12 novembro 2013

América, 1998-2001

Foram três anos de uma supremacia continental que se ensaiou, sem se concretizar. Entre o segundo semestre de 1998 e a primeira metade de 2001, o Palmeiras disputou seis competições continentais (três Libertadores e três Copas Mercosul), chegando a cinco finais e parando em uma semifinal exatamente na última delas e por interferência direta da arbitragem – e é curioso notar, anos depois, que foi preciso um roubo duplo (lá e aqui) para que o Palmeiras fosse alijado de sua sexta decisão continental na sequência.

Ainda que tenha ido tão longe assim tantas vezes, é forçoso observar que a hegemonia sul-americana ficou apenas no quase: foram, pois, dois títulos (os dois primeiros), três vices e uma semifinal.

Daí então que este post busca relembrar não necessariamente a conquista da Libertadores/1999 ou, isoladamente, quaisquer das outras campanhas pela América do Sul, mas sim a conjuntura que fez daqueles três anos um período em que o Palmeiras foi até a decisão de (quase) tudo o que disputou no continente.

Foi um período em que a torcida do Palmeiras aprendeu a torcer de maneira completamente distinta. Foi uma era (com o perdão do mau uso da palavra) em que o clube se inseriu no cenário internacional como nunca antes. Foram anos que dificilmente se repetirão... mas deles nunca nos esqueceremos - especialmente para os que vivemos aquilo tudo a partir da arquibancada.


COPA MERCOSUL/1998


A Copa Mercosul (1998-2001) foi o torneio intermediário entre a Copa Conmebol (1992-1999) e a Copa Sul-Americana (2002-2013). Com uma peculiaridade: ao contrário das demais competições, que reuniam os clubes de cada país com bom desempenho no ano anterior, não havia um critério técnico para a definição dos envolvidos na disputa: entravam os 20 principais clubes de Brasil, Argentina, Uruguay, Paraguay e Chile (daí o Mercosul). Os demais países da América do Sul (Colômbia, Peru, Equador, Bolívia e Venezuela) e mais alguns convidados das Américas Central e do Norte (Costa Rica, México e EUA) disputavam a Copa Merconorte.

Naquele 1998, o Brasil foi representado por Palmeiras/SP, SCCP/SP, SPFC/SP, Flamengo/RJ, Vasco/RJ, Cruzeiro/MG e Grêmio/RS. A Argentina se fez presente com os cinco grandes (Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo) e mais o Vélez. O Chile entrou com três times, e Paraguay e Uruguay, com outros dois cada.

Os 20 gigantes do continente foram divididos em cinco grupos de quatro, com disputa interna em turno e returno. Avançaram os cinco campeões de cada chave e mais os três melhores segundos colocados. O sistema de disputa foi preservado nas quatro solitárias edições da Copa Mercosul - apenas com a alteração de alguns participantes.

1ª fase 
Palmeiras 2-1 Independiente/ARG
Nacional/URU 0-5 Palmeiras
Universidad de Chile/CHI 1-2 Palmeiras
Independiente/ARG 0-3 Palmeiras
Palmeiras 3-1 Nacional/URU
Palmeiras 1-0 Universidad de Chile/CHI

Quartas
Palmeiras 3-1 Boca Juniors/ARG
Boca Juniors/ARG 1-1 Palmeiras

Semifinal 
Palmeiras 2-0 Olimpia/PAR
Olimpia/PAR 0-1 Palmeiras

Final 
Cruzeiro/BRA 2-1 Palmeiras
Palmeiras 3-1 Cruzeiro/BRA
Palmeiras 1-0 Cruzeiro/BRA

Time-base: Velloso; Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Roque Jr., Rogério, Alex e Zinho; Paulo Nunes e Oséas. Luiz Felipe Scolari.

O Verdão passeou na primeira fase (seis vitórias em seis jogos) e depois eliminou Boca e Olimpia em La Bombonera e depois no Defensores del Chaco. A final, contra o Cruzeiro, previa um playoff em três jogos: o alviverde sofreu sua primeira (e única) derrota no Mineirão, mas venceu os dois jogos seguintes no Palestra (nos dias 26 e 30 de dezembro daquele ano) para chegar ao título da Mercosul. Foram sete vitórias em sete duelos como mandante. Desses jogos todos, eu destaco, é claro, o gol de Arce na final - que pode também ser conferida na íntegra:




COPA LIBERTADORES/1999

Foi a última edição com apenas dois clubes de cada país – e, como era usual, eles disputavam o mesmo grupo contra agremiações conterrâneas (no caso, do Paraguay). O Vasco, terceiro brasileiro nesta edição, entrou já nas oitavas-de-final devido ao título de 1998.

