarem "corruptos" o futebol nacional ao invés de se engajar e cobrar de modo efetivo a transparência, migram para assistir o que consideram espetáculo. Futebol nunca foi e nunca será um espetáculo, é luta, é garra, é guerra. O torcedor de futebol quando torce para sua equipe não está preocupado com o jogo bonito, sua preocupação é ganhar do adversário, impor uma derrota vexatória para a outra agremiação que tenha reflexo durante rodadas.

Aqueles que querem espetáculo deveriam o procurar em outras atividades culturais, como o circo, que como se percebe dificilmente acabará, já que a mídia e a propaganda vêm fabricando inúmeros palhaços.

Spinelli

Anônimo disse...

Nerds mostrem que ñ são nerds e vamos casar uma treta e resolver esta pendenga na porrada!

Casselli o Carcamano

Bruno Furlaneto disse...

Nem sempre concordo com o teor dos textos, não sou nem de um lado nem exatamente de outro, mas os posts são sempre muito bem costurados. Impressionante capacidade de argumentação.

Gabriel Manetta Marquezin disse...

as vezes dou rizada lendo alguns comentários, mas quando logo pela manhã, me da enjoo...


futebol globalizado??? vai se fuder seu merda, quantos clubes espanhóis/ingleses você conhece? agora chega num ingles, e pergunta se ele sabe quem é Atlético-PR, Avaí, Goiás...meu amigo fez intercâmbio, e conheceu um italiano que tinha total convicção de que a Sampdoria era MUITO maior que o Palmeiras....isso não é futebol globalizado, é futebol imperialista...será que na Inglaterra existe a torcida Botafogo-UK ?????

no fundo, a série Geração W11, é um subcapítulo da "O País do Futebol?", isso só acontece no Brasil porque aqui o Futebol não é levado a sério, porque o atual ídolo dos jovens, e de até adultos, é um babaca chamado Tiago Leifert...


VÃO TOMAR NO CU NERDS FDP!!!


aliás, no outro post, um nerdão disse que na final da UCL não teve violência nem dentro, nem fora de campo, vomitou palavras como respeito, fairplay e outras coisas....será que ele assistiu a final da Supercopa ontem??? como ele me explica aquela briga? hahaha será que agora ele vai deixar de torcer por clubes espanhóis, porque lá não tem respeito em campo???

Gabriel Manetta Marquezin disse...

hahaha estava lendo o tal post no "ortodoxo e moderno", vejam o primeiro comentário, do "Ricardo, bola pro mato"...ele não entendeu NADA do que o Pessini falou ahahaha

Favaro disse...

Ótimo texto, Barneschi.

À arquibancada!

Abraços,

EF

Anônimo disse...

O comentário do Spinelli foi brilhante! Sensacional! Vc foi tão bem quanto o Barneschi.

Parabéns!

Biaggi.

Edsinho IV Centenário disse...

Barneschi taí... parabéns! Quando o cara é chamado de extremista e xiita é porque é valente. Será que esses "muderninhos" de sofá conhecem Ugo Giorgetti e Sócrates? Pois bem, ontem no Canal Brasil ambos conversavam sobre vários assuntos, aí em certo momento comentaram sobre a geração atual que acompanha futebol, as idéias bateram com a sua, será que são imbecis, xiitas e extremistas? E vamos ao Tamancão hoje, que é nosso dever.Forte abraço.

Gabriel Manetta Marquezin disse...

isso sim é futebol europeu, mentalidade ultras! a faixa no final do filme diz tudo...

torcida do Viktoria Plzeň, time da Rep. Tcheca, visitante no jogo contra o Copenhagen, pelos jogos preliminares da UCL...

http://www.youtube.com/watch?v=HSX2Qi2sn5g&feature=player_embedded

gregory disse...

Um dia quero te encontrar na Turiassu e te pagar umas brejas no Bar do Silvio cara, sensacional seus textos e corretíssima sua posição.

Futebol é guerra, quem quer espetáculo que vá torcer pela selenike e deixe o futebol de verdade pra nós.

Gregory - Torcida Acadêmicos da Savóia.

Rodrigo Barneschi disse...

