26 setembro 2006

Sobrevida

Qualquer decisão que não a sumária demissão de Salvador Hugo Palaia constitui uma vergonha inominável para a Sociedade Esportiva Palmeiras. Mais do que isso: prova que a diretoria atual é incompetente como a anterior, de tão péssimas lembranças.

Com nada resolvido até agora, não duvido que o cidadão continue no cargo, aprontando mais e mais. Afinal, se deu certo uma vez, por que não vendermos o nosso mando de campo novamente? Por que não Campo Grande? Ou alguma cidade qualquer do norte do Paraná?

Nada mais justo que prestigiar os palmeirenses do interior, certo? Mesmo se eles não forem apoiar o time na única chance em anos.

AQUI É PALMEIRAS!

25 setembro 2006

AQUI É PALMEIRAS, PORRA!

Como se não bastassem os inimigos de fora, o Palmeiras coleciona os seus próprios. Um, mais do que todos. Justo aquele que não merecia a brilhante vitória de ontem à tarde. Exatamente aquele que tanto fez contra seu próprio clube. Que levou para longe de nossa casa a batalha contra nosso inimigo. E que - de maneira estúpida - nos tirou o comandante na véspera do confronto.

Mas ele é por demais insignificante. Tanto quanto outras figuras desprezíveis que habitam o futebol brasileiro.

Contra tudo e contra todos, o Palmeiras é mais forte!

***

Questão de caráter

Não pude comentar no sábado ou ontem, mas o faço agora.

Tite saiu fortalecido de toda essa palhaçada. Nosso ex-treinador mostrou honra e caráter. Fez a única coisa que poder-se-ia esperar de um profissional com vergonha na cara. Saiu de cabeça erguida, pela porta da frente. Enfrentou a multidão. E foi injustamente atacado. Confesso aqui minha discordância em relação a alguns amigos. Os protestos deveriam ser endereçados ao culpado, nunca à vítima.

22 setembro 2006

DE VERDE, PORRA!

Se o Palmeiras enfrentar o seu maior inimigo com este uniforme ridículo, alguém terá de pagar por tal heresia.

Aproveito para fazer uma pesquisa:

Na votação da adidas, havia três modelos, dois que faziam justiça às nossas tradições e um que nada tinha a ver com nossa história. Quem diabos votou na excrescência que aí está? Ou, como já foi comentado nas alamedas do Palestra, não houve votação? Fomos todos enganados?

Algum dos visitantes deste blog votou na versão prateada?

20 setembro 2006

20/09/1942, do Palestra ao Palmeiras



Pode haver algo mais glorioso do que nascer campeão?

Não por acaso, assim nasceu o Campeão do Século XX.

A oficial pode até ser 14 de setembro, mas é inegável que o 20 de setembro de 1942 é a data que representa mais do que nenhuma outra o nascimento da Sociedade Esportiva Palmeiras.

20 de setembro. 1942-2006. 64 anos.

Pacaembu.

O Palestra, perseguido, é mais forte.

E vem a campo, das trincheiras, para ser campeão.

Bandeira do Brasil à frente. Surge o Palmeiras.

Para lutar contra o maior inimigo.

Aquele que tentou roubar a nossa casa. Que tomou a do Germânia e ainda lucrou ao vender o terreno para a Portuguesa.

O embate que se seguiu foi emblemático.

3 a 1. E pênalti para o alviverde imponente.

Eis então que eles fugiram.

FUGIRAM!

Envergonhados, talvez por fracassarem na tentativa vil de acabar com um adversário tradicional e inabalável. Mais ainda: por presenciarem o seu (re)nascimento glorioso no campo de batalha.

Mais forte do que antes.

Para ser o Campeão do Século!

Obrigado, Palestra!

Obrigado, Palmeiras!

19 setembro 2006

Pelo menos uma dentro

Todos aqui sabem o quanto eu sou crítico à atuação da Rede Globo. Mas eis que, ao menos uma vez na vida, sou obrigado a falar bem da dita cuja. Mais até: deixo registrado aqui um breve, mas sincero, agradecimento.

Vejam vocês que coube à Globo Esportes, braço esportivo da emissora, o pontapé inicial no processo de moralização do Campeonato Paulista. Refiro-me aqui ao fato de a edição 2007 do Paulistão retomar a tradicional e inestimável fase decisiva, com quatro clubes se classificando para a disputa de semifinais e final.