1ª fase 
Palmeiras 1-0 SCCP/BRA
Cerro Porteño/PAR 2-5 Palmeiras
Olimpia/PAR 4-2 Palmeiras
Palmeiras 1-1 Olimpia/PAR
SCCP/BRA 2-1 Palmeiras
Palmeiras 2-1 Cerro Porteño/PAR

Oitavas
Palmeiras 1-1 Vasco/BRA
Vasco/BRA 2-4 Palmeiras

Quartas
Palmeiras 2-0 SCCP/BRA
SCCP/BRA 2(2)-0(4) Palmeiras

Semifinal
River Plate/ARG 1-0 Palmeiras
Palmeiras 3-0 River Plate/ARG

Final 
Deportivo Cali/COL 1-0 Palmeiras
Palmeiras 2(4)-1(3) Deportivo Cali/COL

Time-base: Marcos (Velloso); Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Sampaio (Galeano), Roque Jr. (Rogério), Alex e Zinho; Paulo Nunes e Oséas (Evair). Luiz Felipe Scolari.

Falar sobre esta trajetória é até meio clichê, tamanha é a estima que temos por estes 14 jogos - apesar das cinco derrotas. Da arrancada com gol de Arce contra o SCCP até o pênalti de Zapata, o palmeirense sofreu na medida exata, uma vez que as derrotas em solo estrangeiro eram compensadas com vitórias precisas no Palestra (ou no Morumbi). Merecem destaque especial os 4-2 no Vasco em São Januário (depois de um tropeço em casa), com atuações monstruosas de Arce e Alex; os dois confrontos contra o SCCP com decisão nos pênaltis, os 3-0 no River e, claro, a partida final. Disso tudo, vou recomendar o vídeo do triunfo contra o River, quando o Palmeiras se impôs como poucas vezes já fizera:




COPA MERCOSUL/1999

A mesma fórmula do ano anterior, mas agora repetindo o esquema que prevaleceu na Libertadores por muito tempo, com duplas de dois países em uma mesma chave.

1ª fase 
River Plate/ARG 3-3 Palmeiras
Palmeiras 7-0 Racing Club/ARG
Palmeiras 2-2 Cruzeiro/BRA
Palmeiras 3-0 River Plate/ARG
Racing Club/ARG 2-4 Palmeiras
Cruzeiro/BRA 3-0 Palmeiras

Quartas
Palmeiras 7-3 Cruzeiro/BRA
Cruzeiro/BRA 2-0 Palmeiras

Semifinal
San Lorenzo/ARG 1-0 Palmeiras
Palmeiras 3-0 San Lorenzo/ARG

Final
Flamengo/BRA 4-3 Palmeiras
Palmeiras 3-3 Flamengo/BRA

Time-base: Marcos; Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Sampaio, Rogério, Alex e Zinho; Paulo Nunes e Oséas (Evair). Luiz Felipe Scolari.

Avançaram para a fase seguinte o Cruzeiro (16) e o Palmeiras (11). O Racing fez a pior campanha de sua história, com seis derrotas e 22 gols sofridos. Quis o destino que enfrentássemos logo o Cruzeiro, e um 7-3 em uma sexta-feira à noite no Palestra definiu a passagem para a semifinal. Diante do San Lorenzo, os dois jogos foram separados exatamente pela viagem até Tóquio, onde o Palmeiras disputou o Mundial de Clubes. Na final, um empate roubado nos minutos finais decretou a impossibilidade de o título ser decidido em um terceiro duelo. Em 12 jogos, foram 35 gols a favor e 23 contra (média de quase cinco por partida).

Eu deveria indicar o vídeo dos 3-0 sobre o San Lorenzo, até pela demonstração de carinho da torcida, mas não consigo deixar de destacar os 7-3 sobre os mineiros:




COPA LIBERTADORES/2000

Coube ao Palmeiras estrear o formato em que o campeão do ano anterior não tinha qualquer privilégio – e precisava disputar a fase de grupos. Com número variável de clubes por país (o Brasil preencheu suas quatro vagas com Palmeiras, SCCP/SP, Atlético/MG e Juventude/RS), a Libertadores passou a ter um novo regulamento.