Ratificando o que foi dito no post:

Estamos em guerra contra o futebol moderno, e não há vida inteligente do outro lado. Não há vida inteligente. Não há capacidade de argumentação. Mas me sinto obrigado a fazer pelo menos a seguinte consideração:

Tem vagabundo aí falando em “falta de abertura a diálogos”. Pois vejam, senhores, que tudo o que eu fiz foi apresentar os meus argumentos esperando que viessem argumentos contrários. Salvo engano, isso se chama diálogo. Isso se chama debate. E o espaço de comentários aqui está constantemente aberto, e eu inclusive estimulei os argumentos contrários, esperando que eles viessem.

Não vieram. E aí eu piso na cabeça de moleque alienado mesmo!

Deixo aí todos os comentários dessa Geração Winning Eleven para que se constate o completo despreparo deles, e a incapacidade de se defenderem.

Lixos! Vendidos ao marketing predatório! Filhotes de Tiago Leifert!

Eu piso na cabeça de imbecis como vocês!

Guilherme Chaves disse...

Ao Gabriel Manetta, e sabe por que a Sampdoria acredita ser muito maior que o Palmeiras?

Justamente pelo futebol globalizado. O Palmeiras tem que exercer sua força, primeiramente, aqui no Brasil e com títulos, exercer novamente sua força no exterior. O futebol é globalizado.

Falta audácia da diretoria em divulgar o clube, em fazê-lo vencedor e atrair mais receita.

Valter Jr disse...

"E muitas vezes a emoção está maior assistindo dentro de casa ou fazendo um churrasco com os amigos do que propriamente dentro do estádio."

Mesmo depois de ler isso, como vc conseguiu continuar a leitura e ainda teve saco para responder?

Abraços e parabéns pelo blog

Guilherme disse...

CARALHO! melhor post seu irmão até hoje!
te chamaram de extremista? eu acho que tu foi até tolerante na postagem hahaha.
mas muito bem feito, expressou algo sem apelar, como eu não consigo expressar, repassarei tal post adiante.
torcedor é o que vai ao estádio, paga pra ser sócio, pega chuva, frio, sol, e toda a emoção de ser sofredor, não tem igual, geração winning eleven é uma geração sem coração, pra me dizer que assistir pela tv é a mesma sensação. É o fim! ahaha
Entretenimento do futebol só quando tu joga e olhe lá! hahah

@MeuPalestra disse...

" Torcedor de futebol é aquele que gira a catraca. "

Fora isso, que morram todos!!!!

@MeuPalestra

Rodrigo Barneschi disse...

Spinelli
Valeu! Grande comentário!

Bruno Furlaneto
Obrigado, cara!

Gabriel Manetta
Mais um grande vídeo. Você é o cara! A série volta na próxima semana.

Edsinho
É bem por aí. Nego reclama de falta de diálogo e tal, mas aí eu digo que quero exatamente o debate e peço para eles mandarem argumentos contrários. Os caras quase choram. Reclamam de truculência (eles sabem o que é isso?) e só faltam chamar o papai para defendê-los. É uma geração perdida.

Gregory
A gente deve se ver sempre no estádio. Me manda um email (forza.palestra@yahoo.com.br) para combinarmos.

Valter Jr.
Pois é, precisa ter muita paciência, viu?

Guilherme Chaves
Ódio eterno ao futebol moderno, seu puto! Você não sabe o que é futebol! Futebol é guerra! Futebol é cultura! Futebol é povo!
Futebol não é marketing nem bizines!

Rodrigo Barneschi disse...

Valeu, Guilherme! Pode passar adiante!

A falta de argumentos me tira do sério. É preciso pisar na cabeça às vezes.

Abraços

Anônimo disse...

Aos que disseram sobre a corrupção no futebol Brasileiro, deixe-me ver se entendi.

Por termos um futebol corrupto, eles então passam a assistir a Premier League. Quem financia a maior parte desses clubes ingleses mesmo? De onde vem o dinheiro deles? AH tá...alienados do kct!

Guilherme disse...

Esse povinho que paga pau pra futebol da Europa, que apesar dos 20 e tantos anos começou a "torcer" a dois anos atrás, enxergam os clubes de futebol como simples marcas que eles gostam hoje e vão deixar de gostar assim que eles perderem relevância "internacional". Vejam o comentário do Sr. Wagner Ribeiro, agente do Neymar quando perguntado se era melhor Real ou Barcelona: "O Real é a melhor empresa de esportes da Europa, um dos maiores do mundo." Empresa de esportes! Empresa que tem clientes como os "organizados" do Arsenal Brasil, Chelsea Brasil entre outros. E todo mundo sabe o quanto dura o amor por uma "marca".

