Domingo tem jogo. Aqui. Mas o fim de semana se aproxima sem aquela expectativa que antecede cada ida ao estádio. Estranho pensar que eu não estarei no Parque com o Palmeiras em campo. Isso aconteceu uma única vez nos seis anos e meio entre março de 1999 e outubro de 2005.
Vai acontecer agora de novo. Não uma, mas duas vezes. Nos 13 dias em que estarei fora do país, o estrago vai ser maior do que o observado ao longo de oito anos. Dói só de pensar.
Poderia (deveria?) culpar o sr. Virgílio Elisio e os demais responsáveis pela tabela do Brasileirão deste ano. Dois (ótimos) jogos seguidos em casa? Justamente durante a minha viagem? Não poderia ser o contrário, os dois fora? Ou só um em casa? Como podem ter feito isso?
O fato é que fizeram. Contra Cruzeiro e Botafogo, não estarei lá. A sensação é por demais estranha. Se antes eu havia perdido um único jogo em 243, chegarei agora às três ausências em um total de 245. De 0.41% para 1.22%.
Deixarei de ver um Palmeiras x Botafogo no estádio pela primeira vez desde 1998 e um Palmeiras x Cruzeiro pela primeira vez desde 1994. Mas não tinha jeito de ser diferente. Difícil vai ser acompanhar à distância. Acompanhar não; imaginar. É o que farei. Não consigo me ver longe do Parque enquanto o Palmeiras joga. Serão quatro horas de sofrimento à distância. Em oito anos, a segunda vez. E a terceira.
Volto logo depois para mais alguns anos de invencibilidade.
Aos que ficam, boa sorte. Conquistem os seis pontos por mim.
Tommaso Mauri
Há um dia