04 janeiro 2008

Mais sobre alma e elitização

O Fernando fez um comentário interessante no último post, e eu entendo que o assunto merece um debate maior. Vou colocar aqui alguns argumentos e depois o espaço fica aberto para opiniões contrárias ou a favor.

1. Admito que há um certo romantismo na nossa maneira de encarar as coisas. Por mais que sejamos todos jovens, gostamos do futebol como ele é tradicionalmente. Não dentro de campo, com viadagens de jogo bonito e tal ou com saudosismos babacas do tipo "não se fazem mais jogadores como antigamente", mas da forma como ele se consagrou do lado de fora: um esporte popular;

2. De acordo com este princípio, qualquer tentativa de elitização deve ser combatida;

3. Concordo que os clubes precisam ganhar dinheiro. Portanto, devem vender camisetas, bonés, chaveiros, mochilas, cadernos, kits, DVDs, o escambau. Qualquer iniciativa é válida, inclusive comercializar o gramado ou a rede do gol. E isso se aplica até mesmo a bichinhos de pelúcia. Se nego está disposto a pagar por isso e dar dinheiro para o clube, que assim seja. Para o clube e não para o camelô, como bem lembrado pelo Fernando. Até porque é uma boa maneira de o sujeito que não vai ao estádio contribuir financeiramente;

4. Aí alguém vai questionar: porra, se você admite a hipótese de vender bichinhos de pelúcia, por que sempre dá um jeito de alfinetar a iniciativa do SPFC? Pois bem, eu respondo: porque é tão grande a complacência da imprensa que eu me reservo o direito de não deixar passar em branco. Como foi uma idéia nascida no Morumbi as manchetes foram todas positivas, sempre na linha do "Visionários dirigentes do SPFC mantém a vanguarda com genial estratégia de marketing". Nunca se questiona nada que vem de lá. Se isso tivesse origem no Palestra Itália, no entanto, eu aposto que alguém encontraria algo pejorativo para usar no abre da matéria. Vejo algumas hipóteses: diriam que os bichinhos não teriam o selo de qualidade de alguma associação dos fabricantes de brinquedo ou que foram reprovados em testes do Inmetro; ou que o porquinho de pelúcia não teria as especificações características de um porco de verdade; ou que o preço de venda para o consumidor é abusivo; ou que as dimensões do símbolo do Palmeiras estariam em desacordo; ou qualquer merda do tipo. Fato é que a notícia não teria conotação positiva. Vide o exemplo do gramado do Palestra, cuja divulgação na imprensa veio com certo desdém, bem ao contrário do tratamento destinado aos revolucionários, modernos e exemplares dirigentes do nosso inimigo;

5. O debate não tem a ver com lucros sobre a paixão, mas sim com a manutenção da origem de todo este sentimento, que se dá não pela TV ou pela venda de produtos, mas no estádio. No cimento da arquibancada, para ser mais preciso;

6. Desta forma, me preocupa sobremaneira notar como se deu o processo na Inglaterra (e no restante da Europa), culminando com a exclusão das camadas populares e a transformação do esporte em um entretenimento para quem pode pagar muito alto. Um país como o Brasil não pode admitir isso;

7. Eu não quero meu time na "oitava divisão". Imagino que ninguém queira. Mas se este for o preço a pagar, que assim seja!

8. Alma não tem preço!

25 comentários:

Anônimo disse...

mano e esse elder granja??? o q vc acha do cara???

Craudio disse...

Eu não discordo nem de você e nem do Cesarotti. Camisas, bandeiras e afins são sim fontes de renda importantes para os clubes. Mas acho que o foco daquele texto era mais a elitização do que a comercialização da paixão. Se a paixão é comercializada, é porque ela existe.

Agora, os torcedores do carnê mais caros dificilmente são apaixonados pelo time. Podem ser, até certo ponto, fanáticos. Mas se o time deixasse de existir, isso não iria mudar o preço do brioche deles...

VIVA A ALMA E O RATO DO PACAEMBU!!! - coitado, deve estar sofrendo com as obras no melhor estádio do mundo...

Craudio disse...

Ah, e só para deixar claro: camisa, bandeira, chaveiro, essas coisas de gente decente, podem ser vendidas.

Agora, ursinho de pelúcia e Piu-Piu só merece ser execrado.

Como diria o sumido Avallone (como faz falta o lendário), "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".

