06 dezembro 2012

Pela honra

Se este blog está sendo pouco atualizado de dois meses para cá - e está, eu sei! -, isso nada tem a ver com o rebaixamento. Se estivesse o Palmeiras brigando pelo título ou em qualquer outra colocação, o ritmo seria mais ou menos esse, porque há motivos de ordem pessoal que me levaram a isso. Pois bem, se não poderia deixar de ir ao estádio (encerrei o ano mais uma vez com 100% de comparecimento nos jogos em casa e com 15 viagens pelo Brasil), o jeito foi abrir mão do blog por esse pequeno período de tempo. As coisas voltam ao normal em 2013, mas hoje o meu grande amigo (e padrinho) Felipe Giocondo, nobre cidadão que deveria manter o blog que criou há alguns anos, disparou um texto mais do que necessário no Facebook. Como estamos em guerra constante com a corja que procura se apoderar do futebol, cabe a mim reproduzir o texto na íntegra:

A cada dia cria-se um afastamento ainda maior entre o futebol e seus torcedores incondicionais - que, frise-se, são aqueles que mantém e sustentam a paixão por gerações. 

De um lado, nossos dirigentes. De clubes, federações, seja o que for, apoiados em ideias retrógradas e interesseiras, colocando seus interesses pessoais e seus preconceitos acima de qualquer tentativa de termos algo minimamente digno ao torcedor. 

Caminhando de mãos dadas, boa parte da imprensa esportiva. Higienista, capitaneada por personagens quase folclóricos como Kfouris, Trajanos e Prados. A estes cabe a tarefa de repudiar, criticar, exigir e em momentos de êxtase tomar sua opinião (que de tão relevantes só podem ser obra do intestino) como se fosse a do tal povo, esse brasileiro sofrido que eles sequer conhecem. 

Feita a introdução, vejam abaixo como se comporta um dirigente esportivo quando confrontado com uma situação delicada, que necessitava de uma ação inteligente e consequente, jamais um desabafo preconceituoso e generalista. 

E aguardem as cenas dos próximos capítulos, que serão vomitadas como se fossem um clamor público por indivíduos como os que citei acima. 

Vale apenas a lembrança de que, sem este torcedor que aguenta tudo (leia-se dirigentes e times vexatórios), não há futebol, pois a massa consumidora a quem se quer vender o espetáculo não troca o conforto da sua imagem HD pelos jogos horripilantes às 22:00 em um dia de semana, fruto justamente da emissora que sonha em acabar com o público nos estádios.

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O diretor do departamento técnico do Futsal para menores da FPFS (Federação Paulista de Futsal), João Francisco Augusto, em contato com a reportagem, não confirmou a provocação do corintiano, e repudiou a atitude da torcida do Palmeiras. 

“Sinceramente, se o rapaz fizesse alguma provocação ele morreria, tal era a ira da torcida do Palmeiras no ginásio. Aliás, torcida organizada em jogo de futsal sou contra. Para mim são todos bandidos”, esbravejou o dirigente. 

http://esporte.uol.com.br/futsal/ultimas-noticias/2012/12/06/torcida-do-palmeiras-acusa-provocacao-e-tenta-agredir-jogador-de-futsal-do-corinthians.htm

por Felipe Giocondo