Unknown disse...

Barneschi,

Acho que suas premissas são um pouco redundantes. Ouso a enumerá-las:

1- Torcedor gira a catraca
2- Futebol é a expressão cultural de um povo
3- Quem assiste o jogo do sofá e não vai ao estádio não é torcedor.
4- A geração "Winning Eleven" não compartilha destes preceitos.

Os da "Arsenal Brasil" se reivindicam torcedores do Arsenal.

Eles, entretanto não giram a catraca. Não são torcedores, portanto. Não como nós.

O fato é que o conceito de "torcer" para eles não engloba ir ao estádio. Não engloba incentivar o time. Não engloba chegar em casa quase 2:00hs da manhã depois de um jogo.

Assistir aos jogos "na palma da mão" é-lhes suficiente.

São "torcedores", no sentido moderno da palavra, que é o único que conhecem.

Futebol para eles é globalização, marketing, glamour, cadeirinha de plástico e ola, e não cimento de arquibancada.

Assim sendo, ir ou não para o Estádio é-lhes um fato irrelevante que não lhes faz diferença na hora de se auto-proclamarem torcedores do Arsenal.

Dado que estamos falando de "torcedores modernos" da geração Winning Eleven, isto não te soa óbvio?

Abraço

Gabriel Manetta Marquezin disse...

a Wikipédia é falha em muitos artigos, mas resolvi por curiosidade ver a descrição do termo "torcedor" no site...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Torcedor

vejam só...


Barneschi, obrigado haha, mas o cara é você que mantém este blog a anos, sempre constante em todos aspectos...e presta um grande serviço aos torcedores, ao futebol e ao Palmeiras! se te encontrar no Canindé hoje trocamos mais ideia, abss

Gustavo Moraes disse...

Jogo com os gambas com campo Neuto... quase meio a meio os ingressos..

Parabens diretoria!!

Fábio Niterói disse...

Concordo com todos os argumentos do Barneschi. Deste e de tantos outros posts. Também odeio o futebol moderno, os pontos corridos, os promotores, os empresários, os K30's da vida, os vagabundos com apito na boca etc. Fica a ressalva de que o estádio do Palmeiras, hoje, para mim, é o Pacaembu. Onde cabem umas 40.000 pessoas (embora eu já tenha ido a um Palmeiras e Santos em 77 com uns 70.000 lá dentro -- PQP, foi legal demais, com rojão, bandeira, cerveja e ingresso com preço de ônibus). Sendo assim, acho que não se exige de um torcedor que vá a todos os jogos de seu time, senão o Palmeiras poderia, hoje, ter no máximo 40.000 torcedores. Porém, para alguém se dizer torcedor, é preciso que vá ao estádio com a maior frequencia que suas circunstâncias permitirem. Sendo um cara jovem, no mínimo duas vezes por mês. Menos do que isso, não dá. Ao longo da vida, pelo menos umas 500 vezes.

Rodrigo Barneschi disse...

Fábio,

É bem por aí. Por 'n' motivos, há quem não possa ir ao estádio por um período determinado. Sei lá, alguém que mora fora de SP, que está desempregado etc.

Mas o que importa é o espírito de arquibancada. É saber que o futebol só faz sentido assim.

Abraços

Leonardo Nascimento disse...

Quem é tu pra dizer quem é e quem não é torcedor?

Coisa de brasileiro ufanista achar que o que vem de fora é bom e que tem que ser ignorado, em detrimento do que é nacional.

Adoro futebol, e acompanho o máximo que eu puder. No Brasil, sou colorado, e na Inglaterra, torcedor do Tottenham. Vou frequentemente ao Beira Rio, e ainda irei ao White Hart Lane.

Como tu ousa dizer que eu não sou torcedor? Torcedor é aquele que chora com a derrota. Eu, e apenas EU, sei o que sinto. Tu não tem o direito de desmerecer o que eu sinto.

Verena Ferreira disse...

O dono do blog? Ufanista?

Ô, gentinha que não lê os posts e tem graves problemas de interpretação!

