Lançamento forte, bola perdida. Não para Edmundo, que corre e se atira para evitar a linha de fundo. De carrinho, deixa com Francis a missão de arrumar o escanteio. O gol vem no lance seguinte.
O novo alviverde imponente encontra tradução no malabarismo de Edmundo. Também na vibração de um Paulo Baier que se empolga com cada desarme. E em um Marcinho que faz valer o codinome Guerreiro a cada bola dividida.
Um Palestra de garra e de união. De uma molecada promissora, que só precisava ser lançada no momento adequado. Talvez agora.
O grupo mostrou força mais uma vez.
Uma noite especial.
Vitória incontestável, maiúscula.
Contra um adversário bem armado e perigoso.
Um Palmeiras que soube impor seu ritmo para abrir 2 a 0. E que reagiu ao roubo do pilantra disfarçado de juiz de futebol. Foi às redes mais duas vezes para garantir; mostrou quem era o grande em campo.
Nove pontos nos separam agora da Libertadores-2007.
Dá para sonhar.
Mas é válido, se o sonho não virar realidade até dezembro, o registro de cada bom momento do nosso ressurgimento.
O gol do Alceu, por exemplo.
Eis aí um daqueles lances para se orgulhar de ser torcedor de estádio; só quem está lá tem a dimensão do que significa acompanhar a viagem da bola do pé do jogador à rede. Uma sensação única. Indescritível.
Para mim, no entanto, mais bonito foi o segundo gol.
De gênio.
De um ídolo palestrino.
Que encerrará em casa uma carreira gloriosa.
A bola, que parte da linha de fundo, o procura.
Em progresssão, ele quase recua um passo. Arremate certeiro.
Nesse meio tempo, Edmundo, genial que é, descobre frações de segundo para dirigir o olhar em direção à arquibancada. É o bastante para mandar um “Chupa Luigi” antes de desferir o chute.
Golaço!
É um novo Palmeiras!
***
As malditas bolachas
Vale ainda tudo o que eu havia dito no ano passado: a promoção da Nestlé só é boa para os cambistas, que lucram até 500% na venda de cada ingresso. De resto, é ruim para os torcedores, para os clubes e para a própria multinacional suíça.
Já foram dois, mas ainda teremos mais três destes jogos:
10/09: Palmeiras x São Caetano/SP
15/10: Palmeiras x CAP/PR
12/11: Palmeiras x Botafogo/RJ
E mais: o Botafogo/RJ x Palmeiras do próximo dia 13 também é jogo Nescau. Espero que alguém reserve os nossos ingressos na bilheteria.
31 julho 2006
21 julho 2006
Pesos e medidas
O Santos já perdeu a conta de quantas punições sofreu devido à indisciplina de seus torcedores. Virou mania, de dois anos para cá, obrigar o time da Vila a disputar seus jogos com portões fechados.
O mesmo aconteceu com o SCCP, três vezes se não me engano. E com outros grandes clubes. O Palmeiras, inclusive. No Brasileirão-2005, jogamos contra o Atlético/PR diante de um Pacaembu vazio.
Por que fomos punidos?
Simples. Porque dois tipos resolveram invadir o campo - só para aparecer - durante um clássico contra o SCCP.
Dois, e não dezenas.
Dois que nada fizeram.
E fomos punidos.
Mas punição é algo que nem se cogita para invasões em massa.
Nem em Mogi nem no Morumbi.
Ah, se fosse o Santos...
Seriam 18 jogos com portões fechados.
Não em São Caetano ou Santo André....
... mas em Macapá, provavelmente.
O mesmo aconteceu com o SCCP, três vezes se não me engano. E com outros grandes clubes. O Palmeiras, inclusive. No Brasileirão-2005, jogamos contra o Atlético/PR diante de um Pacaembu vazio.
Por que fomos punidos?
Simples. Porque dois tipos resolveram invadir o campo - só para aparecer - durante um clássico contra o SCCP.
Dois, e não dezenas.
Dois que nada fizeram.
E fomos punidos.
Mas punição é algo que nem se cogita para invasões em massa.
Nem em Mogi nem no Morumbi.
Ah, se fosse o Santos...
Seriam 18 jogos com portões fechados.
Não em São Caetano ou Santo André....
... mas em Macapá, provavelmente.
16 julho 2006
Pra lavar a alma
1 a 0!
Não existe placar mais bonito no futebol.
