03 novembro 2006

A falta que um Eurico faz

Eurico Miranda, atual presidente do Vasco, é um mal para o futebol. No entanto, tem lá seus méritos. O principal: ama e defende o seu clube de coração contra tudo e contra todos. Até contra o próprio Vasco. Mas se o faz, é por ação, nunca por omissão.

Não se pode acusá-lo de ser um banana. Bem ao contrário dos homens (?) que comandam o Palmeiras há anos. Omissão tem sido uma regra, quase um pré-requisito, para os que decidem o futuro do Campeão do Século XX. E, convenhamos, isso em nada combina com a nossa origem italiana.

Falta sangue italiano a esta corja.

Um pouco do jeito Eurico Miranda de ser não faria mal, acreditem.

E aqui cabe o aparte que me levou a escrever isso:

O Botafogo acaba de ser derrotado em casa pelo Internacional. O gol da vitória, vocês poderão ver, saiu em decorrência de um pênalti anotado pelo sr. Wilson de Souza Mendonça aos 45' da etapa final.

O nome lhes é familiar?

Pois bem, antes de tudo, é bom dizer: eu daria pênalti.

Outros viram como eu; os cariocas, não.

Eis então que o Maracanã foi palco de um verdadeiro linchamento moral. O cidadão de amarelo ficou lá no gramado por alguns bons minutos. Cercado pela polícia, quase apanhou de jogadores, dirigentes e aspones alivnegros.

As reclamações foram muito além de protocolares entrevistas.

Carlos Augusto Montenegro, esbaforido e vitimado por uma sudorese aguda, pareceu ter se esquecido que ganhou em 17/12/1995 o direito a 20 anos sem abrir a boca para reclamar das arbitragens. Foi pra cima do juiz, disposto até a sair na porrada. Só conseguiu disparar frases desconexas. Prestes a enfartar, seguiu quase carregado para os vestiários.

Um diretor qualquer invadiu o campo para acusar o árbitro de estar mal intencionado (o mundo dá voltas, não?). Ao ser questionado pela imprensa se temia ter seu nome na súmula, saiu-se com esta: “E daí? O problema é se forem punidos o Cuca ou algum jogador. Eu posso ser punido. Não vivo do Botafogo. Estou aqui por amor ao clube”.

Tudo isso em virtude de um lance que, além de gerar dúvidas, significou um mísero ponto perdido para um time que não pode almejar porra nenhuma no atual certame.

A revolta pouco justificada dos que invadiram o gramado pode ser analisada por uma perspectiva positiva: todos estavam ali por amor a um clube, a uma camisa, a uma torcida.

Pergunto, pois: quantas vezes vocês viram algum dirigente supostamente palmeirense invadir o Jardim Suspenso em um dos tantos roubos de que fomos vítimas? Finais de Mercoscul, semifinais de Libertadores, outros tantos jogos importantes...


Resposta: nunca!

Voltemos agora ao sr. Wilson de Souza Mendonça, moralmente linchado no Maracanã por um suposto e pouco grave erro. É ele também o antagonista do que se segue:


Morumbi, 3 de maio último. Palmeiras e SPFC disputam uma vaga nas quartas-de-final da Copa Libertadores da América.

O Palestra, com um time destroçado, sem técnico e em total desvantagem, segura um empate heróico até os 40 minutos do segundo tempo. Com isso, iríamos aos pênaltis.

Eis que o sujeito desarma um ataque do Palmeiras. E arma o dos time da casa. Bola nos pés do lateral adversário. Que avança após o passe de juiz. Invade a área e tromba com um jogador nosso.

Trombada. Jogada normal. E após um passe de juiz.

Mas lá vem o árbitro. Para aparecer do jeito que ele gosta, pensa, nada melhor que armar o contra-ataque e inventar o pênalti que vai decidir o classificado nos minutos finais.

É o que ele faz. Muda o resultado do jogo, elimina um time que chegara até onde não se poderia imaginar e faz desmoronar o sonho de milhões em todo o Brasil e dos poucos milhares que nos matamos para estar naquelas malditas cadeiras amarelas, bem atrás do lance capital.

Pergunto de novo: o que aconteceu?

Algum diretor invadiu o campo?

Alguém pressionou o árbitro?

Houve linchamento moral?

Houve sequer alguma reclamação formal?

Entrevistas?


Qualquer coisa, enfim?

Nada, nada, nada!

Omissão total!

A mesma que tem nos vitimado desde que o velhote gagá fez o que fez sem qualquer conseqüência. Temos um presidente bunda-mole e toda uma sorte de gente incompetente e omissa à frente daquele que é o Campeão do Século XX, simplesmente o clube mais vencedor da história do futebol brasileiro.

E aí os fracassos se sucedem.

É fato, amigos: falta-nos um Eurico Miranda!

Alguém que tenha vergonha na cara e que tome a atitude que tomou o presidente vascaíno em um Vasco 1 x 1 Paraná do Brasileirão-1997.

Pode sair impune um árbitro que não marca um pênalti claro e expulsa três jogadores de um grande que joga em casa contra um pequeno?

É
claro que não. O homem em questão é Paulo César de Oliveira, que já fizera a mesma coisa – e até pior – em um Palmeiras 2 x 1 Rio Branco do mesmo ano.

