Entre 1997 e 2000, os palmeirenses vivemos grandes momentos. Vitórias, muitas, e derrotas, algumas, sempre com emoção. Eram tempos de Felipão, o homem que nos ensinou a torcer. Sob seu comando, o Palmeiras pode até não ter vencido tudo o que deveria, mas nunca deixou de lutar até o fim.
Do Brasileiro de 97, o primeiro campeonato, à Libertadores de 2000, o último, foram nove finais, quatro títulos, outras tantas semifinais e um número ainda maior de quartas e oitavas.
Felipão tinha (e tem) o mérito de transformar em decisão mesmo aquelas partidas rotineiras, de fase classificatória. Bastava uma palavra de ordem e o clima de guerra estava armado. Mais do que torcer, Felipão nos ensinou a guerrear. Nem poderia ser diferente: foram 65 jogos por competições sul-americanas, um recorde difícil de ser batido.
Felipão mudou a maneira de o palmeirense ver o futebol.
Cada jogo era uma batalha.
Se houvesse uma classificação em disputa, aí tudo ficava mais intenso. Um clima todo especial cercava as decisões.
Filas intermináveis para comprar os ingressos - quem é que nunca dormiu nas calçadas da Turiassu ou mesmo na Papa Gennovese? -, tensão, expectativa, casa cheia, foguetório, pressão, clima de guerra, medo, emoção... tudo em doses intensas.
Quase sempre à noite. Quartas e quintas em especial (mas também segundas, terças e sextas). Noites mágicas.
Tomo a liberdade de denominá-las noites felipônicas. Luiz Felipe Scolari parecia (e parece) talhado para estes jogos noturnos, como se até os holofotes quisessem presenciar aquelas poucas horas de uma guerra que é também espetáculo.
Sua influência foi tão grande sobre a torcida (e sobre o clube, então com um câncer em evolução) que as noites felipônicas foram além de seu tempo. Marco Aurélio (2000-2001) e Celso Roth (2001) tiveram lá suas noites felipônicas - sem a mesma sorte. Se o primeiro foi vítima de absurdos da Copa Mercosul (outra final, sabe-se lá como) e da João Havelange, o segundo esbarrou em pilantras de preto lá (Buenos Aires) e cá (Palestra). Noites felipônicas, sem dúvida.
Depois, tivemos um ou outro momento, mas nenhum efetivamente digno de receber tal designação. Os jogos decisivos da Série B, os clássicos da Libertadores, algumas Copas do Brasil... nada que possa ser comparado ao que vivemos entre 1997 e, vá lá, 2001.
Pensei nisso tudo ao entrar no Palestra antes do fatídico jogo contra o Ipatinga. Enquanto andava pelo clube, em direção à arquibancada já quase lotada, olhei para o céu e comentei com o Luigi: "Cara, isso tá com uma cara de noite de Felipão..."
Quase foi. Faltou algo.
Ou sobrou, no caso o pilantra de preto...
Não há de ser nada.
Elas voltarão!
***
PESQUISA
Tive o privilégio de acompanhar todas as noites felipônicas. Scolari era tão predestinado que sempre conseguia decidir em casa (ou por perto). E eu pude presenciar mesmo as mais distantes, no Rio e em BH.
O que faço agora é apresentar aquelas que foram as 12 maiores noites felipônicas (na minha opinião e valendo até o final de 2001). Por que 12? Sei lá, porque não consigo parar na décima. Mas gostaria de saber quais são as 10 maiores noites felipônicas para cada um de vocês. E aí?