Parabéns pelo texto!

Beijos

Rafael-DF disse...

Só se experiencia futebol de verdade, na sua essência, no cimento da arquibancada e isso é um fato portanto não há contestação. Só se consegue ser um torcedor na sua plenitude quem consegue vivenciar essa comunhão com o time NO ESTÁDIO, in loco. Vc sentir q o time se funde com a torcida e vice e versa, olhar os inimigos do outro lado, sentir o ódio por eles na veia, dividir a extrema alegria ou tristeza junto da sua gente é algo q só se consegue se vc está lá.
Por isso não adinata ficar esperneando q vc chora , ri ou morre pelo seu time a distância pq msm assim se o torcedor não vai ao estádio ele não conseguirá nunca atingir o estado máximo de torcedor q é a comunhão plena com o time, o seu espirito e o dos outros a sua volta dentro do campo empurrando o time a vitória.
Quem escolheu torcer pra um time de longe como eu ( nasci e moro em Brasília) tem q estar disposto a se sacrificar pra conseguir essa comunhão, aceitar as dificuldades e tentar ao máximo ir ao estádio e não ficar justificando ou chorando q tem o direito de torcer pra quem vc quer. O direito vc tem mas tem q arcar com as consequências.

Dia 28 estarei em P.Prudente, mais uma vez na guerra contra os gambás.

MV-DF

Anônimo disse...

Futebol é cultura? Ou guerra? Não entendo seu ponto de vista. Na europa o futebol é entretenimento e negócio? Sim, claro. Aqui não? Como Ronaldo, Adriano, Valdívia, Ronaldinho não são negócios, ou vai dizer que jogam por amor a camisa. Mas o torcedor não se importa, assim como o europeu, que "apenas" torce pro seu time. Criar um filtro e falar que algo não presta, que não gosta de algo é fácil, todo "mané" consegue. Defender seu ponto de vista sem interferir nas opniões dos outros sim é díficil, mas todos preferem banalizar, criar o tal filtro, porque é mais fácil, basta ter uma cabeça vazia.

Rodrigo Barneschi disse...

Veja só, anônimo:

Futebol é manifestação cultural, a mais primordial que existe, e você entenderia isso se tivesse lido livros como “Veneno Remédio”, “Dança dos Deuses” ou especialmente “Como o futebol explica o mundo”. O futebol está inserido na cultura de um povo, a determina e é determinado por ela. Ele tem muito a dizer para pessoas que, em vez de se entregarem ao marketing predatório, procuram estudar e entender o mundo.

E futebol é guerra também, à medida que opõe nações, torcidas e é diretamente impulsionado por rivalidades, inimizades e ódios que envolvem fatores que vão além do campo.

O futebol só seria negócio na mente de imbecis que se vendem a estratégias de marketing e que entendem o futebol não como um programa de fim de semana, transmitido pela TV, mas como a razão de viver de gente que está toda semana no mesmo lugar e pelo mesmo motivo. Como disse Nick Hornby: “Eu pertencia à outra categoria: aqueles que estavam lá porque sempre estavam lá". Futebol é isso!

Futebol não é teatro, futebol não é espetáculo, futebol não é entretenimento. Futebol é entrega, é raça, é paixão.

E é isso que gente como você, alienada pelo sistema, não consegue entender.

Estamos em guerra. E eu caminho no lado oposto ao seu.

Rodrigo Barneschi disse...

Quanto ao tal Navegador, sugiro que confira aí do lado a série "O país do futebol?". É a primeira vez que me chamam de ufanista. Não faz sentido algum.

FC disse...

Barneschi: clap, clap, clap... pelo texto, pelos conceitos, pela paciência, pelos argumentos e principalmente pela voz resistente.

Abraço,
FC

Thiago disse...

"muitas vezes a emoção está maior assistindo dentro de casa ou fazendo um churrasco com os amigos do que propriamente dentro do estádio."

Isso aí já resume tudo. Não precisa dizer mais nada. Esse pessoal do Arsenal Brasil por exemplo, que se leva muito a sério. Não tenho nada contra essas pessoas como seres humanos. Mas é gente que sofreu bullying na infancia e na adolescencia, e quer "fazer parte de algo" e a TV dá a chance pra eles de "fazer parte" de uma torcida de time grande europeu.