Rodrigo Barneschi disse...

Velho, eu nunca vi esse Granja jogar. Sei lá o que vai ser.

E viva o rato do Pacaembu!

Viva o Pacaembu, por sinal!

Anônimo disse...

HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA...... MTO BOA ESSA DOS PORCOS DE PELUCIA..... PIOR QUE IA SR ASSIM MESMO..... IMPRENSA SUJA!!!!!!!!!!!

Fernando Cesarotti disse...

O Granja eu já cornetei. E acho que, no fundo, minhas idéias não são tão dissonantes assim. O que eu vejo um pouco é um certo preconceito esquerdista-chulo no sentido de que os "ricos" não "amam" ou por aí vai, visto que eu conheço palmeirenses e corintianos fanáticos em todas as classes sociais. Então eu acho que o clube deve investir em todos, no povão e no ricaço, que é o cara de quem dá pra arrancar mais dinheiro.
Sinceramente, não vejo esse risco de elitização tão grande por aqui. As tentativas nesse sentido, como no caso da Brisa, foram rechaçadas. Sou a favor do setor Visa custando 50, 60, até 100 paus se for o caso, e da curva atrás do gol e da bandeirinha de escanteio custar 10 reais - e confesso que adoraria demolir aquela piscina pra fechar o anel e ter duas curvas. E acho que os cartolas aqui são mais maleáveis nesse sentido, sabendo que, a 100 reais, não enchem o estádio.

Fernando Cesarotti disse...

Agora, uma coisa: nós temos 25, 30 anos. Queria saber se vocês, com 40 ou 50, continuarão tendo o mesmo pique de encarar sol na cachola, chuva e cimento duro pra ver um time de bosta ou meia-boca.
Provocação de leve: o Rodrigo fala que não quer que o filho o veja como exótico, mas será que, quando tiver 40 anos e o moleque 10, vai ter pique, coragem, saco ou tudo isso junto pra levar o moleque no meio dos Manchas?

Rodrigo Barneschi disse...

Longe de mim ser esquerdista; o japonês que o diga.

Pode até rolar um certo preconceito, mas o fato é que o futebol é esporte do povo, para as massas, e não um produto para as elites.

Não sei dizer como se dará esse processo por aqui, mas mantenho a mesma posição contrária.

Pra finalizar, devo dizer que a provocação foi muito boa. É claro que eu não posso hoje afirmar como será o meu comportamento daqui a 20 ou 25 anos. Seria pretensão demais. Mas é fato que eu continuarei sempre na arquibancada, de pé, tomando sol e chuva.

Aos que quiserem pagar mais por conforto, ok. Mas que isso não signifique excluir o povo do futebol.

E, se possível, transmitirei isso ao meu filho. Isso, é claro, se o passar dos anos permitir.

Abraços

Anônimo disse...

Embora o seu posicionamento não seja totalmente "contra" ao que preconiza o fernando, Rodrigo, vejo que, para efeito da discussão, as posições de vcs dois são bastante distintas.

Daí, devo concordar inteiramente com o Fernando.

Primeiramente, com relação às receitas: deixem-me contar primeiro uma história: meu pai, depois de algumas vezes vice, foi presidente do Uberlândia Esporte em 78/79.

na ocasião, 2 torcedores fanáticos do Uberlândia Esporte (UEC, doravante, pra facilitar) e não menos fanáticos torcedores do sccp (talvez vcs. não entendam, mas aqui no interior - buraco, tribo indígena para alguns - a maioria dos fanáticos por futebol torce para o time local, loucamente, e não menos loucamente para um grande, dos 13) fizeram ao meu pai a seguinte proposta:

"__traga o sccp para um amistoso".

meu pai:

"___ vixe, não. é muito caro. e o risco é enorme".

daí os caras proposeram:

"___ dê-nos uma 'carta branca' para irmos a são paulo e negociarmos o amistoso. E mais: se der lucro, o lucro fica para o UEC. Se der prejuízo, bancamos a diferença."

Meu pai os autorizou.

Foram a SP, marcaram o amistoso. O sccp veio.

final da história: o estádio lotou. Pagas foram as despesas e o lucro (só daquele amistoso) deu pra tocar o time por quase 01 ano (só para se ter uma idéia, tinhamos no elenco dirceu lopes e outras estrelas).

