27 junho 2010

Soy Argentina (y Uruguay)!

Tem um monte de nego por aí que torce contra a Argentina "só por ser contra a Argentina". Não há argumento lógico, não há um histórico a justificar isso, não há coerência alguma entre o que se diz e o que se faz. O que existe, além de desinformação do povão, é uma rivalidade artificial, alimentada por setores retrógrados, engraçadinhos ou puramente preguiçosos da nossa mídia esportiva. Isso se reflete, por exemplo, em certas propagandas televisivas, muitas das quais apenas utilizam o reconhecido apreço do brasileiro pelo humor simplório para fazer piadinhas nada esforçadas.

Os hermanos, pelo contrário, apostam na exaltação do amor pelo pátria e pela seleção, qualquer que seja o momento. Nas vitórias ou nas derrotas, nas comemorações ou nos momentos de tristeza. Os outros países aparecem apenas como coadjuvantes, pois o que importa é o amor próprio, a certeza de que se está fazendo de tudo para que o seu país seja o vencedor.

No Brasil, as vitórias são tratadas com doses de arrogância injustificada ou como mera ocasião para festejos fora de época. Já as derrotas são vistas como oportunidade para fazer piadas, destruir ídolos ou mesmo criar teorias conspiratórias que sobrevivem ao passar dos anos. O brasileiro não hesita em se autodestruir, em derrubar aquilo tudo que foi construído, só para fazer graça. Aí joga-se tudo na conta do “bom humor brasileiro”. Ah tá. Eu sou mais um tango mesmo, um drama que convém mais ao espírito do futebol.

A própria mídia esportiva de cada país é um reflexo da sua população. É por isso que uma campanha que exalta o espírito guerreiro (sim, estou falando da Brahma) é prontamente rechaçada pelos nossos valorosos e indignados jornalistas, que chegam a estabelecer um vínculo entre o "ser guerreiro" e a violência nos estádios. Balela! Coisa de gente hipócrita, de falsos moralistas, dos juquinhas dos nossos jornalões ultrapassados.

Na Argentina, por sua vez, os comerciais já são concebidos para traduzir o sentimento do argentino pela sua seleção (e, acima disso, pelo país). Deixo-os com alguns exemplos, os mais óbvios, só para começar a comparação:









E aí? Entenderam agora o porquê de eu torcer pela Argentina?

***

"Soy Argentina", mas não só. "Soy Uruguay" também. Os motivos são bem parecidos com os que me levam a torcer pela Argentina, mas eis que o grande Flavio Gomes, no último sábado, conseguiu resumir tudo em um único (e brilhante) post. Aqui vai, na íntegra:

SONHO CELESTE
*Por Flavio Gomes

Não se pode ter medo de vencer. Essa é a lição que nossos hermanitos uruguaios devem absorver depois da vitória sobre o samsungs agora há pouco na encharcada Porto Elisabeth. Fizemos 1 a 0, recuamos, e acabamos cedendo à correria desembestada da Hyundai de Baixo. Aí aprumamo-nos e pimba.

Foi um pouco do retrato do que são esses dois países. A Coreia aceleradíssima, com seus néons, suas TVs de 3D, seus Tucsons e Souls, sua economia emergente, exuberante, alucinada. O Uruguai em marcha lenta, que para para tomar chimarrão, que contempla o rio da Prata, que não tem pressa, que deixa o tempo passar porque, afinal, ele vai passar de qualquer jeito, ninguém consegue ser mais rápido que ele.

Ah, Uruguai… Dos pequenos quiosques, da Patricia, de Gardel, do Peñarol, de Punta, do Buquebus, dos antiquários, das feirinhas nas ruas, do Mercado do Porto, dos carrinhos velhos rodando valentes, dos domingos preguiçosos, dos táxis pretos com capota amarela, da bola que rola orgulhosa no Centenário… Não, não dá para torcer contra um país que tem duas Copas, dois ouros olímpicos, que fez o primeiro Mundial lá longe, em 1930, mesmo diante dos esforçadíssimos olhinhos puxados que correm feito loucos e têm nomes de calça lee e sobrenomes com hífens.

A Coreia do Sul nem vai perceber que saiu da Copa. Amanhã suas fábricas despejarão no mundo milhões de carros, TVs e aparelhos de som, países como esse não param e não se dobram a uma derrota no futebol. O Uruguai, não. Nosotros precisamos dessas coisas.
Aguante!

***

E as cervezas do Uruguay também mandam bem na hora de mostrar o amor do povo pelo país. Isso sim é patriotismo:





***

Vocês entendem agora a vergonha que eu sinto a cada vez que ouço um grupo de brasileiros cantar "Eu sou brasileiro/ Com muito orgulho/ Com muito amor"? V-E-R-G-O-N-H-A! O Brasil não tem torcida em eventos assim; o que o Brasil tem é um agrupamento de pessoas patéticas fazendo um país inteiro passar vergonha.