Ao contrário do jogo no Palestra, o de São Januário não terminou. Porque Eurico não deixou. Barriga à mostra, invadiu o campo e decretou o fim de jogo. “Chega de palhaçada”, decretou. Com toda a razão do mundo.

Falta isso ao Palmeiras de hoje.

Tanto quanto
planejamento, competência, boa vontade, seriedade e decência. E mentes arejadas.

Mas já poderíamos tentar sair do buraco se houvesse um pouco de amor ao Palmeiras e respeito às
suas história e torcida.

***

Picerni é o nome?

Jair Picerni está longe de ser o nome ideal para treinar o Palmeiras. Mas, afinal, quem poderia ser neste momento? E é fato: nada pode ser pior do que a manutenção do pobre Marcelo Vilar no cargo. Ademais, os seus números à frente do Verdão jogam bastante a favor:

82 jogos
45 vitórias
23 empates
14 derrotas
189 gols pró
108 gols contra

Que ele faça o que dele se espera.

A nós, cabe apoiar.


***
E agora?

Além dos 90 minutos de tortura debaixo de chuva, a derrota para o Goiás serviu para nos deixar ainda mais preocupados. E agora vamos a Curitiba buscar um alívio dos mais improváveis.

10 comentários:

Anônimo disse...

É... A velharada maldita é um dos problemas que assola o futebol palestrino. Mas não é o único.

Outro problema, pouco comentado aliás, são as malditas 'edmundetes' que trouxeram para o nosso amado clube um ex-jogador em atividade que só tá interessado em papar a nossa (pouca) grana e derrubar lágrimas pelo clube que ele REALMENTE ama.

Triste torcida que tem que ficar pagando pau (ou pagando au-au-au, como queiram) pra um cidadão que deveria fazer parte apenas do nosso PASSADO. P-A-S-S-A-D-O! Apesar de termos dirigentes mumificados e uma parte da torcida anacrônica, o nosso Palestra não é museu para ficar vivendo disso.

Pobre Palmeiras... Até quando?

Anônimo disse...

enquanto os velhos estiverem lá dentro, o PALMEIRAS vai continuar do jeito q tá, brigando pra não cair, dando vexames em casa, entre outros.

vamos tentar colocar isso na cabeça q assim a dor é menor.

o bostaovo só num virou uma lusinha/guarani, pq entrou o cara do vôlei lá, q junto com os diretores, faz td pelo bostaovo. alem desse jogo, tb enfrentaram o arbitro no pacaembu contra os gambás.

a diretoria dos bambis tb, falaram q o simon não apitava mais jogo dos bambis e assim se fez.

pobre de nós, torcedores do PALMEIRAS.

Anônimo disse...

Ai Rodrigo li em algum lugar, que a oposição apoiaria o Monica contra o turco se o departamento de futebol fosse entregue a eles, vc esta sabendo de algo ???
sinceramente achu que na oposição do Palmeiras existem esses tipos de dirigentes que vc comentou, o Beluzzo é uma pessoa que demonstra amar o Palmeiras.

Vamus ver né, se for verdade nos resta torcer !!!!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Achei que o dirigente do bostafogo teria um enfarte. Realmente quem dera se nossos dirigentes fossem assim, saíssem do ar condicionado e vinho importado e fosse pro campo. Melhor pecar pelo excesso do que pela omissão, já que não é possível gente decente e competente, um Euricão seria bem melhor do que essa raça de filhos da puta.

Anônimo disse...

eurico miranda?
deixa disso, Barney. ou vc acha mesmo que é isso o que falta pro seu time?

Craudio disse...

Falando em velho, quero ver aquele bosta de presidente do Inter vir falar de roubo no apito...

Isso não foi pênalti nem se um dos manos da Tribo de Jah estivesse apitando.

Ah, e o Rio continua foda.

Rodrigo Barneschi disse...

Velho, eu deixei bem claro que o Eurico é um mal desnecessário para o futebol. É um câncer.

A questão é outra: fiz menção à falta de atitude dos filhos da puta que são diretores do Palmeiras, apenas isso.

Eurico é um câncer, mas tem atitude. O bastante para acabar com o referido jogo contra o Paraná Clube e dar um fim na palhaçada do neguinho. Foi uma das providências mais acertadas da história do Campeonato Brasileiro, diga-se de passagem.

Foi a isso que me referi.

Ao fato de nenhum filho da puta aparecer para dar satisfação à torcida depois da quarta derrota seguida.

Mas isso é apenas um detalhe; falta muito mais.

***

Japonês,

É evidente que foi pênalti. Claríssimo. O que foi aquela mão do zagueiro, hein?

E o comentário acerca do Rio é inevitável, sempre.

Rodrigo Barneschi disse...

Ah, li agora os comentários anteriores. Não sei quem é o rato de botas (ele inclusive poderia se apresentar), mas digo que vou escrever sobre isso em breve. Tem muita gente ingrata por aí. Questão de opinião...

Anônimo disse...

koée brother???
pow, tu sabe o que eu acho do Eurico e tal. ja te falei sobre isso, que o cara naum gosta do Vasco como as pessoas acham por ai. ele soh tem feito coisa ruim pelo clube....
EH DINAMITE NA CABECA!!!!!