Hoje: esse amistoso seria um fiasco de público e renda. Aliás, não só pelo fato do sccp estar em baixa. Pode ser com o Vasco, com o Cruzeiro, Flamengo ou strass purpurina..

Os conceitos mudaram, galera.

também peguei uma época romântica do futebol, até mais do que vc., rodrigo, pelas nossas idades. Se eu mexer nos meus guardados por aqui encontrarei minha coleção de figurinhas do brasileirão de 80, que vinha no chiclete ploc.

Poxa, as figurinhas cheiravam o chiclete. Meu pedido de presente de natal para o meu avô foi: uma chuteira de jogador, um calção de jogador, uma camisa de jogador. Ah!, vô, uma cueca de jogador também! Todos do Palmeiras!!!! E mais: eu dormia (literalmente) com minha bola de capotão. Naquela época, 9 em cada 10 moleques pensavam assim.

Hoje, 1 em cada 100 moleques pensa e age assim.

Por isso, DEFENDO a televisão, sem falso-esquerdismo (o que nunca foi o seu caso, diga-se de passagem. Caso eu pensasse isso do amigo, sequer eu o leria, todos os dias). É a televisão, hoje, A, eu disse A receita do meu time de coração.

Por isso DEFENSO a majoração do preço do ingresso em alguns setores sim. E, por estar com 36 anos e pai de 2 criancinhas, apesar de não deixar de ir ao estádio, quero SEGURANÇA e CONFORTO sim. Aliás, exijo. Mas não as encontro...

Nos idos de 40, os jogadores jogavam com touca. Nos idos de 70, 80, já não usavam mais. Não por isso o futebol daquela época era "melhor" ou "pior" ou "mais romântico" ou "menos romântico" do que na indigitada década. Apenas mudou. Mudaram os conceitos.

Assim como mudaram os conceitos do futebol das décadas de 70, 80 para o de hoje. A vida é assim mesmo.. E isso não é conformismo, é apenas uma constatação de que as coisas, se não "evoluem", pelo menos, "mudam". E mudam mesmo.

O "negócio" é nós nos adequarmos à nova realidade e tentarmos dela tirar o que há de melhor. E com ela, quiçá, também mudarmos.

Porra, mas que dá uma saudade daquelas, dá.

Jà chorei vendo gol do Roberto Dinamite, já chorei vendo gol do Zico. Eu estava no maracanã, na torcida do botafogo, naquela ocasião que o Maurício fez o gol do título.. Já abracei o Toninho Cerezo. Enfim, é um tempo bom, que não volta nunca mais. Fato.

Mas estou atento à realidade. Pelo menos acho que estou.

abraços verdes,

Luiz, Uberlândia

Anônimo disse...

Pq os corinthianos não vão deixar seus comentários em blogs do seu time???
Entrar nesse blog, ver esses textos sobre o futebol é maravilhoso. Aqui vc encontra pessoas que pensam igual a você. Mas, daí, ver comentários ofensivos de corinthianos aos Palmeirense, é de fuder hein Rodrigo!!!
Porra, no seu perfil tem a frase: "Amor eterno e extremista ao Palestra Itália", então o mínimo que quero encontrar no seu blog é respeito pelo Palmeiras e pelos Palmeirenses.

Aqui é Palmeiras!!!

Rodrigo Barneschi disse...

Giovanni:
Mas, cara, quem é que fez comentários ofensivos ao Palmeiras? Não tem nada disso. E o teu irmão, não vai parar de treinar aí no Guarujá? Depois vou ligar pra ele de novo...

Luiz Uberlândia: faz muito sentido o que você diz, cara. Concordo com parte dos seus argumentos, mas o meu problema todo é que a TV não paga o suficiente para fazer o que faz. Nada compensa essas mudanças de horário repentinas, esta inversão de valores, esta tentativa nociva de afastar o público dos estádos. Se eles pagassem e se contentassem com os milhões que ficam em casa para ver os jogos, ok. Mas o problema é que eles querem retirar da arquibancada os poucos que restam (faça as contas do que significa um Jd. Leonor lotado diante da população da capital paulista, por exemplo)! E o pior de tudo: esse dinheiro que é pago pela TV é muito pouco diante do benefício que ela tem. A Globo fez os clube de reféns e agora paga o quanto quer (ou seja, pouco). O que ela ganha com publicidade faz da verba de TV uma ninharia. E os clubes vivem em constante crise financeira. Repito: a Globo é o câncer do futebol brasileiro.