42 comentários:

Rodrigo Barneschi disse...

Vocês vão perceber que o último vídeo da Argentina, da TYC Sports, está com problemas: uma música aparece do nada ainda no começo. Todos que eu tentei vieram assim. Se alguém encontrar uma versão "não-corrompida", pode me mandar, por favor?
Valeu!

vitor disse...

Soy Celeste (y Argentina)

Vamooo Celeste, nomas.

Aguante.

Rafael-DF disse...

o problema do Brasil é que a nossa "elite" sempre tentou vender o país pros ricos de fora
ao venderem o corpo, perdeu-se a alma
e esa copa da sinais de que vai ser sul- americana com uma possível final entre Brasil x Argentina ou Uruguai x Argentina

Anderson disse...

"O Brasil não tem torcida em eventos assim; o que o Brasil tem é um agrupamento de pessoas patéticas fazendo um país inteiro passar vergonha."

ASSINO EMBAIXO DE TUDO

Paty disse...

Vendo essas propagandas me lembrei de uma brasileira em que Robinho, Ganso e Neymar fazem uma dancinha ridícula.Fica bem claro como cada país ve o futebol.Não precisa de muitas explicações do porque torcer pra Argentina e Uruguai.Ultimamente sou fã do Maradona.

Zhu Sha Zang disse...

Após a vitória Argentina os cagões da globo estavam lá em Buenos Aires perguntando para os argentinos se queriam o Brasil na final. Engraçado, eles não estavam nem aí para o Brasil. Queriam mais é comemorar a vitória. Sinceramente, torço pelo Maradona, por toda a história dele. Pela volta por cima, em relação as drogas. O cara tem trabalhado duro, e pelo futebol talvez mereça.

Quanto ao Brasil, duvide que cheguem a final nossos guerreiros do alcool.

Att

Rodrigo Barneschi disse...

Zhu Sha Zang e demais,

Um amigo publicitário veio reclamar comigo agora cedo. Disse que a publicidade no Brasil é referência no mundo todo, que os prêmios internacionais são a prova disso etc. e tal.

Aí eu aproveito aqui para responder a ele e a todos os que eventualmente tiverem alguma argumentação nesse sentido:

Não reside aqui nenhuma crítica aos publicitários brasileiros ou mesmo às campanhas que são feitas. Elas são legítimas e trazem o resultado esperado porque efetivamente traduzem o espírito e os anseios do povo brasileiro.

Elas não determinam nada; elas são determinadas por esse perfil brasileiro, pela predileção por um humor simplório, pela aspiração de querer ver o futebol como festa.

Na Argentina (e no Uruguay), ocorre o fenômeno inverso. E eu me identifico muito mais com o perfil do povo argentino do que com o perfil do povo brasileiro.

Abraços

Fábio Mendes disse...

Concordo em parte com você, Rodrigo. Há um grande abismo sobre a forma de torcer do brasileiro e do argentino, e evidentemente nossos vizinhos sabem fazê-lo de forma muito mais autêntica do que nós.

Mas não vejo isso como motivo para torcer pela Argentina, embora respeite quem o faça. Acho que posso muito bem torcer pelo Brasil ao meu modo, evitando carnavais fora de época e torcendo de verdade.

Aliás, não é o seu caso, tenho certeza, mas até os brasileiros que alegam torcer pela Argentina irritam. Não consigo ver sinceridade num cara que vai assistir a um jogo da seleção brasileira vestido com a camisa dos hermanos. Se eu fosse torcer para o time de Maradona, me juntaria a outros iguais ou ficaria em casa, sozinho.

Fábio Mendes disse...

Em tempo: seu texto anterior sobre Dunga, a Globo e a Copa nos EUA é irretocável!

Rodrigo Barneschi disse...

Valeu, Fabio.
Acredito que é o caso de fazer alguns esclarecimentos importantes:
Eu não torço contra o Brasil. Nunca fiz isso. Eu torci demais na Copa de 1994 (mesmo contra a Italia) e também em 2002. Mas não consegui torcer tanto em 98 (por causa do corte do Romário) e em 2006 a coisa já foi mais moderada também. Isso, acredito, se aplica a todos os que torcem muito pelo seu próprio clube e aí não sobra espaço para a seleção.
Muito disso se deve também à figura nefasta de Ricardo Teixeira, que conseguiu desfigurar completamente a seleção brasileira. A casa do Brasil nos últimos anos não é o Maracanã ou qualquer outro estádio brasileiro; a casa do Brasil é o Emirates Stadium, já que a maior parte dos jogos acontece em Londres. Vendeu-se a seleção brasileira e aí ela deixou de ter qualquer identificação com o povo.
E aí, quando acontece isso, é preciso buscar uma nova identificação, e é isso que eu tenho com Argentina e Uruguay (além da Italia, é evidente).
Abraços

Perobeli disse...