1ª fase
Palmeiras 4-0 The Strongest/BOL
El Nacional/EQU 3-1 Palmeiras
Palmeiras 3-1 Juventude/BRA
The Strongest/BOL 4-2 Palmeiras
Palmeiras 4-1 El Nacional/EQU
Juventude/BRA 2-2 Palmeiras

Oitavas 
Peñarol/URU 2-0 Palmeiras
Palmeiras 3(3)-1(2) Peñarol/URU

Quartas 
Atlas/MEX 0-2 Palmeiras
Palmeiras 3-2 Atlas/MEX

Semifinal 
SCCP/BRA 4-3 Palmeiras
Palmeiras 3(5)-2(4) SCCP/BRA

Final 
Boca Juniors/ARG 2-2 Palmeiras
Palmeiras 0(2)-0(4) Boca Juniors/ARG

Time-base: Marcos; Arce, Argel, Roque Jr. e Júnior; Sampaio, Rogério, Galeano e Alex; Euller (Asprilla) e Pena (Marcelo Ramos). Luiz Felipe Scolari.

O Verdão passou pela primeira fase com uma campanha das mais irregulares, vencendo todos os duelos em casa por goleada e penando fora (incluindo uma recepção um tanto inamistosa em La Paz). Nas oitavas, contra o Peñarol, um duelo memorável – o vídeo será destacado a seguir. Depois, duas vitórias contra o mexicano Atlas, a épica batalha contra o SCCP, Marcos x Marcelinho e, por fim, o vice contra o Boca diante de 72 mil pessoas no Morumbi.




COPA MERCOSUL/2000

A mesma fórmula, apenas com a alteração de alguns clubes (os piores colocados de cada país foram substituídos por outros times).

1ª fase
Palmeiras 1-1 Universidad Católica/CHI
Independiente/ARG 1-2 Palmeiras
Palmeiras 0-2 Cruzeiro/BRA
Universidad Católica/CHI 1-3 Palmeiras
Palmeiras 2-0 Independiente/ARG
Cruzeiro/BRA 0-0 Palmeiras

Quartas 
Palmeiras 3-2 Cruzeiro/BRA
Cruzeiro/BRA 1-2 Palmeiras

Semifinal 
Palmeiras 4-1 Atlético/MG
Atlético/MG 0-2 Palmeiras

Final 
Vasco/BRA 2-0 Palmeiras
Palmeiras 1-0 Vasco/BRA
Palmeiras 3-4 Vasco/BRA

Time-base: Sérgio; Arce, Paulo Turra, Galeano e Tiago; Fernando, Galeano, Magrão e Juninho; Basílio e Tuta. Marco Aurélio.

Já sem Scolari, com um time horrível e em uma temporada de enorme superação, eis que tivemos o Cruzeiro novamente pela frente. Na fase de grupos, um tropeço em casa contra os mineiros (0-2) nos fez temer pelo pior, mas duas vitórias no returno e mais um empate sem gols no Mineirão bastaram para o Palmeiras avançar e pegar – novamente! – o Cruzeiro. Aí foi ainda mais fácil do que um ano antes: duas vitórias, cá e lá. Na semifinal, um 4-1 contra o Galo no jogo de ida (vídeo abaixo) fez o 2-0 em BH parecer quase um amistoso. Até que a final contra um Vasco que era muito superior colocou aquele time de Marco Aurélio no lugar: depois de uma derrota em São Januário e da reversão do resultado com um gol solitário de Nenem, o Palmeiras conseguiu ser a vítima de uma virada inacreditável – não vou entrar nos detalhes.




LIBERTADORES/2001

Seguimos com o mesmo regulamento do ano anterior. O Brasil foi representado por Palmeiras, Cruzeiro/MG, Vasco/RJ e São Caetano/SP.