Foi assim que lavamos a alma contra o SCCP.
Deu gosto, hoje como quarta, ver o Palmeiras jogar.
Obrigado, Copa do Mundo.
Temos agora um time guerreiro.
Que luta. E que vibra.
Falta brilhantismo, mas sobra raça.
Mais transpiração que inspiração.
É o que importa.
É só o que queremos.
É assim que gostamos de torcer!
VAMOS PALMEIRAS!
115
***
Maioria. De novo!
Maioria verde no clássico do Paulistão (18.989). E também no clássico do Brasileiro (15.048). Já são dois jogos seguidos. Ah, o nosso rival estava mal lá e cá? E nós não? Afinal, quem estava em pior situação antes do 1 a 0 desta tarde?
***
A culpa era do Palio?
Não sou um cara supersticioso. Mas acabei me deixando convencer pela teoria do Luiz, que exigiu que fôssemos ao Morumbi com o carro dele, e não com o meu. Alegação: se o Uno (2000-2003) foi o veículo de muitas alegrias nas idas e vindas daquele estádio maldito, o Palio (2003-?) só trouxe decepções.
Pois bem, o 1 a 0 de hoje à tarde seria suficiente para comprovar a teoria. Mas os números são ainda mais fortes. Entre 2003 e agora, o Palmeiras jogou 16 vezes no Morumbi. Foram 10 derrotas, cinco empates e apenas uma vitória (4 a 0 no SCCP em 2004).
Muitas lamentações. O retorno para casa foi quase sempre uma tortura. E bastou o Palio ficar longe para as coisas mudarem. Enfim, eu me rendo. Vamos sempre com o carro do Luiz. E eu nem me importo se tiver de agüentar as barbeiragens do nosso amigo ou os discursos do Maníaco. Tudo pelo Palmeiras!
Não existe placar mais bonito no futebol.
Foi assim que lavamos a alma contra o SCCP.
Deu gosto, hoje como quarta, ver o Palmeiras jogar.
Obrigado, Copa do Mundo.
Temos agora um time guerreiro.
Que luta. E que vibra.
Falta brilhantismo, mas sobra raça.
Mais transpiração que inspiração.
É o que importa.
É só o que queremos.
É assim que gostamos de torcer!
VAMOS PALMEIRAS!
115
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Maioria. De novo!
Maioria verde no clássico do Paulistão (18.989). E também no clássico do Brasileiro (15.048). Já são dois jogos seguidos. Ah, o nosso rival estava mal lá e cá? E nós não? Afinal, quem estava em pior situação antes do 1 a 0 desta tarde?
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A culpa era do Palio?
Não sou um cara supersticioso. Mas acabei me deixando convencer pela teoria do Luiz, que exigiu que fôssemos ao Morumbi com o carro dele, e não com o meu. Alegação: se o Uno (2000-2003) foi o veículo de muitas alegrias nas idas e vindas daquele estádio maldito, o Palio (2003-?) só trouxe decepções.
Pois bem, o 1 a 0 de hoje à tarde seria suficiente para comprovar a teoria. Mas os números são ainda mais fortes. Entre 2003 e agora, o Palmeiras jogou 16 vezes no Morumbi. Foram 10 derrotas, cinco empates e apenas uma vitória (4 a 0 no SCCP em 2004).
Muitas lamentações. O retorno para casa foi quase sempre uma tortura. E bastou o Palio ficar longe para as coisas mudarem. Enfim, eu me rendo. Vamos sempre com o carro do Luiz. E eu nem me importo se tiver de agüentar as barbeiragens do nosso amigo ou os discursos do Maníaco. Tudo pelo Palmeiras!
12 julho 2006
A boa e velha rotina
As coisas começam a voltar ao normal. O futebol deixa de ser desrespeitado por bárbaros aproveitadores e retorna integralmente àqueles que o amam (e o entendem). Os oportunistas não deixam de existir, é claro, mas têm agora menos força do que no insuportável mês da Copa.
Até 2010, quando reaparecerão os mesmos oportunistas de sempre.
Vamos ao que interessa: o Campeonato Brasileiro.
40 e poucos dias de saudade. Voltamos a campo amanhã à noite. Sem contratações de peso, mas com esperanças renovadas. Primeiro porque não é possível piorar. Mas especialmente porque sobrou tempo para treinar (e entrar em forma). E porque temos agora Marcos, Nen, Juninho e Marcinho. Além dos tímidos reforços para compor o elenco.