Mais uma vez um belo post!
Eu ainda torço pelo Brasil, mas concordo com tudo o que foi escrito por você!
Acho ridículas as propagandas onde o alvo é exclusivamente a Argentina. Se fosse uma ou outra, sei lá, talvez fosse até engraçado, mas esse exagero chega ao ridículo.
Com certeza eles são grandes rivais no futebol, é muito bom ganhar deles, mas caso o Brasil seja eliminado e a Itália fora da Copa, prefiro ver a Argentina levantar a Taça, do que qualquer outra seleção européia.
O Uruguai com certeza também atrai todos os amantes do futebol. Garra, raça e alma estão presentes em cada jogador. É bonito de ver!

Abraços!

Fábio Mendes disse...

Esclarecimentos feitos e devidamente compreendidos, Rodrigo.

Quanto aos excesso de jogos do Brasil em Londres, isso também me incomoda sobremaneira. Mas imagino que, apesar de tudo, esses jogos lá tenham arrefecido um pouco a pressão dos clubes europeus para não liberar seus jogadores em amistosos. Infelizmente, os técnicos da seleção brasileira têm de lidar com esses terríveis fatores extra-campo. Não sei até quando.

Uma coisa que sempre me incomodou foi passar ANOS sem enfrentar seleções europeias de nível e disputar apenas jogos caça-níqueis contra potências do futebol, como Tailândia, Bósnia e quetais. Isso sempre prejudicou nossa preparação para as Copas. Com Dunga isso melhorou um pouco, mas ainda falta muito.

Craudio disse...

Porra, mas a publicidade brasileira ser referência pode não significar nada, a partir do momento em que essa referência seja uma merda. Os comerciais produzidos aqui no Brasil para a Copa só não ganham em ruindade daquela aberração da Hyundai.

Com relação à rivalidade com a Argentina, trata-se de uma coisa tão inexplicável quanto a bobagem criada no subconsciente do brasileiro entre SP e RJ. Já o Uruguai, é apenas uma fazenda e deveria ser ocupada imediatamente pelo MST.

Tiago DJ disse...

Você esta invertendo os valores.

O brasil não é feito de gente assim, sem alma, sem patriotismo. Até onde eu sei, todas as pessoas que eu conheço e que torcem pelo país são trabalhadoras, se esforçam para fazer o nosso país dar certo e gostam sim de onde vieram. São patriotas.

Esse seu pensamento de ir contra não nasceu porque o país tem esse comportamento que você condena. É o contrário. São por causa de pessoas como você que o país tem esse comportamento. São muitos os brasileiros que "acham bonito" ser anti-Brasil. São sempre aqueles que criticam e insistem em ver o lado ruim da coisa. São os mesmos que anulam votos (e por isso a política nunca melhora), são os que compram carta de motorista, são os que acham "certo" quando algum amigo faz alguma coisa errada para ter vantagem mas ao mesmo tempo criticam quando vêem alguém desconhecido fazer o mesmo, são os mesmos que jogam sujeira na rua (mesmo que seja uma bituca de cigarro), enfim... são os mesmos que não fazem porra nenhuma para o país crescer e ainda assim adoram criticar.

Se não quer ajudar, também não atrapalha. Porque já estamos cheio de gente querendo atrapalhar. Vai morar em outro país então, se você se acha tão superior a nós.

E já vai tarde.

Rodrigo Barneschi disse...

DJ Tiago,

Em que momento eu me coloquei aqui contra o Brasil? Se você localizar alguma referência a isso no texto, peço que me avise, por favor.

Não existe no mundo país mais bonito que o Brasil. Não existe. Eu sou um apaixonado por este país, pela cidade onde eu moro (São Paulo), pelo Rio de Janeiro, por tantos outros lugares.

A crítica aqui se limita à questão futebolística e eu procurei resumir bem a questão a isso.

Se você não entendeu, o problema é seu.

Anônimo disse...

O Palmeiras precisa-se e muito da globo respondendo sua pergunta no outre posti caro amigo

Jose David disse...

Muito bom o texto, concordo em genero numero e grau!

Rafinha disse...

