07 setembro 2012

Missão cumprida (1 de 17)

"Coloquem em um campo de futebol 11 jogadores do Coritiba Sport - quaisquer que sejam - e 11 camisas alviverdes com um P no peito, e o Palmeiras não apenas será sempre favorito, como também haverá de prevalecer. Só as camisas em campo, nada mais sendo necessário. Só precisamos delas. Porque de um lado estarão 11 camisas de um gigante imponente e... isso basta."

Basta entrarmos em campo com este espírito e a camisa alviverde haverá de fazer o restante. O Pacaembu viveu nesta quinta-feira, véspera de feriado, uma noite de arrancada sim, mas, acima de tudo, de reencontro. Reencontro de um time com seu torcedor, de um clube com sua gente, de uma camisa com sua vocação. Foi uma noite de resgate, pois começamos a luta para manter o gigante em seu lugar.

O povo se fez presente na cancha municipal. Desde cedo, a metrópole já vivia o clima de decisão fora de hora, inflado por uma torcida que entendeu que era chegado o momento de abraçar o time - e ressalte-se o papel da direção, consciente de que não mais seria possível manter os ingressos com preços tão elevados. Ao contrário de outras decisões, a atmosfera não era de festa ou de expectativa - nem poderia ser. Tampouco se via tensão ou medo no semblante dos quase 30 mil que lá estivemos. Havia, isso sim, uma sede de vingança, de fazer a diferença de fora para dentro, de colocar tudo no devido lugar. 

Tivemos 30 mil vozes e almas nas trincheiras, e qualquer um que viesse a campo seria capaz de sentir o clima favorável. O time veio a campo como deveria vir em todos os jogos: de camisa verde, o P de Palmeiras tomando a dianteira. Nomes de jogadores pouco importavam; a diferença viria na entrega, no espírito de luta, na vontade de fazer tudo diferente.

E assim foi...

...

O time entrou colocando pressão total para cima de um encurralado adversário. Toques rápidos, amplo domínio das ações, à espera de uma jogada inspirada para soltar o grito preso na garganta. Passe pelo meio da zaga. O camisa 21 entra livre. Sai o goleiro. Chute colocado, preciso, certeiro. Ou quase. Caprichosa, a bola beija a trave. Mãos na cabeça, nervosismo, tensão acumulada. Mais uma troca de passes dentro da área adversária. Chute seco, à meia altura. O goleiro se estica e evita o gol. PQP! Falta para os caras. Desvio de cabeça. Defesa providencial. Intervalo. "Um gol, pelo amor de Deus!"

Volta o time. A torcida segue junto. Canta, vibra, quer levar o time nas costas. Vem o tiro de fora da área. O goleiro aceita. Gol! Enfim. Aí o pobre diabo que um dia vestiu a camisa alviverde acerta um chute impossível. Faz graça, pensa que é gente. Volta a ser o lixo que é quase no lance seguinte. Para nova explosão em verde e branco no Pacaembu. Gol! E outro mais viria, para sacramentar a vitória e colocar o Sport em seu devido lugar.

...

O time representou, senhores. Entrou em campo com outra disposição, construiu a vitória com enorme solidez, mostrou que temos totais condições de evitar o pior. Mas a vitória de ontem, mais do que tudo, pertence ao palmeirense. Parabéns a todos os que fomos à cancha municipal e jogamos com o time. Parabéns pelo apoio incondicional. A vitória é nossa. E é com esse espírito que devemos seguir lutando para evitar o pior. Avanti!

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_O imbecil que anotou o gol do Sport/PE é um dos maiores lixos que já vestiram a camisa do Palmeiras. E continuará sendo assim para todo o sempre.

_Infelizmente não conseguirei estar em BH neste domingo (até por isso já garanti presença no jogo contra o Cruzeiro, no turno). Mas as passagens já estão garantidas para outra batalha importantíssima, na próxima quarta-feira em São Januário. É a Operação Resgate!

_Ingresso garantido também para a guerra do próximo domingo!

8 comentários:

Joab Barros disse...

Boa Noite!

Gostei do post, mais ainda da frase: "O time veio a campo como deveria vir em todos os jogos: de camisa verde.."

Não merecemos aquela camisa da seleção australiana, pois além de esquisita, perdemos todas as partidas ao jogarmos com ela.

Joab Barros

Gustavo Biazzi disse...

Belíssimo texto Barneschi.
Vitória de um gigante, vitória da massa gigante.
Confesso que meus olhos enxeram de lágrimas ao ver a cancha municipal lotada ontem.

A batalha de domingo deverá, haverá e terá que ser sangrenta.


Avanti Palestra!!!

victor briganti disse...

ei rodrigo, o que voce acha da ´´torcida brasileira´´ gritando ''sou brasileiro, com muito orgulho e com muito amor'' e depois vaia a seleçâo(?)

eu achei ridiculo

GilMackoy disse...

Bonito foi ver tanta criança, familias inteiras empurrando o Verdão.
No alto do tobogã a festa foi completa.

Unknown disse...

Pacaembu tava muito loko quinta, e acredito que domingo será mais loko ainda!! Quem lembra da semifinal do paulista, o Pacaembu inteiro cantando depois do gol do Leandro Amaro?? foi muito foda!! E naquele 1 x 1 em 2010 depois que o Edinho empatou a partida? todo mundo cantando "o palmeiras é o time da virada, o palmeiras é o time do amor"...foi muito foda! estar no Pacaembu como mandante contra a escória do futebol nacional é sempre muito foda!! Até por isso já garanti meu ingresso também...

Espero sair logo da zona de rebaixamento, para podermos nos concentrar na sulamericana e ganhar mais um titulo....

CIOL, Felipe disse...

Finalmente consegui comparecer novamente ao jogo.

Nem sempre a grana dá... nem sempre o carro lota, e nem sempre no outro dia é feriado...

Valeu a pena, no Pacaembu é tudo mais facil!

Time jogou muito bem, tomamos um gol daquele escroto, inacreditavel.
Mas esse lixo que pensa que é time, sentiu, viu quem é quem....

Anônimo disse...

Texto de leitura indispensável para que o amante do futebol saiba no que transformaram o futebol neste país de merda chamado Brasil.

Romário está ajudando a divulgá-lo através de seu blog, porém o texto original é do jornal Estado de Minas escrito pelo colunista Jaeci Cavalcanti, onde ele relata que técnico sem empresário está fadado ao fim da carreira.

http://www.romario.org/noticias/item/405-t%C3%A9cnico-sem-empres%C3%A1rio-est%C3%A1-fadado-ao-fim-da-carreira-diz-colunista

gregory disse...

Classico com ingresso barato, que alegria. Não que isso me ajudará, pago o Avanti, mas como é bom ver que o povo voltará ao estádio.

Quinta foi um dia sensacional, pra mim então foi particular. Guerra no trabalho pra sair a tempo, guerra com o PM pra entrar no estádio, vira e mexe um implica com você na hora da revista, e esse jogo sensacional, não foi fácil e nem deveria ser.

Espero que hoje voltemos de Minas com uma surpresa, a rodada tá favorável, vamos porra!