12. Palmeiras 3 x 0 San Lorenzo/ARG.
07.12.1999 - Copa Mercosul/1999, semifinal
Palestra Itália - 26.197
11. Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro/MG
29.12.1998 - Copa Mercosul/1998, final
Palestra Itália - 29.540
10. SPFC/SP 1 x 2 Palmeiras
30.11.2000 - Campeonato Brasileiro/2000, oitavas-de-final
Morumbi - 32.009
9. SCCP/SP 2 (2) x 0 (4) Palmeiras
12.05.1999 - Copa Libertadores/1999, quartas-de-final
Morumbi - 42.360
8. Palmeiras 3 (3) x 1 (2) Peñarol/URU.
11.05.2000 - Copa Libertadores/2000, oitavas-de-final
Palestra Itália - 30.857
7. Palmeiras 7 x 3 Cruzeiro/MG
22.10.1999 - Copa Mercosul/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 8.293
6. Palmeiras 3 x 0 River Plate/ARG.
26.05.1999 - Copa Libertadores/1999, semifinal
Palestra Itália - 32.000
5. Cruzeiro/MG 2 (3) x 2 (4) Palmeiras
30.05.2001 - Copa Libertadores/2001, quartas-de-final
Mineirão, Belo Horizonte/MG - 71.409
4. Vasco/RJ 2 x 4 Palmeiras
21.04.1999 - Copa Libertadores/1999, oitavas-de-final
São Januário, Rio de Janeiro/RJ
3. Palmeiras 2 (4) x 1 (3) Deportivo Cali/COL.
16.06.1999 - Copa Libertadores/1999, final
Palestra Itália - 32.000
2. Palmeiras 4 x 2 Flamengo/RJ
21.05.1999 - Copa do Brasil/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 30.000
1. Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Morumbi - 62.837
Do Brasileiro de 97, o primeiro campeonato, à Libertadores de 2000, o último, foram nove finais, quatro títulos, outras tantas semifinais e um número ainda maior de quartas e oitavas.
Felipão tinha (e tem) o mérito de transformar em decisão mesmo aquelas partidas rotineiras, de fase classificatória. Bastava uma palavra de ordem e o clima de guerra estava armado. Mais do que torcer, Felipão nos ensinou a guerrear. Nem poderia ser diferente: foram 65 jogos por competições sul-americanas, um recorde difícil de ser batido.
Felipão mudou a maneira de o palmeirense ver o futebol.
Cada jogo era uma batalha.
Se houvesse uma classificação em disputa, aí tudo ficava mais intenso. Um clima todo especial cercava as decisões.
Filas intermináveis para comprar os ingressos - quem é que nunca dormiu nas calçadas da Turiassu ou mesmo na Papa Gennovese? -, tensão, expectativa, casa cheia, foguetório, pressão, clima de guerra, medo, emoção... tudo em doses intensas.
Quase sempre à noite. Quartas e quintas em especial (mas também segundas, terças e sextas). Noites mágicas.
Tomo a liberdade de denominá-las noites felipônicas. Luiz Felipe Scolari parecia (e parece) talhado para estes jogos noturnos, como se até os holofotes quisessem presenciar aquelas poucas horas de uma guerra que é também espetáculo.
Sua influência foi tão grande sobre a torcida (e sobre o clube, então com um câncer em evolução) que as noites felipônicas foram além de seu tempo. Marco Aurélio (2000-2001) e Celso Roth (2001) tiveram lá suas noites felipônicas - sem a mesma sorte. Se o primeiro foi vítima de absurdos da Copa Mercosul (outra final, sabe-se lá como) e da João Havelange, o segundo esbarrou em pilantras de preto lá (Buenos Aires) e cá (Palestra). Noites felipônicas, sem dúvida.
Depois, tivemos um ou outro momento, mas nenhum efetivamente digno de receber tal designação. Os jogos decisivos da Série B, os clássicos da Libertadores, algumas Copas do Brasil... nada que possa ser comparado ao que vivemos entre 1997 e, vá lá, 2001.
Pensei nisso tudo ao entrar no Palestra antes do fatídico jogo contra o Ipatinga. Enquanto andava pelo clube, em direção à arquibancada já quase lotada, olhei para o céu e comentei com o Luigi: "Cara, isso tá com uma cara de noite de Felipão..."
Quase foi. Faltou algo.
Ou sobrou, no caso o pilantra de preto...
Não há de ser nada.
Elas voltarão!
***
PESQUISA
Tive o privilégio de acompanhar todas as noites felipônicas. Scolari era tão predestinado que sempre conseguia decidir em casa (ou por perto). E eu pude presenciar mesmo as mais distantes, no Rio e em BH.
O que faço agora é apresentar aquelas que foram as 12 maiores noites felipônicas (na minha opinião e valendo até o final de 2001). Por que 12? Sei lá, porque não consigo parar na décima. Mas gostaria de saber quais são as 10 maiores noites felipônicas para cada um de vocês. E aí?