Nao vou aqui perder tempo dizendo tudo que já passei com 20 anos de estádio, torcendo pro time do meu pai, da minha familia, pq isso é o NORMAL de um torcedor de futebol. Acho que a gente tem que deixar esses caras pique Arsenal Brasil ser felizes, é tipo fã de star wars, de pokemon, deixa eles se divertirem com o que gosta, só não entrem na tremenda idiotice de um torcedor de estádio discutir com um tipo desses....

Anônimo disse...

Nenhum nerd desse percebeu que o Barneschi postou um texto com vários trechos do livro Febre de Bola. Acredito que ele fez isso de caso pensado.

Se os nerds tivessem dado uma olhada apenas nos trechos do Febre de Bola, eles teriam vergonha de comentar.

Thiago disse...

Antes de mais nada quero parabenizar você pela maioria dos posts... em uma época que é modismo até ser contra o futebol moderno, vejo coerência e equilibrio nas coisas que você escreve...

posto isso, digo que o que você está fazendo com esse pessoal da Arsenal Brasil é uma extrema covardia... isso é chutar cachorro morto!!! uma molecada "assexuada" futebolisticamente, que descobriu o esporte depois de adulto (ou passa por uma auto-afirmação adolescente) brincando de fazer torcida no Brasil, que certamente sofreram bullying em grande parte da vida e querem fazer parte de algo maior, escolheram um clube grande Europeu, de um futebol rico, com estádio bonito e grandes nomes, e assim se sentem melhor...

sim, pq não me venham com esse papo de VIADO de que "me apaixonei pelo Arsenal"... ninguem se apaixona por porra nenhuma, vc vira TORCEDOR de verdade de uma maneira ou de outra, por ter amigos que torcem pra time X, pq seu pai torce, pq no seu bairro todo mundo torce, pq vc foi ao acaso no estádio e virou torcedor... agora esses eufemismos gays não casam bem com o futebol...

me lembro qdo adquiri TV a cabo na segunda metade da década de 90, realmente achei legal a opção de ver jogos do futebol europeu, bons times, bons campeonatos, boa opção para quem gosta de futebol assistir... mas de uns anos pra cá, houve uma inversao de valores... vejo um monte de zé buceta que nem sabe o que é futebol ficar embebedado assistindo uma semifinal de champions league ou coisa parecida, e ainda querendo se passar por entendido... na contramão disso, um torcedor de um time tradicional q esteja na série B ou C não consegue informações do seu time, pq tá passando o VT de Man City x Wigan ou Sevilla x Español...

esse pessoal da Arsenal Brasil tem uma turminha, que gosta de brincar de torcer, juro por Deus, nao desejo mal a nenhuma dessas pessoas, ja li coisas lá que dei muita risada, mas nao quis cortar o barato de ninguém, o que acontece é que ta chegando o dia que vc vai ser apresentado a um colega e ele dirá "ah vc torce pro Corinthians seu bosta... meu time tem Iniesta, Xavi, Messi"... isso é EXTREMAMENTE DOENTIO...

Arsenal... lembro de Seaman, Adams, Petit, Parlour, Vieira, Bergkamp, Henry, Kanu... essa boa equipe de futebol tomou um cacete da Fiorentina de Toldo, Padalino, Rui Costa e Batigol em Wembley, partida legal de futebol pra mim que vi aqui do Brasil, imagina pros torcedores de verdade da Fiorentina, do Arsenal...

Esse pessoal que diz que torce pro Chelsea, Barça, Man Utd, puta que o pariu, pra mim é IGUALZINHO o cara que mora no Acre e torce pro Flamengo, talvez esse último seja MENOS PIOR, já que muitos dessa Arsenal Brasil moram em cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Campinas, Curitiba, cidades MUITO BEM SERVIDAS no futebol, com mais de uma opção de clubes tradicionais!!!

como foi bem dito aí por um dos comentaristas... arsenal ganha do tottenham por exemplo, e ae? onde é a zoeira? no orkut? nos forums do tottenham? mas pra que humilhar esses caras? deixa eles brincarem de torcida, fingirem que gostam, mesmo sem ter o time como herança de familia, mesmo sem nunca ter ido apoiar os jogadores no treino antes de um classico, mesmo sem desconhecer 90% da história do clube... não fazem mal a ninguém, no fundo eu torço pra que eles descubram o que é o futebol de verdade...