1ª fase
Palmeiras 2-1 Universidad de Chile/CHI
Sport Boys/PER 1-4 Palmeiras
Cerro Porteño/PAR 0-0 Palmeiras
Palmeiras 3-0 Sport Boys/PER
Universidad de Chile/CHI 1-2 Palmeiras
Palmeiras 5-2 Cerro Porteño/PAR

Oitavas
São Caetano/BRA 1-0 Palmeiras
Palmeiras 1(5)-0(3) São Caetano/BRA

Quartas
Palmeiras 3-3 Cruzeiro/BRA
Cruzeiro/BRA 2(3)-2(4) Palmeiras

Semifinal
Boca Juniors/ARG 2-2 Palmeiras
Palmeiras 2(2)-2(3) Boca Juniors/ARG

Time-base: Marcos; Daniel, Alexandre, Leonardo e Felipe; Fernando (Magrão), Galeano, Alex e Lopes; Basilio (Muñoz) e Fábio Jr. (Tuta). Celso Roth.

À exceção do peruano Sport Boys, os adversários não eram assim tão fracos, mas o Palmeiras cravou uma campanha impecável na primeira fase: 16 pontos em 18 possíveis, com 16 gols pró e 5 contra. Em contrapartida, a equipe comandada por Celso Roth tropeçava vergonhosamente no Paulistão. Nas oitavas da Libertadores, um duríssimo duelo contra o São Caetano, com mais de 20 mil pagantes no Anacleto Campanella e uma vitória suada no Palestra: gol de Muñoz já no final e São Marcos nos salvando nas penalidades. Nas quartas, não poderia ser outro adversário: o Cruzeiro tinha muito mais time e decidia em casa. Para piorar, igualdade em 3 gols no Palestra (todos os gols de Lopes, com o alviverde sempre correndo atrás do marcador); em Belo Horizonte, diante de mais de 70 mil pessoas, o Verdão saiu atrás, empatou, tomou o segundo e foi buscar o empate já nos últimos instantes. Nos pênaltis, depois de uma série interminável, São Marcos e a sorte nos carregaram à semifinal. Contra o Boca. E aí, senhores, não havia sorte que pudesse compensar os assaltos de que fomos vítimas em Buenos Aires e depois em SP.

Destes todos, eu não posso deixar de colocar em evidência o post do triunfo nos pênaltis no Mineirão. O vídeo abaixo é mais do que necessário, mas, para quem se interessar, fica aqui a indicação de um post exclusivo sobre este jogo e sobre a Libertadores/2001.



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Isso posto, gostaria apenas de trazer à tona alguns números:

Campanha somada (da Mercosul/1998 à Libertadores/2001)

TOTAL
78 jogos
43 vitórias
17 empates
18 derrotas
168 gols pró
103 gols contra

EM CASA
40 jogos
30 vitórias
8 empates
2 derrotas
102 gols pró
42 gols contra

FORA
38 jogos
13 vitórias
9 empates
16 derrotas
66 gols pró
61 gols contra

Os números gerais são bastante favoráveis (43 vitórias, 17 empates e 18 derrotas e média superior a dois gols por jogo), mas o que impressiona mesmo é o desempenho em casa (quase sempre no Palestra e algumas poucas vezes no Morumbi). Notem que foram 30 vitórias e 8 empates em 40 jogos, sendo que as duas únicas derrotas aconteceram em uma mesma edição, a Mercosul de 2000, para times brasileiros (um inconsequente 0-2 para o Cruzeiro na primeira fase e a incrível virada do Vasco na final).

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Por fim, e ampliando um pouco o olhar, vamos nos concentrar na profusão de mata-matas envolvendo Palmeiras e Cruzeiro entre 1998 e 2001. Vejam os senhores que o Palmeiras eliminou os mineiros em três edições seguidas da Copa Mercosul (1998-1999-2000) e completou o serviço na Libertadores de 2001 - quase sempre decidindo fora de casa. Como se não bastasse isso, tivemos ainda a Copa do Brasil/1998 e mais a Copa dos Campeões/2000. Foram seis classificações do alviverde contra apenas uma, injusta e bastante questionável, do time mineiro: o Brasileiro/1998. Segue:

Copa do Brasil/1998
Cruzeiro/MG 1-0 Palmeiras
Palmeiras 2-0 Cruzeiro/MG

Campeonato Brasileiro/1998
Cruzeiro/MG 2-1 Palmeiras
Palmeiras 2-1 Cruzeiro/MG
Palmeiras 2-3 Cruzeiro/MG