12. Palmeiras 3 x 0 San Lorenzo/ARG.
07.12.1999 - Copa Mercosul/1999, semifinal
Palestra Itália - 26.197
11. Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro/MG
29.12.1998 - Copa Mercosul/1998, final
Palestra Itália - 29.540
10. SPFC/SP 1 x 2 Palmeiras
30.11.2000 - Campeonato Brasileiro/2000, oitavas-de-final
Morumbi - 32.009
9. SCCP/SP 2 (2) x 0 (4) Palmeiras
12.05.1999 - Copa Libertadores/1999, quartas-de-final
Morumbi - 42.360
8. Palmeiras 3 (3) x 1 (2) Peñarol/URU.
11.05.2000 - Copa Libertadores/2000, oitavas-de-final
Palestra Itália - 30.857
7. Palmeiras 7 x 3 Cruzeiro/MG
22.10.1999 - Copa Mercosul/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 8.293
6. Palmeiras 3 x 0 River Plate/ARG.
26.05.1999 - Copa Libertadores/1999, semifinal
Palestra Itália - 32.000
5. Cruzeiro/MG 2 (3) x 2 (4) Palmeiras
30.05.2001 - Copa Libertadores/2001, quartas-de-final
Mineirão, Belo Horizonte/MG - 71.409
4. Vasco/RJ 2 x 4 Palmeiras
21.04.1999 - Copa Libertadores/1999, oitavas-de-final
São Januário, Rio de Janeiro/RJ
3. Palmeiras 2 (4) x 1 (3) Deportivo Cali/COL.
16.06.1999 - Copa Libertadores/1999, final
Palestra Itália - 32.000
2. Palmeiras 4 x 2 Flamengo/RJ
21.05.1999 - Copa do Brasil/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 30.000
1. Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Morumbi - 62.837
16 comentários:
Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Jd. Leonor - 62.837
Melhor técnico, dos últimos tempos, no Palmeiras.
Em 2.000 levou um time apenas limitado, as fases finais. Felipão merece a gratidão eterna dos palmeirenses.
A vitória contra os gambás foi o nosso jogo mais emocionante que eu vi até hoje!!!!!!
Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Jd. Leonor - 62.837
ÃO ÃO ÃO, 1ª DIVISÃO...qro ve os bambis jogarem lá em RIO PRETO, 3 hrs da tarde, hahahahaha...CALDEIRÃO.
Sem dúvida o
Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Jd. Leonor - 62.837
foi o mais emocionante, logo depois me vem a imagem de BH com o Lopes tirando uma santinha naum sei da onde e todo mundo rezando junto !!!
Cruzeiro/MG 2 (3) x 2 (4) Palmeiras
30.05.2001 - Copa Libertadores/2001, quartas-de-final
Mineirão, Belo Horizonte/MG - 71.409
Queria lembrar tb dessa época as longas caminhadas entre PAlestra Italia e Vila Mariana que faziamos muitas vezes com alegria e algumas com tristeza, mais podia se ver a união daqueles que estavam ali.
Abraços
Zoinho,
A cena do Lopes é memorável. Confesso que, até pela visão que se tem da geral do Mineirão, pouco me lembro das cobranças de pênaltis. Mas é ainda muito nítida a imagem do Lopes se ajoelhando naquela geral imunda e tirando a santa sabe-se lá de que bolso. O cara nem viu as cobranças, mas eu me lembro que ele foi a primeira pessoa que eu abracei logo após a classificação. O cara chorava feito criança...
Bons tempos!
Vai pra tudo pro livro, não se preocupe!
Falando em livro...
Rodrigo,
Excelente lista.