Serão 23 datas, sendo 19 para a fase de classificação, todos contra todos em turno único, e mais quatro para o que realmente interessa.

O Paulistão está livre dos pontos corridos.

Só falta agora o Brasileiro.

13 setembro 2006

Incompetência, má vontade ou o quê?

"O Palmeiras queria o Palestra, mas houve demora da PM para dar o ofício pedido pela CBF. Não vimos motivos para o jogo ser no Pacaembu e, por isso, resolvemos mandar para Presidente Prudente”.

Ilton José da Costa, sobre a polêmica envolvendo o clássico contra o SPFC em Presidente Prudente. Muita coisa a discutir:

1. Demora da PM para dar o ofício? Como isso? A mudança de local aconteceu há mais de um mês. Não haveria tempo hábil para o tal ofício? Por que a pressa em transferir o clássico?

2. Repito o que já disse inúmeras vezes: o Palestra Itália é o estádio mais seguro de São Paulo. Mais que o Pacaembu e muito mais que o Morumbi. Pois é o único que garante à torcida visitante um acesso isolado. Vejamos: Palmeiras e SPFC, cujas torcidas adoram se matar, fizeram jogos decisivos da Copa Libertadores no Parque Antártica em 2005 e em 2006. Antes disso, no Brasileiro de 1996 e na Copa do Brasil de 2000. E nunca aconteceu nada! Nada! O mesmo vale para os santistas, figuras mais presentes à nossa casa, e para tantos outros visitantes. Ao contrário de outras praças esportivas, o nosso estádio jamais registrou incidentes graves. Por que a necessidade de ofício? Por que a perseguição da PM?

3. Como podem abrir a boca para falar do Parque Antártica as mesmas pessoas que permitem clássicos na Vila Belmiro?

4. À Polícia Militar do Estado de São Paulo devem ser creditadas as eventuais mortes e/ou incidentes nos 1.130 km do trecho SP-Prudente-SP. Abriram mão de um estádio seguro para largar em campo minado duas torcidas que se odeiam historicamente? Pois que paguem o preço de uma eventual tragédia.

5. "Não vimos motivos para o jogo ser no Pacaembu?" Como não? Fique sabendo que o Palmeiras costuma mandar o clássico contra o SPFC pelo Brasileiro no Paulo Machado de Carvalho. Exemplos: 2 a 1 em 2005; 2 a 1 em 2004; 1 a 1 em 2002; 1 a 1 em 2000; 2 a 1 em 1998 etc. Por que agora não interessa?

6. De novo: por que Prudente? Por que no MS? Por que não em cidades menos distantes, como Ribeirão Preto ou mesmo SJRP?


***

Prudente: como chegar lá

Como tenho muita coisa a perder e levando em conta que pretendo realmente assistir ao jogo (sem os contratempos que nos impediram de pegar a estrada em 2001), pergunto:

Conseguimos juntar 15 pessoas para alugar uma van?

Custo: aproximadamente R$ 85 por pessoa.

Busão de linha: aproximadamente R$ 150 (ida e volta).

Os recibos deverão ser encaminhadas aos srs. Afonso Della Monica, Ilton José da Costa, Salvador Hugo Palaia, à Polícia Militar e ao prefeito de Presidente Prudente.

10 setembro 2006

A recaída do Animal

1993. Paulistão. Domingo à tarde, Pacaembu.

Em tarde de gala, Edmundo, Evair, Edílson e Zinho massacram a pobre Portuguesa. 4 a 0, um gol de cada. Festa? Sim, mas não só. Nos vestiários, depois do jogo, Edmundo e Evair se desentendem. Ao quase saírem na porrada, racham o elenco que libertaria a nação alviverde menos de quatro meses depois.

Pulamos para 2006. Campeonato Brasileiro.

“Não fiz o segundo gol porque a inveja não permitiu”.

Assim, com uma frase das mais enigmáticas, Edmundo deixou o gramado após contribuir para o contundente 3 a 1 que o Palmeiras aplicou no São Caetano.

Atitude desnecessária, que não combinou em nada com mais uma bela atuação daquele que está a três gols de se tornar o terceiro maior artilheiro da história dos Campeonatos Brasileiros.

Mais do que isso, de um Edmundo 13 anos mais maduro.

A declaração surpreende.