Anônimo disse...

Barneschi,

Imagine o seguinte: o Palmeiras conquista a Libertadores e o Arsenal ganha a Champions League. Daí as duas equipe se enfrentam em Tókio.

Como isso seria interessante hehe dar umas boas porradas na cara desses nerds safados pra mostrar pra eles o que é torcida de verdade. hahahahaha aaah como eu adoraria pisar na cabeça desse moleques!


Biaggi

Anônimo disse...

Você foi muito infeliz neste post...
Sem mais.

gregorio disse...

meu comentário nao saiu , censura?

Rodrigo Barneschi disse...

Gregorio,
Você comentou no outro post. Confere aqui: http://forzapalestra.blogspot.com/2011/01/geracao-winning-eleven.html

gregorio disse...

ta certo foi mal! desculpa pela injustiça

Legal seu texto concordo em grande parte com sua critica a geração winning level.

e nicky hornby é uma baita leitura

tenho inveja dos torcedores recifenses do santa

Bury disse...

Hehehehe, como essas crianças fãs de Cristiano Ronaldo são patéticas... Vomitar esse discurso pronto de "o futebol se modernizou" só denota lavagem cerebral. E, se a boneca é "estudante de jornalismo", meu caro, fica explícito que o padrão Globo-mongolóide-mauricinho de fazer jornalismo esportivo já começa a dar crias. Que mundo doente, esse dos publicitários-de-si-mesmos da contemporaneidade!!!

Guerra conta o modernismo, a acefalia e a prostituição corporativa: NÃO PODEMOS PARAR!!!

Pedro Paulo disse...

Qual seu sentimento em relação a um torcedor do Corinthians, São Paulo ou Santos dentro do estádio? E fora dele?

Perdoe não ter tido tempo de pesquisar em posts anteriores sua posição.

Anônimo disse...

Amigão, pare de criticar os demais, escreva aquilo que você achar correto, mas deixe os demais em paz. Sempre tem alguém para criticar nem que seja um pelo em mosca, pra falar que está errado...procurando erros e erros. Você não tem o direito de criticar ninguém meu chapa, paz e menos, por favor...
Se você se incomoda tanto em que esses caras da Arsenal Brasil não vão ao estádio é porque não podem ir lá, faça o seguinte, pague a passagem para Londres e o ingresso para o Emirates Stadium para eles para que você veja como eles vão para lá imediatamente.
Não tem nada pior do que alguém achar que você não tem sentimentos por algo ou alguém...é como você disser que alguém não gosta de sua namorada só porque esta mora em outra cidade ou outro país, isso é o fim da picada meu chapa.
Concordo com você na parte de argumentar que não se sente mais emoção em casa do que indo ao estádio, totalmente, mas de resto, você pegou pesado e exagerou, muito cuidado.
Abra a cabeça companheiro...enquanto ainda há tempo.

Rodrigo Barneschi disse...

Anônimo,
Não tenho que pagar a passagem de ninguém. Eles que se fodam. Mas não venham se proclamar torcedores se não são isso.
E "abrir a cabeça" não está em jogo aqui; é uma tentativa um tanto deslumbrada de argumentar.

Luciana disse...

Sei que esse post já é meio antigo... cheguei a ele por acaso (à série anti-WE inteira, aliás), mas não pude deixar de comentar.

Por um lado, não consigo discordar de você quanto aos torcedores-modinha. Gente que recorre a um time X só porque queria ter um time pra torcer, e acaba se rendendo à propaganda dessa mídia "esportiva" corrompida que temos, que insiste em empurrar goela abaixo um futebol completamente distante da nossa realidade.

Por outro lado, senti-me triste ao ser considerada "menos que uma torcedora" do Palmeiras. Afinal, não sou paulistana (apesar de ter sangue italiano), torço pelo Palmeiras desde pequenina (antes mesmo de saber o que era impedimento). Chorei com as derrotas e com as vitórias, me desesperei com o infame rebaixamento e vibrei de felicidade quando o Palmeiras conseguiu retornar à série A. Xinguei, sorri, sofri, torci, gritei. Emocionei-me com a entrevista de São Marcos quando de sua aposentadoria. Meu coração RESPONDE ao Palmeiras.