Concordo plenamente com o texto e ultimamente parece que querem me banir do twitter pq torço a favor da Argentina, o que é um absurdo, pois primeiramente, cadê a democracia? E outra, segue quem quer. Tenho certeza que não vou dormir em pé caso ganhe um unfollow.
Mas voltando ao texto, acho o povo brasileiro um povo babaca, que diz que ama futebol, porém não sabe apreciar o bom futebol. E os argentinos estão jogando MUITO melhor que os brasileiros nessa Copa. Isso é FATO!
Gol impedido de Tevez? E o gol do Fabuloso? E o gol VÁLIDO não marcado da Inglaterra? Culpa do time, do jogador, do argentino? Não, culpa de uma arbitragem falha, que devia sentir vergonha e pedir pra sair.
E não é porque meu namorado tá morando ultimamente na Argentina e pq ele também aprecia o futebol argentino.. Na verdade, até é sim, pq com isso, pude conhecer a Argentina e perceber que essa rivalidade idiota é tudo fruto da mente de brasileiros, que diz que não gosta dos argentinos apenas por não gostar, sem motivo ou qualquer justificativa. Exemplo claro de pessoas sem personalidade e opinião formadas e mais, desconhecedoras do esporte em si.
Andei pelas ruas de Buenos Aires antes do início da Copa e não consegui visualizar nenhuma rivalidade... Pelo contrário, lá conheci e discuti muito futebol e eles falam muito bem de nós e até nos admiram.
Também não quero isentar os argentinos de tudo, mas hoje, diante da sua política e enconomia, o argentino baixou muito a bola dos tempos em que sua moeda era páreo com o dólar.
Hoje com uma economia precária, uma moeda desvalorizada e um governo que não vê perspectiva de futuro, os argentinos se tornaram mais humildes.
Os comerciais argentinos exaltam o amor do povo pela seleção do Maradona e são de arrepiar.. os comerciais brasileiros, como o da Skol, só fazem aumentar mais esse ódio e implicância com os argentinos... Depois querem pedir paz nos estádios...

@rafaelamalcher

Fernando F. disse...

É, eu também não tenho entendido muito bem essa pré-disposição dos brasileiros a torcer pela Argentina.

Particularmente, eu adoro a Argentina e seus costumes, assim como seu futebol. E concordo quando taxamos a rivalidade entre os povos de um grande bobagem.

Agora, a rivalidade dentro do campo de futebol existe e muito.

Hoje eu vejo todo mundo falando da tal família Maradona ... o Felipão fez isso e, a família só virou família, quando levou o título.

Falam da estupidez do Dunga com a imprensa ... mas acham o máximo o Maradona mandando a imprensa Argentina chupar o que bem entenderem, além de esquecerem que até tiro ele já deu nos caras.

Torcem pela "volta por cima" do cara ... volta por cima do que ? Eu não fui lá dar pó pra ele cheirar. Nem acho isso digno de biografia.

O tema é futebol e, para mim, como torcedor, não rola TORCER pela Argentina, pque a rivalidade existe e é de mão-dupla. Voltaria outra 10x para a Argentina mas, no futebol, me desperta muito mais simpatia o México do que a Argentina.

Lanfranhudo disse...

Nâo há motivos para torcer contra a Argentina.
1) Em 1978, a copa por eles COMPRADA foi um ato vergonhoso que prejudicou o Brasil. Apitaram final de jogo com a bola no ar, antes do gol do Zico. E a sua seleção meteu 6 no Peru. Isso é honesto, bonito e puro espírito de Fair Play.
2) Em 1982, depois de levarem um show do Brasil, o grande ídolo Maradona foi expulso de forma vergonhosa, junto com o outro gente fina Passarela. Fair Play.
3) Na copa de 1990, doparam os brasileiros E ASSUMIRAM ISSO. O grande ídolo Maradona inclusive contou isso num programa esportivo às gargalhadas, como se isso fosse um ato bacana, legal.
4)Na copa passada, os jogadores da tua seleção escarravam dentro de uma garrafa de água (no programa CQC de lá) que seria oferecida ao técnico Parreira. Atitude bacana, coisa de gente fina.
5)As menções carinhosas com relação à nossa torcida e nosso povo dispensa comentários.

Aliás, teu texto também dispensaria, mas achei importante deixar isso aqui. Se é que será publicado.

Abraço,

Lanfranhudo

Nicola disse...

"Porra, mas a publicidade brasileira ser referência pode não significar nada, a partir do momento em que essa referência seja uma merda."

Hahahaha, exatamente!

Também não torço contra o Brasil, e me identifico totalmente com o post. Esse "clima" de Copa no Brasil pra mim nada tem a ver com futebol, de fato. Chega a irritar realmente...

As emissoras vão nos locais onde o povo de reúne pra ver os jogos do Brasil e filma toda aquela palhaçada, gente falando merda pra caralho, buzinando... Aí foram filmar na Argentina e as pessoas claramente torcendo, parecia que estavam indo pra um jogo. É isso, simplesmente não consigo torcer pra seleção, e também não escolho outra pra fazer o mesmo.

Rodrigo Barneschi disse...

Lanfranhudo,

Por que seu comentário não seria publicado? Você veio, deu sua opinião, expôs seus argumentos, foi educado, tudo dentro da normalidade.

Fica aí tudo registrado. É uma opinião bastante válida. Agradeço pelo comentário.

Quanto ao fair play, posso te garantir que o futebol ficou bem pior depois que dona Fifa resolveu inventar isso.

Abraços

Alberto Roesling disse...