Segue a minha:
1. Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Jd. Leonor - 62.837
2. Palmeiras 2 (4) x 1 (3) Deportivo Cali/COL.
16.06.1999 - Copa Libertadores/1999, final
Palestra Itália - 32.000
3. Palmeiras 4 x 2 Flamengo/RJ
21.05.1999 - Copa do Brasil/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 30.000
4. SCCP 2 (2) x 0 (4) Palmeiras
12.05.1999 - Copa Libertadores/1999, quartas-de-final
Jd. Leonor - 42.360
5. Vasco/RJ 2 x 4 Palmeiras
21.04.1999 - Copa Libertadores/1999, oitavas-de-final
São Januário, Rio de Janeiro/RJ
6. 5. Cruzeiro/MG 2 (3) x 2 (4) Palmeiras
30.05.2001 - Copa Libertadores/2001, quartas-de-final
Mineirão, Belo Horizonte/MG - 71.409
7. Palmeiras 3 x 0 River Plate/ARG.
26.05.1999 - Copa Libertadores/1999, semifinal
Palestra Itália - 32.000
8. Palmeiras 7 x 3 Cruzeiro/MG
22.10.1999 - Copa Mercosul/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 8.293
9.Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro/MG
29.12.1998 - Copa Mercosul/1998, final
Palestra Itália - 29.540
10. Palmeiras 3 (3) x 1 (2) Peñarol/URU.
11.05.2000 - Copa Libertadores/2000, oitavas-de-final
Palestra Itália - 30.857
JOGO EXTRA:
terminou após as 18:00 horas, mas em respeito a sua listagem, apenas citarei.
Palmeiras 2 x 0 Cruzeiro/MG
30.05.1998 - Copa do Brasil/1998, final
Jd. Leonor - 55.000
PALMEIRAS CAMPEÃO BRASILEIRO 2007 - Eu acredito!!!
10. Bambis/SP 1 x 2 Palmeiras
30.11.2000 - Campeonato Brasileiro/2000, oitavas-de-final
Jd. Leonor - 32.009
9. Palmeiras 7 x 3 Cruzeiro/MG
22.10.1999 - Copa Mercosul/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 8.293
8. Palmeiras 3 (3) x 1 (2) Peñarol/URU.
11.05.2000 - Copa Libertadores/2000, oitavas-de-final
Palestra Itália - 30.857
7. Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro/MG
29.12.1998 - Copa Mercosul/1998, final
Palestra Itália - 29.540
6. Cruzeiro/MG 2 (3) x 2 (4) Palmeiras
30.05.2001 - Copa Libertadores/2001, quartas-de-final
Mineirão, Belo Horizonte/MG - 71.409
5. Vasco/RJ 2 x 4 Palmeiras
21.04.1999 - Copa Libertadores/1999, oitavas-de-final
São Januário, Rio de Janeiro/RJ
4. Palmeiras 3 x 0 River Plate/ARG.
26.05.1999 - Copa Libertadores/1999, semifinal
Palestra Itália - 32.000
3. Palmeiras 2 (4) x 1 (3) Deportivo Cali/COL.
16.06.1999 - Copa Libertadores/1999, final
Palestra Itália - 32.000
2. Palmeiras 3 (5) x 2 (4) SCCP/SP
06.06.2000 - Copa Libertadores/2000, semifinal
Jd. Leonor - 62.837
1. Palmeiras 4 x 2 Flamengo/RJ
21.05.1999 - Copa do Brasil/1999, quartas-de-final
Palestra Itália - 30.000
Você tem planos de lançar seu livro quando Barneschi? Abraços.
Quanta bobagem...
Velho, preciso agilizar isso. Tem muita coisa a ser dita. Mas talvez lá pro final de 2008.
É Japa naum diga o que é bobagem se vc nunca teve a oportunidade de viver !!!
Alias vc teve a oportunidade de viver sim por duas vezes , e saiu chorando em ambas.
Felipão te faz chorar né
HAhHAHAhHAh
Palmeiras - Eternamente
Legal,mano.Vou estar lá na fila.
Noites Felipônicas. Escrevi hoje sobre as noites dantescas que vivemos há algum tempo. Como esse blog é povoado por corintianos e palmeirenses, clubes até certo ponto análogos, acho que quem ler o que está escrito lá poderá comentar com conhecimento de causa.
Acabando a propaganda agora, acho que mais do que a era de ouro da Parmalat, para vocês a era Felipão foi a época mais dourada dos últimos tempos.
Sobre as noites que envolvem meu time, fico com o japonês: quanta bobagem!
Abs
Falta isso à torcida do meu São PAulo. É uma droga ver o povo torcendo contra ao invés de incentivar o time.
Abraços,
Postar um comentário