29 maio 2014

Compromisso com o erro (de novo!)

















Presidente, prudente, voltou mais cedo de Chapecó/SC*.
Presidente, prudente, chegou a Presidente Prudente tranquilamente, como se nada fosse.
Presidente, nada prudente, deu para sair em fotinhos graciosas fazendo as vezes de piloto de rali ao lado de seu assecla, o sorridente CEO do ano e meio sem patrocínio máster.

O leitor mais perspicaz haverá de perguntar: como, afinal, conseguiu o nobre mandatário se aventurar sem sobressaltos pelos nebulosos aeroportos do Sudoeste do país enquanto o elenco alviverde sofria com uma logística desastrada?

Em seu jatinho particular, é óbvio. Talvez seja o único jeito de chegar e sair de Chapecó/SC, cidade que, conhecida nossa desde o ano passado, já deveria estar no radar da administração alviverde como um possível foco de (muitos) contratempos.

Longe disso; comprometidos com o erro, presidente, CEO e demais responsáveis (?) tomaram a decisão mais preguiçosa, covarde e temerária que poderia haver: jogaram no lixo um mando de campo do Palmeiras ao transferir um jogo nosso para Presidente Prudente.

Sobre Prudente, eu já escrevi incontáveis vezes desde 2009, quando começou esta esquisita obsessão, ainda com Belluzzo. Na sequência, a dupla Tirone/Frizzo seguiu com a tara, submetendo o Palmeiras a episódios grotescos, como aquela derrota para o Fluminense. Veio então o mandatário atual e a compulsão teve sequência, de maneira ainda mais inaceitável e com públicos decrescentes - culminando com os 5.681 desta vexatória derrota para o Botafogo.

Sem poder utilizar o Pacaembu nas duas últimas rodadas caseiras antes da Copa, o Palmeiras tinha muitas opções a considerar. O Canindé, por exemplo. Ou a Arena Barueri que nos enfiaram goela abaixo em 2012 - e que foi utilizada agora mesmo pelo Bahia, vejam só. Ou o estádio de São Bernardo. Ou Jundiaí. Até Itu, vá lá.

A decisão dependia de um mínimo de planejamento: estudar os cenários, avaliar os ganhos possíveis, levar em conta o respeito ao torcedor que vai a todos os jogos, privilegiar o sócio Avanti e, claro, pensar na opção menos desgastante para um elenco já diminuto e que enfrentaria alguns dias antes a malfadada viagem para Chapecó/SC.

Mas o Palmeiras da gestão que aí está não permite esse tipo de reflexão - para que pensar em logística quando se tem as migalhas de Prudente? Este Palmeiras que aí está é comandado por uma figura desconectada da realidade, que toma as decisões a partir de conceitos distorcidos - afinal, por que pensar em dificuldades de deslocamento para o torcedor quando se tem um avião particular?; e por que pensar que tem gente que pode não ter condições de pagar R$ 60 pela arquibancada quando se tem milhões na conta?

Presidente Prudente é um erro em qualquer circunstância. Mas Presidente Prudente é um erro ainda maior em um meio de semana entremeado por deslocamentos tão problemáticos quanto estes que se apresentaram (Chapecó/SC e Caxias do Sul/RS devem ter os aeroportos que ficam mais tempo fechado no país).

O presidente, nada prudente, tomou a decisão mais irresponsável possível. Assumiu o risco que acabou por se consumar. Submeteu o elenco a uma insuportável viagem de ônibus e transformou um mando do Palmeiras em transtorno para o próprio clube. Jogou contra a entidade, contra a torcida, contra a nossa história.

A derrota constrangedora sofrida para o Botafogo é responsabilidade dele. Como é culpa dele também a miserável arrecadação de R$ 170 mil, o estádio às moscas, o clima fúnebre que se instalou em um duelo importantíssimo para o alviverde e mesmo o desgaste que vai acompanhar nossos jogadores lá na Serra Gaúcha.

Sim, erros acontecem, e é preciso ter o mínimo de decência para reconhecê-los e buscar os ajustes necessários. O que não se pode aceitar é o compromisso com o erro de um presidente que vive desconectado da realidade que o cerca.

Eles definitivamente não são do ramo...

###

*A ideia deste post parte surge desta primeira frase, criada pelo grande amigo Adriano Pessini.

8 comentários:

Anônimo disse...

O Palmeiras precisa de um Golpe de Estado.

Unknown disse...

Barneschi , hoje temos uma FRAUDE na presidência, que já foi ocupada por figuras seguras, que dominavam as situações, que renderam a SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, TITULOS e GLORIAS, que ate hoje são peça da inveja de todos os adversários, o GIGANTE PALESTRA, esta sendo administrado por anões em caráter e competência, a própria torcida, organizada ou não , esta no limite de tornar possível uma reação mais que violenta, mas sim necessária, pois termos um nefasto idiota de 74 anos, comandando e manipulando , peças ao seu bel prazer, só pode continuar, no caso de uma OMISSÃO , de toda coletividade alviverde, este é um fato concreto!

Anônimo disse...

calma, estamos apenas a 4 pts do lider

Lucio disse...

Perfeito como sempre. grande comentario Barneschi.

Anônimo disse...

O que você tem contra o interior de São Paulo cara? O Palmeiras pertence a você e seus amiguinhos da zona oeste né? Tá certo. Ah e na próxima eleição faz um favor: vota no Pescarmona, o cara que queria o Ricardo Gaúcho de técnico.

sep disse...

galera, na boa

eu acho que Afonso dela Monica, o Beluzzo, o Tirone e agora o Paulo Nobre devem ter algum fetiche sexual por Presidente Prudente

só pode ser fetiche sexual, acho que eles são masoquistas ''nos bastidores''

ou pensam que o palmeirense é MASOQUISTA

das duas, uma

Unknown disse...

Caro Barneschi, como diria alguém q agora esqueci: O Palmeiras precisa de uma chacina!

Rodrigo Barneschi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.