Achei o texto bem construído mas um tanto quanto reacionário e exagerado.

É um direito totalmente seu torcer para a Argentina, mas o texto é equivocado em algumas partes e demonstra o ja famoso complexo de vira-lata do brasileiro. Tudo de fora é melhor e a grama do vizinho é sempre mais verde.

A imprensa esportiva argentina é tao ridicula quanto a nossa, e o tal "orgulho" que voce cita ainda é resquicio da ditadura muito mais intensa que eles tiveram. Patriotismo exagerado que os levaram a uma guerra sem sentido e sem possibilidade de vitoria, apenas para alimentar tal patriotismo ainda mais.

O futebol Argentino, por mais belo que seja e ralmente o é, tem muito mais manchas do que o brasileiro, não só no nivel internacional de seleçoes (vide 78) como especialmente em clubes. Lembre-se das libertadores antes dos anos 80 e até mesmo depois, onde sobrava violencia intimidacao. O Palmeiras perdeu duas libertadores devido muito a isso, e quem nao lembra do 2x2 contra o Boca em 2000? Um dos jogos com arbitragens mais "estranhas" ja visto. Voltando as selecoes, o Brasil perdeu uma copa em casa, jogando futebol.

Ganhar a qualquer custo não é nada exemplar.

Quanto a forma de como eles nos enxergam, nos admiram pelo futebol, sim, assim como nós os admiramos, mas tambem tem uma visao deturpada que é demonstrada assim que voce tiver um contato mais constante com o pessoal de lá. Há um certo senso de superioridade que é até que cultural, mas que ofende em certos momentos. Se colocam como superiores nao so ao Brasil mas ha todos os povos da America Latina.

Trabalho com comercio exterior e ja fiquei morando alguns meses na Argentina (nao que isso signifique muito), um país lindo, mas que definitivamente não é possível coloca-lo acima do Brasil dessa forma que eu enxerguei no texto porque nao ha algo de tao merecedor.

Boa copa!

Abs

diego.cps disse...

Parabéns!
Você conseguiu criar um texto que reúne todos os tópicos que me são necessários quando preciso explicar a diferença entre "torcer contra" e "ser indiferente" aos fanfarrões que pensam entender de futebol mas nunca foram a uma bancada cantar por apoi ao clube de coração (se é que mora no coração deles). Na verdade, a premissa básica das torcidas Latinas (Argentinas e Uruguaias, tão decantadas) é básica: apóie seu clube, independentemente se quem o representa merece ou é canalha. Se for pra reclamar, deixa pra outra hora. nos 90 minutos, a hora é de ajudar aquela camisa que amamos rumo à vitória! Se 90% da torcida daqui entendesse esse concito, não precisaria ficar dizendo que "a grama do vizinho é mais verde". Estou com você, não torço contra minha pátria, mas as torcidas cisplatinas merecem mais respeito que os aventureiros que não sabem nada além de cantar "Eu sou Brasileiro(...)" E FAZER 'Ola'.

Lanfranhudo disse...

Caro Palestrino,
Obrigado por publicar e desculpe-me pela prévia desconfiança com relação à tal possibilidade.
Quanto ao "Fair Play" propriamente dito, substitua por "decência" ou "honestidade" ou "franqueza" ou "HOMBRIDADE".
Acho que talvez esclareça ainda mais o que penso.
O termo foi usado com razoável eufemismo.
O que eu quis dizer mesmo é que todas as características que estão entre aspas são ignoradas com muito orgulho pelos argentinos e pela seleção que você tanto aprecia.
Forte Abraço,
Lanfranhudo.
@fabiobassetto

Unknown disse...

Acho que esse texto tem de ser entendido dentro do que se propunha, uma análise sobre como se vê o futebol na Argentina, no Brasil e no Uruguai.
Não acho que tenha sido um tratado sociologico sobre os 3 povos.
Assim, acho meio despropositado questões sobre "amo o meu país". Acho que isso não esteve em questão.
A verdade é que as pessoas que vão aos estádios em copa do mundo tem tanta relação com o torcedor que frequenta estádios normalmente no Brasil quanto um golfinho com o deserto do Saara.
E também não representam sequer 2% da população e do povo brasileiro.

Rodrigo Barneschi disse...

Caros,

Acrescentei mais um vídeo ao post. É a continuação do "Benditos", da Quilmes, que eu não havia encontrado ontem. O crédito fica para o Alexandre Silva (@AlexandreSilva8), que escreveu pouco tempo atrás um post com o mesmo teor: http://migre.me/SP4V

Abraços

Rodrigo Barneschi disse...

Alberto Roesling
Não entendi o que existe de reacionário no meu texto. Você pode discordar de tudo que eu escrevo, mas não tem nada de reacionário aí.

