Este 0-0 contra o Vasco certamente é menos vexatório que a inaceitável derrota sofrida para o Cruzeiro na semana passada, mas imagino que outros palmeirenses devem ter deixado o Pacaembu tão irritado quanto eu. Porque não dá para entender como tantos lances podem ser desperdiçados de maneira cretina pouco antes de se transformarem em uma oportunidade de gol. É nego que, no último minuto, tropeça na área e desaba antes de a bola chegar, é bola que fica rodando de pé em pé sem que alguém se apresente para a finalização, é drible errado, é lançamento no pé do zagueiro, é o escambau. Tudo parece dar errado e o torcedor só se irrita a cada nova tentativa grotesca.
Veio mais um empate. Mais um fracasso em casa. Mais uma vergonha. O Palmeiras tem 4 vitórias, 4 empates e 3 derrotas nos 11 jogos que fez em casa. 4 vitórias em 11 jogos?! Uma campanha desprezível, inaceitável e incompatível com a nossa história. Isso pesa mais até que as 11 igualdades ao longo do campeonato, já que sete delas vieram na condição de visitante. Os empates e derrotas em casa, cada qual com uma história mais irritante, são o que de pior pode existir neste ano perdido - mais um!
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1997, Campeonato Brasileiro, Final
Palmeiras 0-0 Vasco. 54.243 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr., Cléber e Júnior; Rogério, Marquinhos, Alex (Oséas) e Zinho; Euller (Edmílson) e Viola. DT: Luiz Felipe Scolari.
Vasco 0-0 Palmeiras. 89.900 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr. Cléber e Júnior; Rogério, Galeano (Marquinhos), Alex (Oséas) e Zinho; Euller e Viola (Cris). DT: Luiz Felipe Scolari.
Tudo bem que Felipão não era o comandante do time no assustador empate de São Januário, no turno, mas não pude deixar de pensar nos dois jogos de 1997 enquanto me irritava a cada erro dos nossos jogadores na tarde de hoje no Pacaembu.
Duas conclusões disso tudo:
1. Evitem comparar os times;
2. Felipão chegou no segundo semestre de 1997. Pegou um time destroçado depois da derrocada no Paulistão daquele ano e foi com ele até a fase final do Brasileiro. Foram 10 vitórias, 10 empates e 5 derrotas, incluindo aí insucessos em casa contra Criciúma (0-1), Bahia (1-1), Portuguesa (0-0) e Goiás (3-3). Acontece que era um campeonato digno, havia uma fase final e o sétimo colocado Palmeiras foi ao quadrangular decisivo para, depois de cinco vitórias e um empate contra Internacional, Atlético/MG e Santos, chegar à referida final.
A questão é: um resquício de otimismo me obriga a considerar a trajetória de 1997 (e os anos seguintes sob o comando de Felipão) como parâmetro. Porque, do contrário, eu poderia lembrar que, em 2002, fomos rebaixados com nove empates em 25 jogos, seis deles em casa. Agora, em 2002, já são 11 em 21.
***
Pra fechar, uma foto em reconhecimento ao palmeirense - não do jogo de hoje, mas do vexame contra o Cruzeiro na semana passada. Depois de 22 mil pagantes diante do rival mineiro, tivemos hoje mais de 15 mil pagantes, uma demonstração de que o palestrino está se esforçando além da conta para acreditar no time.
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1997, Campeonato Brasileiro, Final
Palmeiras 0-0 Vasco. 54.243 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr., Cléber e Júnior; Rogério, Marquinhos, Alex (Oséas) e Zinho; Euller (Edmílson) e Viola. DT: Luiz Felipe Scolari.
Vasco 0-0 Palmeiras. 89.900 pagantes
O time: Velloso; Pimentel, Roque Jr. Cléber e Júnior; Rogério, Galeano (Marquinhos), Alex (Oséas) e Zinho; Euller e Viola (Cris). DT: Luiz Felipe Scolari.
Tudo bem que Felipão não era o comandante do time no assustador empate de São Januário, no turno, mas não pude deixar de pensar nos dois jogos de 1997 enquanto me irritava a cada erro dos nossos jogadores na tarde de hoje no Pacaembu.
Duas conclusões disso tudo:
1. Evitem comparar os times;
2. Felipão chegou no segundo semestre de 1997. Pegou um time destroçado depois da derrocada no Paulistão daquele ano e foi com ele até a fase final do Brasileiro. Foram 10 vitórias, 10 empates e 5 derrotas, incluindo aí insucessos em casa contra Criciúma (0-1), Bahia (1-1), Portuguesa (0-0) e Goiás (3-3). Acontece que era um campeonato digno, havia uma fase final e o sétimo colocado Palmeiras foi ao quadrangular decisivo para, depois de cinco vitórias e um empate contra Internacional, Atlético/MG e Santos, chegar à referida final.
