30 abril 2006

Fuga da realidade

Escapar de uma realidade cruel. É o que precisamos fazer, amigos palmeirenses, pelo menos até a noite da próxima quarta-feira. Pois a verdade bem diante de nossos olhos é implacável e amedrontadora.

A solução é simples: esqueçamos, em nome de algo maior, tudo de ruim que vem acontecendo. Pelo menos até o próximo dia 3.

Os cinco jogos seguidos sem vencer no Palestra (vou pesquisar, mas ouso dizer que acabamos de presenciar um novo e indigesto recorde negativo). Os 11 gols sofridos em 3 jogos. A lanterna isolada. A falta de padrão tático. A mediocridade que assola o nosso glorioso Palmeiras. Os erros grosseiros de quem parecia ser exceção.

Esquecer é a única saída. Se a realidade que bate à nossa porta (ou que já invadiu tudo?) é assim tão dolorosa, nada melhor que enterrá-la. E confiar na camisa. Na história. Na tradição. Em uma noite inspirada de quem tem pouco a oferecer.

E o melhor de tudo: em nós mesmos. Sim, pois temos muito a oferecer. Podemos fazer a diferença. E vamos lutar! Até o fim!

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Quanta hipocrisia!

Promotor enchendo o saco. Venda de ingressos só na Matarazzo. Grades de isolamento interditando uma das faixas da Turiassu. GOE, Polícia Civil, o escambau. Segurança total para um clássico esvaziado (e, vejam que milagre!, às 16h).

Uma parafernália sem propósito. Tudo para não creditar a quem de direito a culpa pela confusão da última quarta. Tudo para não fazer uma pergunta que eu faço agora:

Quem é que resolveu marcar um clássico decisivo para as 19h15 de um dia da semana?

27 abril 2006

À BATALHA, GUERREIROS!

Saímos na frente. Não pelo resultado do primeiro jogo, mas pela demonstração de força e dignidade. Crescemos para a batalha final.

Estaremos em minoria absoluta. Sem armas. Longe de casa. Em território hostil. Contra tudo e contra todos.

Mas temos de sobra aquilo que decide uma guerra: ALMA!

E é lá, com muita luta, que vamos buscar a vitória!

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Aos palmeirenses que fizeram a sua parte:
Obrigado! Temos todos mérito pelo que aconteceu ontem. Fomos, acreditamos, cantamos durante 90 minutos (e bem depois também), empurramos o time, sufocamos o adversário.

Aos que abandoram o time no momento em que ele mais precisava:
Não apareçam nunca mais!

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Invasão? Eram aqueles dois mil que lá estavam? Aqueles que permaneceram apáticos enquanto, em lenta e eufórica caminhada, deixávamos a nossa casa? Era aquilo mesmo?

Já são 64 anos de tentativas frustradas!

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De novo, para mais alguns minutos de silêncio:

Alegria...
Dá-lhe alegria, alegria no coração
Daria a minha vida inteira pra ser campeão
A Taça Libertadores é obsessão
Tem que jogar com a alma e o coração

Olê, Olê...
Oleeeeeee, olê, olê
Eu canto
Sou Palmeiras até morrer!!!


***

Uma vitória domingo seria importante para chegarmos ainda mais fortes à sufocante batalha da próxima quarta. Vai ser um sofrimento tão grande quanto aquele do ano passado. Ingressos já à venda, mas apenas para cadeira (R$ 40/ R$ 20) e geral (R$ 20/ R$ 10) amarelas. Os pontos-de-venda são aqueles da Ingresso Fácil.

Para domingo, contra o Santos, a venda deve começar amanhã nos cinco pontos habituais. Os preços são os mesmos.

25 abril 2006

LUTAR! ATÉ O FIM!

Os jogadores que aí estão certamente não merecem o nosso apoio. Nem o ex-treinador (já foi tarde!). Tampouco a incompetente diretoria. Nenhum deles. Mas a camisa merece. O estádio Palestra Itália mais ainda. Bem como os quase 92 anos de uma história gloriosa e ilibada. O Palmeiras, o grande Palmeiras, é merecedor de todo o nosso apoio. De toda a dedicação de que é capaz um ser humano.

Não é hora de esmorecer.
O momento é de união. De fé.

A fé que tiramos sabe-se lá de onde. Que vem repleta de irracionalidade, mas essencialmente de amor. Do mais puro amor. Do sentimento mais belo que pode existir por um clube, por um símbolo, por um ideal. A fé que nos leva a acreditar no inacreditável. Que nos leva a considerar possível o que não é. Que nos leva a sonhar com o irreal.


Nunca estivemos tão fragilizados, com o orgulho tão arranhado. Mas é nos piores momentos que faz diferença a tal união. E é ela que nos dá o poder de ser.

Sim, podemos morrer.
E é o mais provável.
Mas morreremos juntos.
Lutando.
Com dignidade.

Morreremos no campo de batalha.
Contra o pior inimigo.
De pé.
Amando.
E odiando.

Mas podemos também renascer...

O futebol nos permite sonhar.
Mais do que ele, o Palmeiras.

O Campeão do Século.
O maior entre os maiores.
O grande Palestra Itália.

Aquele que nunca fugiu à luta!
E que nunca o fará!

Será – se for – o renascimento mais belo de que se tem notícia. E não o será pelos homens que aí estão, mas pelas 11 camisas verdes. Camisas que, Nelson Rodrigues sempre teve razão, podem um dia jogar sozinhas.

E este improvável renascimento seria tão belo quanto a história que emoldura nossas poucas, mas sinceras, esperanças.

Difícil acreditar, mas faremos a parte que nos cabe.

Perservar!
Lutar!
Não desistir!
Resistir!

Porque nós somos Palmeiras!

E enquanto houver Palmeiras, haverá esperança!

***

Palmeirense,

Não vou fazer apelo algum pela sua presença. Vai da consciência de cada um. Do comprometimento. Do amor à camisa. Da vergonha na cara. Da dignidade que não se abala por nada.

Dizer que é obrigação? Não, já cansei.
Faço apenas um pedido – e ele contradiz tudo o que sempre preguei:

Deixe o ódio em casa. Esqueçamos, pois, que estaremos diante do nosso maior inimigo. Esqueçamos, ao menos por uma noite. Mais importante que tudo é o Palmeiras.

Leve, portanto, todo o seu amor pelo Alviverde Imponente.
E só isso! É o que basta!

Casa nova, agora sim

Pois é, senti-me na obrigação de antecipar a estréia deste espaço. Logo acima, o post que está também no Blig. Assim será até o final de maio.

Bem-vindos a um espaço sem comentários censurados!

22 abril 2006

Casa nova

É este o meu novo espaço na internet. 39 meses depois, deixo de postar no Blig. Lamento pelos milhões de caracteres que lá ficarão, mas a mudança é mais que necessária. Motivos técnicos e operacionais. A estréia virá no momento apropriado. Ao Palmeiras, razão da existência de tudo isso, cabe decidir quando.