Eu não tenho nenhum complexo de vira-lata. Pelo contrário. Eu amo o Brasil também e só o que me irrita é a postura ingrata do brasileiro, que não sabe reconhecer seus ídolos e que prefere fazer piada a demonstrar algo positivo pelo seu país.

Quer um exemplo?

Campanha do Brasil em Copas do Mundo: 96 jogos, 67 vitórias, 15 empates e 14 derrotas.
Campanha da Argentina em Copas do Mundo: 69 jogos, 37 vitórias, 13 empates e 19 derrotas.

Dá pra comparar? Não, não dá mesmo. Mas quem tem mais orgulho da sua seleção? O brasileiro ou o argentino? É esse o ponto: o brasileiro tem isso tudo e prefere fazer graça e ostentar o seu amor pela pátria e pela sua seleção. Só isso.

Abraços

Rodrigo Barneschi disse...

Fabio Basseto
Beleza, cara. Fique à vontade para comentar aqui. Eu penso diferente nesse caso, mas é questão de opinião. Cada um tem a sua.
Abraços

Sylvio
Esse ponto também é importante. Não quero nem pensar no que vai acontecer quando a Copa for aqui no Brasil. Eu vou fugir por um mês.

Lanfranhudo disse...

Só responda ISSO:

VOCÊ APÓIA 1978????????

Sandro Cabral disse...

Caros,

Ná media, brasileiro não gosta de futebol, mas, sim, de ganhar. Fato estilizado número 1.
O direito de torcer é algo pessoal: tem gente que torce para os bambis, tem carioca que torce para o Palmeiras e, vejam só, há brasileiros que torcem para argentinos e uruguaios. Em alguns casos, questão de bom gosto (torcer para o Palmeiras), em outros, assunto para um bom lacaniano. Fato estilizado 2.
Os povos argentinos e uruguaios são fascinantes. Sua inteligência, sua capacidade de rir de si mesmos, sua nostalgia e, por vezes, seu senso de superioridade são características indeléveis. Fato estilizado 3.
Em meu caso, registro, em meu caso,o orgulho de ser brasileiro é muito maior que minha admiração por eles. Foda-se CBF, Globo, Parreira, imprensa medíocre, publicidade pedestre e o escambau. Minha auto-estima, já elevada, cresce mais ainda em épocas de copa do mundo. Somos admirados (e frequentemente temidos) por outros países. Lembra uma torcida alvi-verde quando chega nos estádios Brasil afora: Porra, os caras da Mancha são foda.

É bom ser brasileiro. É bom ser palmeirense. Fodam-se os outros.

Bora Brasil, porraaaa.

Sandro - Salvador-BA

Unknown disse...

Sandro, vc fez uma colocação importante, mas acho que merece um acréscimo, o brasileiro não gosta de esportes em geral, ele gosta de ganhar. Aliás, não gostamos de competir, só queremos ganhar.
E aqui o texto do Barneschi cai como uma luva, pois o que ele aponta é justamente isso.
Por exemplo, acho que por mais que discordemos do Dunga, de suas escolhas, etc, é um fato incontestável que ele trabalhou duro, muito mais que o Parreira em 2006. Talvez sejamos eliminados na sexta, mas isso não afasta o fato de que o trabalho foi feito.
Se perdemos será algo que é inerente a uma disputa esportiva, alguém jogou melhor que o nosso time e pronto. Não será nenhuma conspiração esotérica, ou desvario que vai justificar uma eventual derrota.

Anônimo disse...

o palmeiras precisa muito da globo e se brigar com elas vai dar mio é sempre asim a globo é politiqueira

JoãoP disse...

O pessoal fala muito de 1978. Não sei, sinceramente, o que houve de tão errado com essa copa... Havia, sim, uma nação mobilizada, assim como o Brasil de 50, o Chile de 62, a Inglaterra de 66, a França de 98 e por aí vai. É errado que o povo junte suas forças para alentar a seleção que joga em seu solo-pátrio?

Se o ponto for o tal jogo contra o Peru, tudo o que tenho a dizer é que o time argentino era excelente, enquanto que o peruano era medíocre. O placar não foi absurdo. Essa discussão toda é, a meu ver, intriga de jornalistas polemistas...

O ponto é o tal do gol do Zico, contra a Suécia? Quem confere o vídeo percebe que o juíz era incompetente, não mal-intensionado. Ele deu muito tempo de acréscimo - o que não faria, se fosse comprado. E a arbitragemm do jogo, no geral, foi boa. Além do mais, foi uma única falha grave contra o Brasil durante toda a Copa...

Acho que essa turma que fala muito de 1978 deveria voltar o rancor para 2002, quando a Coréia do Sul eliminou a Itália e a Espanha na roubalheira pura. Ali, sim, a coisa foi descarada.

Rodrigo Barneschi disse...

Fabio Basseto
Eu não tenho que apoiar ou não apoiar nada. Mas o JoãoP conseguiu elaborar uma resposta melhor. Não é 1978 que está em jogo; o debate aqui é outro.