Copa Mercosul/1998
Cruzeiro/BRA 2-1 Palmeiras
Palmeiras 3-1 Cruzeiro/BRA
Palmeiras 1-0 Cruzeiro/BRA

Copa Mercosul/1999
Palmeiras 7-3 Cruzeiro/BRA
Cruzeiro/BRA 2-0 Palmeiras

Copa dos Campeões/2000
Palmeiras 3-1 Cruzeiro/MG
Cruzeiro/MG 1-1 Palmeiras

Copa Mercosul/2000
Palmeiras 3-2 Cruzeiro/BRA
Cruzeiro/BRA 1-2 Palmeiras

Copa Libertadores/2001
Palmeiras 3-3 Cruzeiro/BRA
Cruzeiro/BRA 2(3)-2(4) Palmeiras

11 comentários:

Unknown disse...

Sera possível termos este time de merda vestindo a camisa alviverde, tendo capítulos de vexame, a cada competição sem sermos agraciados com um plantel que honre a Historia alviverde?

Unknown disse...

Toda vez que se exigiu durante o ano que o técnico mostrasse seu valor e aptidão ele falhou. Toda vez que a torcida (PRINCIPALMENTE A DE FORA DE SÃO PAULO) esperou algo a mais o time não correspondeu e falhou. O que adianta ter o grupo fechado com o técnico se ele não sabe nem ao menos comanda-los?
Não me venham colocar a culpa no PN, porque esse fraco técnico é o que resta pro ano que vem infelizmente.

lucas disse...

Barneschi eu tenho a impressão que os torneio sul-americanos perderam um pouco daquele clima de guerra que tinha algum tempo atrás , e as equipes estrangeiras não parecem tao fortes como antes .

Waldemar disse...

Caro Barneschi,

Uma correção: na Mercosul de 98, semi-final, o Palestra ganhou do Olimpia por 1x0 no Defensores del Chaco.

Aproveitando o gancho do Lucas, dos jogos com clima de guerra eu me lembro de três disputados fora de casa:

- a mencionada semi-final no Defensores del Chaco em 98 contra o Olímpia, com pedradas que fizeram o árbitro encerrar o jogo mais cedo;

- a finalíssima da Libertadores de 99 em Cali, com Felipão dando entrevista e o policial levantando o escudo para evitar que o rojão lançado pelos colombianos atingisse Felipão e o entrevistador;

- a semi de 2001 contra o Boca em La Bombonera, com a torcida local arremessando tudo o que era coisa no jogador palmeirense que ia bater o escanteio.

Aqui no Brasil, a semi de 99 contra o River foi, na minha opinião, a mais legal, com participação ativa da torcida durante os 90 minutos, apoiando o Palestra e vaiando sem parar toda vez que o River estava com a posse de bola. Foi muito louco.

Barneschi,

Você já acompanhou o Palmeiras na Argentina? A polícia de lá faz um policiamento decente para a torcida visitante ou é complicado ser visitante em canchas portenhas?


alviverde inteiro disse...

e o post sobre o titulo da copa dos campeões???? estou esperando ate hoje, grato

César SEP disse...

Boa tarde a todos. Eu assumo: tenho muita inveja de quem viveu essa época intensamente na arquibancada. Vendo os confrontos ao longo do post, não dá nem para imaginar o Palmeiras de hoje atuando contra esses clubes. Porra, ganhamos do Independiente e do Racing lá na Argentina, além dos memoráveis confrontos contra os grandes da América Latina, como Peñarol, Cerro, Olímpia, River Plate, Vasco, Gambá (ambos brasileiros com excelentes times e craques) e contra o Boca, em uma época que o time xeneize era imbatível dentro de La Bombonera (o Palmeiras iria conseguir uma vitória mítica se o arbitro não tivesse roubado a gente).
Foram vários duelos inesquecíveis. Meu tio estava na final de 2000, e ele disse que um cara que estava na frente dele teve um enfarte na hora dos pênaltis, precisaram carregar o sujeito para fora rs.
Esse post é perfeito para lembrar como a SEP é um clube gigante, pois está cheio de nego que se contenta com título da Série B. Precisamos urgente voltar a disputar competições internacionais, para colocar o Palmeiras de novo no mapa.

Abraço

Matheus Pacaterra disse...

Barneschi, e agora os rumores que o jogo de sábado pode ser "vendido" para Campo Grande?