A questão é: um resquício de otimismo me obriga a considerar a trajetória de 1997 (e os anos seguintes sob o comando de Felipão) como parâmetro. Porque, do contrário, eu poderia lembrar que, em 2002, fomos rebaixados com nove empates em 25 jogos, seis deles em casa. Agora, em 2002, já são 11 em 21.
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Pra fechar, uma foto em reconhecimento ao palmeirense - não do jogo de hoje, mas do vexame contra o Cruzeiro na semana passada. Depois de 22 mil pagantes diante do rival mineiro, tivemos hoje mais de 15 mil pagantes, uma demonstração de que o palestrino está se esforçando além da conta para acreditar no time.
11 comentários:
Texto perfeito, irritante é a palavra, de tão irritante que não se consegue ficar feliz ou triste, os palmeirenses estão em estado de inercia.
É bizarro ver o time todo batendo cabeça, sem nenhuma desmonstração de que daqui apouco as coisas vãos e acertar.
A diretoria sumiu, escondeu-se por trás das cagadas e está fingindo naõ existir.
Mas a torcida tá lá... nós palmeirenses como sempre, mais fanáticos e apaixonados, com incrível capacidade de superação, vamos ao estádio, ou sentamos na frente da tv ou até mesmo colamos os ouvidos no rádiinho de pilha pra acompanhar nosso verdão, mas no teatro todo somos os únicos a cumprirem a missão que lhes foi dada de amar e apoiar o clube, o resto dos envolvidos ou desaparecem diante da vergonha de seus próprios erros ou trobam uns co os outros na esperança que um dia o time se acerte em campo.
Ser palmeirense é uma dádiva.... mas também uma ardua e dura missão..... Avante Palmeiras..
time sem vergonha isso sim!!!!!
A coisa ta feia ou o time começa a ganhar alguns jogos ou infelismente começamos a nos preocupar com o rebaixamento é trite mas é a realidade.
Sobre o jogo de ontem quem esteve lá no pacaembu viu um show de horrores no primeiro tempo principalmente o tal de Rivaldo esse jogador não da perde todo lance e quando vai fazer uma jogada não sai nda que presta.Não sei voces uma coisa que eu sempre percebo nos jogos do Palmeiras e a falta de um bom atacante um cara que defina um matador,porque somente o Kleber carregando o piano é lamentavel somente ele se esforçando para não passa vergonha é muita sacanagem.Acho que chegou a hora de nós como sempre fazemos que é incentivar e cobrar e muito pois do jeito que esta não dá.
O Felipão ja sabe que o time é limitado e faz o que pode para arrumar mas não da para ver um Rivaldo em campo esta na hora de sacar este jogador do time.
Não vou crucificar a diretoria porque ela fez o que pode para traser os caras que nós queriamos agora falta o time entrar em campo.
FORZA PALESTRA!!
A coisa tá feia, mas tenho a sensação que as coisas vão melhorar em breve, pois, por mais que esteja difícil vislumbrar algo neste sentido, acredito no trabalho do homem.
Minha impressão é de que estamos naquele momento em que nada da certo, mas os jogadores estão se esforçando. Não vejo, como muitos viram, um time de mercenários em campo.
Ganharemos do grêmio.
Abraço
Outra coisa, não sei se concorda comigo, mas pra mim o Palmeiras sofre do mesmo mal que o atl. mg, a falta do nosso estádio.
Abraço
Concordo com o Luiz e com o Valdemir. Não podemos crucificar a diretoria e devemos ter paciência para o time render o esperado em 2011. Eu confio no Felipão. Mas time nenhum tem o direito de irritar tanto a torcida como esse atual tem feito.
Só uma coisa: se fosse um gambá filho da puta que tivesse caido ontem na área nos lances em cima do Kleber, será que o juiz não teria dado penalti em pelo menos um? Ou até nos dois?
depois de tanta ajuda, eu daria logo a taça pros comedores de lixo... Fica mais bonito, sem tanta apelação...
Vai PALMEIRAS!
Luigi,
Para completar seu comentário, anote aí o juiz do jogo entre Fluminense e SCCP na quarta: Carlos Eugênio Simon.
Você expressa com perfeição o sentimento do torcedor do Palmeiras. O que eu passei no Pacembu domingo foi exatamente o que você descreveu.
Você expressa com perfeição o sentimento do torcedor do Palmeiras. O que eu passei no Pacembu domingo foi exatamente o que você descreveu.
Ei Simon .................. VTNC
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