Sandro Cabral
Concordo com quase tudo que você escreve. Boa análise dos fatos. A verdade é que brasileiro tem essa péssima mania de não apoiar nas horas ruins, de querer apenas as vitórias, num comportamento quase leonor. Não existe essa de apoiar o time (ou o país no caso) quando ele precisa. É só notar o comportamento da torcida brasileira em alguns jogos disputados por aqui. Por sinal, nada pode ser mais constrangedor do que a “torcida brasileira”. Isso não existe na verdade; quando o Brasil vai a campo fora daqui, os “nossos representantes” lá são tudo menos uma torcida. É constrangedor.
De resto, gostei da sua comparação sobre a Mancha chegando em outros estádios. É uma puta sensação boa essa!

Sylvio
Valeu! É bem por aí

***

Será que o Mané que escreve sobre a Globo não reparou que está deslocado no tempo e no espaço?

Sandro Cabral disse...

Pois é Barneschi,
Sensação da porra. Partlilho um fato recente. Tive de estar fora do país nos dois primeiros jogos (Coréia e C.MArfim). No primeiro deles, estava em Paris e lá fui eu para aquela Fanfest organizada pela FIFA próximo a Torre Eifel. Torciam para o Brasil, os brasileiros, os caras que comem ou querem comer brasileiras e as mulheres que dão ou querem dar para brasileiros. Os demais presentes, franceses, magrebinos, africanos e, lógico, portugeses descaradamente torciam contra. O gol norte-coreano no finalzinho do jogo foi um alento a eles que numa demonstração de catarse destilaram todo seu temor pelo Brasil. No final do jogo, com o dispersar das pessoas nas linhas de metrô parisienses fiquei só, de modo que os presentes ao fitarem o manto verde amarelo, olhavam-no com um misto de admiração, respeito e medo, tal qual a Mancha quando chega aqui no Lixão (Barradão).
Que sensação de poder!

Em tempo, ano passado co-editei um número de uma revista científica da área de administração com o tema futebol, organizações e sociedade.
Dê uma olhada na apresentação do número.
http://www.revistaoes.ufba.br/viewissue.php?id=45

Sandro

Sandro Cabral disse...

Pois é Barneschi,
Sensação da porra. Partlilho um fato recente. Tive de estar fora do país nos dois primeiros jogos (Coréia e C.MArfim). No primeiro deles, estava em Paris e lá fui eu para aquela Fanfest organizada pela FIFA próximo a Torre Eifel. Torciam para o Brasil, os brasileiros, os caras que comem ou querem comer brasileiras e as mulheres que dão ou querem dar para brasileiros. Os demais presentes, franceses, magrebinos, africanos e, lógico, portugeses descaradamente torciam contra. O gol norte-coreano no finalzinho do jogo foi um alento a eles que numa demonstração de catarse destilaram todo seu temor pelo Brasil. No final do jogo, com o dispersar das pessoas nas linhas de metrô parisienses fiquei só, de modo que os presentes ao fitarem o manto verde amarelo, olhavam-no com um misto de admiração, respeito e medo, tal qual a Mancha quando chega aqui no Lixão (Barradão).
Que sensação de poder!

Em tempo, ano passado co-editei um número de uma revista científica da área de administração com o tema futebol, organizações e sociedade.
Dê uma olhada na apresentação do número.
http://www.revistaoes.ufba.br/viewissue.php?id=45

Sandro

Federico Erdocia disse...

Buenas,
como argentino sou obrigado a lembrar ao caro Lanfranhudo, que questiona o carácter dos argentinos de alguns erros de arbitragem que favoreceram o Brasil. Mais recente, o de mão dupla do Luis Fabiano.

Em 1986, contra a Espanha, bola no travessão, pinga dentro mas o árbitro não valida.

Em 2002, falta fora da área (pelo menos 2 mts) vira pênalti.

Em 2002, gol legítimo da Bélgica, de cabeça. Só o árbitro e o Arnaldo césar Coelho viram falta.

Em 1994, no lance que originou o gol de falta do Branco há uma agressão dele antes. Dribla prá dentro, dá um tapa na cara do holandês, e nada!!

Em 1962, Nilton Santos, contra a Espanha, comete pênalti, na cara dura caminha para fora da área e o árbitro marca falta. Na sequência, a Espanha faz gol, de bicicleta, mas o árbitro anula. Não havia ninguém perto do jogador que fez o gol.

Em 1958, Garrincha foi expulso na semi-final, e deveria ser julgado para decidir se poderia participar da final ou não. O árbitro e os bandeirinhas, que deveriam dar depoimento, sumiram!! Sabe onde estavam?? De férias, no Brasil, com as despesas pagas pela Confederação Brasileira.

Você é a favor de tudo isso?? Deixou de comemorar alguns dos 5 títulos?? Pelo menos por Fair Play?