E não tem lógica.

Pois se foi – e sempre é – claro o descontentamento de Edmundo com alguns erros de seus companheiros, é inconcebível atribuí-los à inveja ou a qualquer outro sentimento negativo.

Chega a ser infantil.

E pode conturbar o ambiente positivo que o próprio Edmundo, em fase zen, ajudou a criar.

Mas, afinal, quem seria o tal ‘invejoso’?

Citaram o Juninho, talvez porque o próprio camisa 10 tenha deixado o campo reclamando sabe-se lá do quê.

Não acredito.

No sábado mesmo, com a privilegiada visão que temos a partir da grade, deu para perceber duas ou três reclamações do Animal após erros de passe do Marcinho.

Já no segundo tempo, vi uma discussão áspera entre eles depois de uma conclusão (mais uma!) equivocada do nosso amigo da chuteira fluorescente.

Considerando que os dois já têm um histórico anterior de desentendimento e que é ótimo o relacionamento entre Edmundo e Juninho, o tal invejoso só pode ser o Marcinho.

Além de incabível, é injusto.

Menos, Edmundo, menos.


Que seja apenas uma recaída.

05 setembro 2006

E essa agora?

Saiu no Painel FC de hoje:

Marcados. Para as torcidas organizadas voltarem a levar faixas aos estádios, seus membros terão de fazer cartões magnéticos, segundo a FPF. Eles só comprarão ingressos e passarão pelas catracas com essa identificação. A proibição do material das uniformizadas foi prorrogada por mais 30 dias para a federação preparar as medidas.

***

PM,

Não vou nem questionar a perseguição contra as torcidas organizadas. É outra a pergunta que tenho: por que não podemos enfrentar o SPFC no Palestra ou no Pacaembu se o Santos pode mandar clássicos na Vila? O que explica isso?

04 setembro 2006

Lance capital

O script do primeiro tempo seguiu aquilo a que já estamos acostumados. O Palmeiras jogou bem, equilibrou o jogo e perdeu boas chances. O Santos, com a sorte que o acompanha em clássicos na Vila, encontrou dois gols de zagueiro. 2 a 1.

Aí vem um cara de branco e empurra o Daniel dentro da área. Pênalti. Escandaloso. Acintoso. Grosseiro. O Gaciba viu, estou certo disso. Bem à nossa frente, no gol de fundo e com a visão livre. Braços estendidos e o empurrão ostensivo. O nosso zagueiro foi ao chão. Se nós vimos lá do alto, o que dizer do juiz? Logo ele, que estava tão perto da jogada...

Bom, ele não apitou. E teve a complacência do bandeirinha. O jogo teve sua história modificada naquele lance.

Pois aí bastou um passe errado para tudo desmoronar. 3 a 1 é bem diferente de 3 a 2. O time perdeu o controle. Foi 5 e poderia ter sido mais. Mas o pênalti do primeiro tempo poderia ter produzido outros rumos para a partida. Talvez um 3 a 2. Ou um empate, quem sabe?

O problema não é perder para o Santos na Vila.

Nem mesmo se for para um time feio como este.

O que pesa é a goleada.

E ela só existiu por culpa do árbitro.

***

A Vila, de novo

*Toda vez que vou à Vila, renovo a pergunta: como podem permitir que o Santos mande clássicos estaduais naquele lugar? E como podem abrir a boca para contestar o que quer que seja no Palestra Itália? Na condição de visitante, eu gostaria sempre de aproveitar condições como as que são oferecidas pelo nosso estádio. Acesso exclusivo, facilidade para comprar ingressos, opções para se alimentar, boa visão do campo, segurança reforçada. Um conforto só...

*Marcelo Teixeira é um bom presidente para o Santos. E uma de suas boas idéias é o camarote - que eu vi ontem pela primeira vez - à beira do campo. Mas bem que ele poderia se preocupar com algo mais do que apenas garantir a mordomia de poucos. Que tal proporcionar condições dignas à torcida visitante? Que tal vender ingressos de maneira decente e oferecer um espaço menos pior às torcidas dos outros grandes paulistas? Até quando vamos ser tratados como gado?

*A Vila é provavelmente o único estádio do mundo em que o torcedor que fica atrás do gol de fundo enxerga melhor a meta que está do outro lado do que a que fica logo abaixo de seus olhos. Uma proeza da engenharia...