Mas você diz, pelo que entendi, que sou apenas uma simpatizante do Palmeiras, já que só tive a oportunidade de vê-lo jogar ao vivo uma vez na minha vida.

Talvez você (provavelmente paulistano) não tenha entendido a minha emoção ao segurar nas minhas mãos o meu ingresso para a primeira (e até o momento única) partida do Palmeiras. Emoção que já tinha iniciado até antes, quando a CBF tinha liberado a tabela dos jogos da Copa do Brasil e eu vi que o Palmeiras poderia finalmente fazer uma partida ao meu alcance - como de fato veio a fazer. 16 de março de 2011. Não, não precisei "googlar" a data, porque nunca vou me esquecer dela. Do dia chuvoso. Do campo encharcado, os jogadores enlameados com aquela camisa berrante verde-limão (que não é a minha favorita, mas paciência).

Nunca vou me esquecer dos arrepios de estar em meio à massa palmeirense, cantando o hino, gritos de guerra, minha voz já combalida antes mesmo do jogo começar. Uma dor que carrego é nunca ter visto São Marcos jogar (espero de coração conseguir ver o jogo de despedida, mas será difícil), mas ver Deola, Valdivia, Assunção... foi mágico. Ver Felipão! Quando voltei para casa passei quase uma hora sem conseguir dormir, elétrica, emocionada.

E vou dizer com toda sinceridade: não, eu não me considero "menos torcedora" por só ter "girado a catraca" uma vez na vida até agora. Não é fácil pra todo mundo pegar um ônibus ou um metrô e "Pronto, vou ver o Palmeiras".

Luciana disse...

(Continuando porque meu desabafo foi longo demais e o site cortou)

Se você pretende elitizar (ou apenas considerar) a torcida que mora em SP ou que tem disponibilidade financeira/profissional para acompanhar o Palmeiras na maioria dos jogos... se quer restringir a nação alviverde apenas às dezenas de milhares de pessoas que vão aos estádios, a opinião é sua, mas lamento, meu coração e minha razão discordam. Porque, como disseram em um dos comentários aí, eu sei dos meus sentimentos e sei de mim, e não me sinto inferior por não ter tantas oportunidades de acompanhar o MEU TIME DO CORAÇÃO como alguns têm.

Então eu devo torcer por algum time da minha cidade? Quem diz isso não pode afirmar que sabe o que é ser torcedor. Porque torcer pelo time da sua cidade só porque "é aquele que posso ver jogar sempre" é ser torcedor por conveniência, e sinto muito, eu não me identifico com ele.

Torcedor, pra mim, é aquele que sofre e vibra por ele. Que se indigna com as merdas que fazem com ele e com o bashing de algumas mídias "esportivas". Que sonha em vê-lo jogar MESMO QUE NÃO TENHA OPORTUNIDADE PRA ISSO. Porque sim, eu adoraria poder aparecer no estádio às quartas, quintas, sábados e domingos. Mas não dá. Há que se respeitar isso.

Mas ainda tenho tempo para que aquela partida não seja a única. Tenho 22 anos e estou conseguindo minha independência financeira com muita dificuldade devido aos problemas familiares que enfrento há anos. Mas tenho certeza de que irei a outros jogos do Palmeiras no futuro, se os deuses do futebol permitirem. Mas minha família vem em primeiro lugar, e o pouco que ganho (por enquanto) será para reestruturá-la. Mas sonho, sim, com o dia em que poderei programar viagens e excursões para ver meu time jogar na Arena Palestra.

Enquanto isso não acontece, preciso me contentar (não, eu não fico satisfeita, mas é a necessidade) com rádio, TV e internet. Mas isso JAMAIS fará com que eu me sinta menos torcedora. "Ah, só serei considerada uma torcedora palmeirense quando ir ao jogo do Palmeiras pela quinquagésima vez, então por enquanto sou só uma simpatizante do Palmeiras". NÃO!!!

Enfim, a opinião é sua, mas eu precisava dar esse relato porque generalizar e colocar outras pessoas no mesmo bolo desses "torcedores" do Arsenal, na minha opinião, foi lamentável e ofensivo. De resto, concordo com a maioria do que você diz sobre essa modinha de "internacionalização".

Obrigada.