A sua decência, franqueza e HOMBRIDADE te deixaram pelo menos constrangido? Você foi pelo menos discreto na hora de comemorar esses gols?? Duvido!!

Até hoje ouço jornalistas e os mais velhos que viram Pelé jogar, contar das malandragens dele em campo. Segurando o braço do zagueiro e cavando pênaltis, por exemplo. E todo mundo acha lindo!!Fair Play?? Honestidade?

Bom, reveja um dos vídeos postados aqui. Há um lance entre Maradona e Dunga!! Adivinha?? Maradona dribla Dunga e leva um soco na cara e um pontapé por baixo. Você nem percebeu não é??

Seu preconceito não deve ter deixado.

Há gente má, desonesta, etc na Argentina?? Sim, mas também na Indonésia, na Alemanha, no Brasil,...

Não ponha todos dentro do mesmo saco. O problema não é a nacionalidade, é o indivíduo.

abs

Fred Argentino

Anônimo disse...

Acho que a discussão sobre "torcer" durante uma Copa do Mundo fica misturada no meio do lixo que cerca o futebol hoje, é o ápice desse futebol moderno e de seus simpatizantes... É só ver os jogos e reparar na maioria que frequenta os estádios durante o Mundial. A tal da "festa" na "arquibancada". Pulseiras, colares, capacetes, bikinis (o que é bem da hora...), perucas. Um bando de gente que nada tem a ver com o futebol de verdade "querendo sentir", saber como é a sensação... Mas no meio disso tudo dá pra fazer uma comparação "meio que visual" que acho interessante...

Me chamou a atenção a quantidade de bandeiras inglesas penduradas nas divisórias dos setores em Alemanha x Inglaterra, em todas escritas o nome de uma cidade, um time, uma TORCIDA DE VERDADE (pelo menos parecia a intenção)... E o mesmo pra Argentina. Bandeiras e mais bandeiras, os "barra brava" com seus tambores e o caraleo, mas acima de tudo mostrando o orgulho por estarem lá. Isso só faz quem vai pro estádio com o estômago embrulhado, sem comer, com a raiva que só é liberada com um grito de gol.
E os jogos do Brasil??? Foi possível ver a mesma QUANTIDADE (e estou falando de volume na tv, uma questão de amostragem) de bandeiras? Bandeiras penduradas no estádio, dando aquele "clima" pro jogo? Mostrando que ali tinha uma TORCIDA de verdade? Porra nenhuma. NADA.
A seleção brasileira não empolga sua TORCIDA. Não leva TORCEDORES ao estádio em uma Copa. E isso é um sinal que ela se afasta cada vez mais do futebol de verdade... E não dá pra relevar isso, nem fodendo.

A Argentina pode ter todas suas histórias mal contadas, todas suas marras e tal, mas os caras ainda têm o futebol de um jeito que nós perdemos para Globos, AMBEVs, STJDs, leis Pelé e o caraleo. Os caras ainda tem um Veron dando uns gritos e chegando junto, mesmo com 180 anos. Um Heinze dando uma porrada na câmera porque um babaca tava no lugar errado na hora errada depois de um gol. Sem frescura. E um Maradona batendo faltas no treino, fumando charuto, dando toques de calcanhar na beira do campo.

Nós temos O TIME DO DUNGA. Dos atletas de Cristo. Do Kaká. Do "tudo certo". Dos bons meninos.

A única coisa boa nessa Copa vai ser se a final for Brasil x Argentina. Até lá torço pros dois. E vou torcer IGUALMENTE na sexta e no sábado. O FUTEBOL PRECISA DESSE JOGO. Chegando lá, torço pra quem tiver menos frescura e jogar mais FUTEBOL... e até aqui são eles.

Abs

Gabriel, Verde até o osso

Unknown disse...

Caro Fred Argentino, só uma pequena correção, o lance com o Garrincha foi na copa de 62 e não na de 58.
Erros de arbitragem acontecem contra e favoravelmente a todo mundo, a atual copa é um exemplo claro disso.

Federico Erdocia disse...

Perfeito Sylvio, tem razão.
Quanto aos erros, é isso mesmo, por isso respondi ao Lanfranhudo.
obrigado,
Abs
Fred Argentino

Alexandre [SEP] disse...

Cara, deixa eu perguntar. O Paraguai tem algo semelhante aos dos argentinos e uruguaios?

Eu vou torcer para Uruguai e Paraguai, fazerem a final. Mas pensando melhor, uma final com a Argentina pode render muita emoção.

E, mudando de assunto, tu poderia escrever mais sobre partidas mata-mata, pois o brasileiro por pontos corridos perdeu muito da emoção.

Queria ver novamente o Palestra derrotando leonores, gambás e urubus nas finais. Não é mesma coisa sagrar-se campeão, numa partida contra o Avai, por ex.