Dá para acreditar em uma trajetória menos acidentada.
VAMOS PALMEIRAS!
***
Amanhã, 19h30, no lugar de sempre.
Domingo, 14h30, no Morumbi.
Até 2010, quando reaparecerão os mesmos oportunistas de sempre.
Vamos ao que interessa: o Campeonato Brasileiro.
40 e poucos dias de saudade. Voltamos a campo amanhã à noite. Sem contratações de peso, mas com esperanças renovadas. Primeiro porque não é possível piorar. Mas especialmente porque sobrou tempo para treinar (e entrar em forma). E porque temos agora Marcos, Nen, Juninho e Marcinho. Além dos tímidos reforços para compor o elenco.
Dá para acreditar em uma trajetória menos acidentada.
VAMOS PALMEIRAS!
***
Amanhã, 19h30, no lugar de sempre.
Domingo, 14h30, no Morumbi.
09 julho 2006
CAMPIONI DEL MONDO!

Falou mais alto o sangue italiano.
Sangue quente.
De 23 jogadores que atuam em casa.
Que cantam o hino.
E que honram a camisa.
Falou mais alto o sangue dos italianos.
Não só dos jogadores, mas do povo, único que é.
A Copa do Mundo é de quem a merece.
24 anos depois.
Uma bela decisão de Copa.
Pois final não combina com jogo bonito.
É mais vontade do que técnica.
Mais transpiração do que inspiração.
Mais raça do que habilidade.
E assim veio o tetra.
Sem estrelas.
Mas com alma.
Com garra.
Com sangue.
Com paixão.
Com amor à camisa!
Isso é futebol!
AZZURRA!
1934 – 1938 – 1982 – 2006
***
AVANTI PALESTRA!
Que o tetra em gramados alemães sirva de exemplo para que o nosso amado Palestra consiga renascer agora, quando tudo volta ao normal. Pois Itália é sinônimo de Palmeiras. Impossível dissociar uma coisa da outra. E o Palmeiras volta à rotina um pouco mais campeão.
07 julho 2006
Mania de conspiração

Nada escrevi até agora sobre a Squadra Azzurra. Dois foram os motivos: falta de inspiração e respeito ao próximo adversário. Aguardemos, pois, a final de domingo.
Ficam a torcida e a constatação de que, com ou sem título, a vitória sobre a Alemanha é por demais grandiosa. Apoteótica. Daquelas que deveriam merecer uma sala especial em um museu do futebol. E só mesmo ele, o futebol, é capaz de algo tão grande.
A propósito: quem é parasita?
***
MANIA DE CONSPIRAÇÃO(é este o texto que dá título ao post. Deveria estar no alto, mas questões operacionais determinam a inversão)
Brasileiro adora uma teoria conspiratória. Tanto quanto não reconhecer as próprias deficiências e os méritos alheios. É aí que surgem absurdos que ferem os tímpanos (ou os olhos) das pessoas de bom senso. De certa forma, a atuação magistral de Zidane no último sábado deveria servir para o povo calar a boca. A França destruiu. Mereceu o resultado com sobras. E ponto.
Longe disso. O povo adora conspirar. E eis que, Zizou à parte, tem gente disposta a ressuscitar a pior de todas as teorias conspiratórias, a da final da Copa de 98. Teriam Zagallo e seus comandados sucumbido ao talento de Zidane? Ou foi tudo uma armação entre Nike, CBF e Fifa, com a conivência de algumas dezenas de pessoas, incluindo o Velho Lobo e alguns atletas honrados?
Só gente muito ignorante para propagar tal absurdo. São as mesmas pessoas que agora, frustradas com a derrota da 'imbatível' seleção de 2006, ousam estabelecer uma ligação entre a derrota no Stade de France e a provável Copa de 2014 no Brasil.
Por favor, não me peçam para reproduzir a história. Ela está rolando por aí, no mar de atrocidades que é a internet. E tem gente burra ao ponto de acreditar e até ampliar tamanha estupidez.
Não seria mais decente reconhecer que Zidane é um gênio?
Que o Brasil pode ser derrotado?
Que o adversário, qualquer que seja, pode ser superior?
Que o futebol, como a vida, é assim, cheio de altos e baixos?
De vitórias e derrotas?
Seria, é fato.
Mas o brasileiro não merece seus ídolos.
Nem os seus carrascos.
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