17 junho 2008

Para cumprir tabela

Falta tempo para escrever por aqui, mas não vou deixar passar em branco um vacilo, mais um, da Folha de hoje. Erro típico de quem, como eu agora, só precisa preencher espaço. Acontece que eu não sou pago para escrever neste blog e não tenho nenhum compromisso com milhares de leitores. Ainda assim, procuro não escrever besteiras.
Vamos à matéria da FSP:

Time, 100% em casa, quer ser visitante como no Estadual
DA REPORTAGEM LOCAL

Imbatível, até agora, quando joga no Parque Antarctica pelo Brasileiro, o Palmeiras quer melhorar sua performance atuando longe dele.

O time venceu os três duelos caseiros que teve no torneio -Inter (2 a 1), Atlético-PR (1 a 0) e Cruzeiro (5 a 2).

Em contrapartida, ainda não conseguiu somar três pontos como forasteiro. Perdeu para Coritiba e Sport, ambas as ocasiões por 2 a 0, e empatou em 1 a 1 com a Portuguesa, no Pacaembu.

Na quinta colocação da tabela, com dez pontos, o Palmeiras tentará quebrar essa escrita no próximo domingo, quando pega o Vasco no Rio.

"O Palmeiras tem um grupo de jogadores experientes. Tenho certeza de que em algum momento vamos ter sucesso fora de casa. No Paulista também foi assim", lembrou o atacante Kléber.

Justamente no torneio em que foi campeão, o Palmeiras foi até melhor visitante que anfitrião. Venceu sete vezes dentro e fora de casa e teve o mesmo número de empates (dois). No Parque Antarctica, porém, a equipe perdeu três vezes, contra as duas derrotas sofridas longe dele.

Bom, a matéria é preguiçosa por definição, pois repete o que o Lance! já havia dado ontem. E o L!, é bom dizer, só apelou para isso porque o time estava de folga desde quinta à noite.

De toda forma, são incômodas as matérias do tipo "aproveitamento de 100% após três jogos" ou "invencibilidade após cinco rodadas".

Ok, a FSP não mandou nenhum repórter ao treino de reapresentação do Palmeiras. Preguiça ou falta de equipe, tanto faz. Fato é que o encarregado de preencher a pequena retranca da página E2 quis avançar em um material requentado da internet e fez besteira.

Vejamos o último parágrafo:

Justamente no torneio em que foi campeão, o Palmeiras foi até melhor visitante que anfitrião. Venceu sete vezes dentro e fora de casa e teve o mesmo número de empates (dois). No Parque Antarctica, porém, a equipe perdeu três vezes, contra as duas derrotas sofridas longe dele.
Problemas:

1. Sete vitórias em casa e outras sete fora? Mas onde foi parar a última, se foram 15 no total (23-15-4-4)?

2. Ah, já achei. Para a FSP, uma das vitórias virou derrota. Foram quatro, mas a matéria aponta cinco, três em casa e duas fora.

3. Diz o nosso amigo jornalista que fomos batidos três vezes no Palestra. Mas como poderia se a campanha no nosso estádio em 2008 registra um 10-8-2-0? E como poderia se o Palmeiras, sob o comando de Luxemburgo, nunca perdeu um jogo de Campeonato Paulista no Palestra Itália?

4. Pois bem, vamos identificar as quatro - e não cinco - derrotas no Paulistão: 1 x 2 SPFC, no Morumbi; 0 x 3 Guaratinguetá, com nosso mando, mas em SJRP; 0 x 1 Noroeste, em Bauru; e 0 x 1 Ituano, mando alviverde, mas em Piracicaba. Ah, então não tivemos nenhuma derrota em casa, certo? E foram duas com o nosso mando, mas no interior, pois o Palestra estava ainda em reforma.

Fica evidente, portanto, a preguiça da FSP. Mas é também impressionante que o sujeito consiga errar tanto em um espaço tão pequeno e com tão poucos números...

É o que dá abrir um espaço assim só para cumprir a tabela. Seria melhor não escrever nada...

9 comentários:

Anônimo disse...

putz... essa foi foda....

Craudio disse...

Do nosso lado, tão pegando as matérias sobre o gordo do começo do ano e republicando. Pode reparar...

O que não faz a seleção, hein? Imagina em 2014!

Cruz de Savóia disse...

Bela matéria.

Amici, trabalhei na Bolha um ano e aponto aqui alguns problemas que não mudam:

1) Como diz o Barneschi, preguiça pura daquela gente;

2) A arrogância e prepotência de quem acha que tudo que escreve deve ser lido e aceito, e não checado, afinal o cara trabalha na Bolha;

3) Ninguém, naquele caderno de esportes (?) entende picas de futebol;

4) a Bolha costuma dobrar o papel higiênico do outro lado para acabar de limpar a bunda: eles não têm dinheiro nem equipe suficientes para cobrir a rotina de treinos na Capital, ou para bancar um repórter eficiente para cavar furos em cada clube. A coisa funciona assim: mais free-lancers, menores salários, menos estrutura, mais matéria por telefone. Ou então menos repórteres experientes, mais traineers, menores salários e mais pesquisa na Internet para fechar os buracos. É isso.

Anônimo disse...

e ai mano.... vai pro rio qdo?????

Fernando Cesarotti disse...

Eu sempre digo: jornalista quando mexe com matemática...

Anônimo disse...

Rodrigo!,

sei que tá cedo para esse tipo de besteira, mas, já arriscarias um palpite para uma meia dúzia de candidatos ao título (quêm!?) e uma meia-dúzia de candidatos ao rebaixamento?

abraços verdes,

luiz, uberlãndia

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

TO VENDO DE IR PRO RIO NO DOMINGO COM UNS MANOS DO MEU TRAMPO.... QQQ COISA TE AVISO

Anônimo disse...

Palestrino, saiu na seção erramos de hoje isso. Vê lá.