Unknown disse...

Que Aula , Que nostalgia !

Essa explanação me traz lembranças de toda minha infância,(tinha de seis à nove anos na época) que era totalmente dedicada a Futebol.

os Jornais Lance! que meu pai trazia diariamente e que eu devorava,as noites memoráveis em frente a Tv ,de Libertadores e Mercosul,

lembro com muita precisão das Libertadores 99/2000/2001 e da Mercosul 99/2000 (a 98 eu lembro apenas da Final)

Teve muitos fatos curiosos ,que vale a pena ser lembrado desses jogos.

* O jogo do Strongrest em 2000, que foi 4x0, São Marcos tomou um Cafézinho, e na volta os Bolivianos , ganharam por 4x2 , e em um dos gols ,comemorou tomando café

* Como foi chorado aquele gol do River na semi de 99 e que atuação magistral do Alex na volta

* Nos dois maiores titulos conquistado na década de 90 (Paulista 93 e Libertadores 99).
Evair deixou o seu de pênalti, calmamente ,friamente e como foi injusta a sua expulsão naquela partida

* Que Massacre no Racing 7x0 ,
mas melhor que esse resultado ,
foi a humilhação imposta aos Marias e seu goleiro MAIZENA , um magico 7x3

*Maldito Cordoba , Maldito Riquelme , Maldito Ubaldo Aquino

* São Marcos ,eterno , que atuação contra o Cruzeiro na Libertadores 2001

* Se o Palmeiras ganha -se a semifinal do boca em 2001 , estaria automaticamente classificado para o Mundial ,pois a final seria contra um Mexicano , o Cruz Azul

* Um dos lances mais bonitos do jogo contra o Boca , foi um carrinho do zagueiro Alexandre ,que quando ele levanta , pisa na cabeça de um jogador do Boca , fora que tambem , nosso "amigo" Zeca urubu , invadiu o campo para bater no bandeirinha

e tantas outras coisas que lembro e relembro , foi uma época muito boa .

obrigado por fazer eu relembrar

SAuricchio disse...

Barneschi.
Então, na época com 30 anos, acompanhei todos os jogos da libertadores e alguns da Mercosul. O que me impressionava, que se tínhamos Oséas (o injustiçado), Alex, Junior, Paulo Nunes até o traíra do Rogério, tínhamos também: Argel, Neném, Galeano (o iluminado), Basílio, Lopes, Fábio Jr., etc. conseguíamos nos impor com autoridade em casa e fora, via de regra, no contra-ataque, sempre aterrorizávamos nossos oponentes.
Lembro muito bem dos 2 jogos contra o São Caetano, o do Peñarol. O que me irrita hoje em dia, é que times do mesmo nível técnico que o nosso: Goiás, Altético-PR, Vitória, ressalvando o nível de pressão que sofram, conseguem resultados e principalmente conseguem jogar bem. Esse Palmeiras do Kleina consegue ser bem pior do que aquele do Jair, do Estevão do Roth e assim por diante.....
O que o pessoal da Mancha pensa a respeito do gordinho gente boa simpático trabalhador ofendido e qualquer outro adjetivo que queiram, teremos um 2014 mediano, quase chegando: 4as no Paulistinha, 8as na Copa do Brasil, 14o no Brasileiro e via PN e Brunoro....

Raul Martins Dias disse...

Não tem nada a ver com o tópico, mas, contra o Ceará, o Palmeiras joga novamente no Mato Grosso do Sul. Dessa vez, na Capital do Estado. Parabéns aos envolvidos. Impressionante, não bastava o stjd nos tirar vários mandos de campo, o próprio Palmeiras "se tira" o mando agora.

Rodrigo Barneschi disse...

Waldemar
Obrigado, meu caro. Correção feita. Quanto ao policiamento na Argentina, a coisa lá é bem mais complicada e a polícia é um tanto melhor e mais inteligente do que a nossa - mas não resolve a situação, e os confrontos entre torcidas e policiais têm sido cada vez mais comuns. A diferença essencial para a torcida visitante por lá é que a polícia segura a torcida mandante ao final de cada jogo e escoa primeiro os visitantes.

Alviverde inteiro
Pague as mensalidades atrasadas da sua assinatura do blog e eu escrevo esse tal post que você tanto quer.