Abraços

Anônimo disse...

acho que da pra conciliar tudo mano.. da pra ganhar dinheiro vendendo essas paradas pra montar um time bom mas sem deixar o torcedor fora do estadio.

Anônimo disse...

Rodrigo,

sei que não posso ser tão simplista assim, mas: se eu te alugo um apartamento de minha propriedade por R$ 1.500 por mês, sabendo que o referido imóvel valha R$ 10.000 mês; a culpa não é sua.

Aliás, simplicidade sim, talvez, s fórmula da coisa... Se estão vendendo nossa marca de forma muito barata (Palmeiras: R$ 21 milhões de reais, neste ano, por parte da TV), quem está errado somos nós mesmos, que elegemos o conselho e este quem elege a diretoria executiva, esta que negocia com a rede globo. E não a globo!, que quer pagar é barato mesmo, já que é uma empresa que visa o lucro, medida absolutamente legal e legítima num país capitalista.

Sinceramente, penso que, se não fosse pela receita da televisão e a própria divulgação que ela dá ao Palmeiras e mesmo ao Flamengo e ao spfc, talvez hoje o futebol brasileiro estaria pequeno, como o uruguaio, que até tem bons talentos, torcidas fanáticas, etc., mas se apequenou de uma forma assustadora e praticamente irreversível.

abraços verdes,

(para finalizar, quero mais uma vez te parabenizar por ter fomentado mais uma discussão importante, de alto nível e que nos faz pensar, realmente, onde possa parar o nosso futebol brasileiro, cada qual, claro, com a sua visão)

Luiz, Uberlândia.

"Obrigado Senhor por nos conceder, o Verde que nos faz viver" (Luigi)

Anônimo disse...

Boa madrugada!
Interessante suas observações quanto a 'elitização' do futebol. Mas, infelizmente, não é esse o ponto, tenho quase 40 anos, freqüento estádios desde 1975, no ombro do meu pai, vi o gol do Jorge Mendonça no XV de Piracicaba no Palestra. Já fui ao estádio de ônibus, a pé, de carona, etc. O problema, é que nesses 33 anos de Palestra, Pacaembú e Bambi Treme Treme, já vi muita merda, perdoe-me pela palavra, vi neguinho apanhando covardemente de 50 caras da independente no largo do paisandu, detalhe o jogo nem era nós contra os rosinhas. Esse é o cara que eles querem afastar, o covarde que ajunta com outros covardes para despejar sua frustação, você me desculpa, mas esse infeliz não tem alma, é um filho da puta mesmo. São esses os alvos da 'elitização'. O pessoal da Mancha, da TUP, a gambazada da Gaviões, os bandidos da Jovem(Velha) do Santos e principalmente os marginais homossexuais da Independente já fizeram muita bosta, mas bosta mesmo, batendo em crianças e zoando mulheres, repito, isso não é alma, é arruaça! Feliz Verde 2008 e parabéns pelo espaço que eu não conhecia.

Rodrigo Barneschi disse...

Porco louco verde::
Seja bem-vindo, cara. Todas as opiniões são válidas. E eu concordo com a sua observação, mas é fato que o desejo desta gente não é afastar apenas o mau torcedor (o cara que vai só para brigar), mas também o cara que gosta de ficar na arquibancada para apoiar o time em qualquer momento. Não é isso que eles querem; o que eles querem é o sujeito que vai lá ficar comportado. Em compensação, esse cara, cheio da grana, vai pagar uma fortuna pelo ingresso e mais dinheiro ainda por comidas, produtos do clube etc. Nada contra a existência desse cara, mas é fato que o torcedor de verdade não pode acabar. Enfim, é uma discussão não tem fim. Obrigado pela audiência e pela colaboração. Abraços


Luiz Uberlândia:
Meu caro, antes as coisas fossem simples assim, na base da lei da oferta e da procura. É evidente que muito da culpa pelos baixos valores é dos próprios clubes, comprometidos que estão com toda a estrutura sórdida do nosso futebol.

É fato, por exemplo, que a emissora do bispo oferece uma quantia muito superior para ficar com os direitos de transmissão, mas isso sequer é levado a debate porque os dirigentes todos têm rabo preso com a emissora câncer. Isso vem de décadas e não pode se mudar de uma hora para a outra.

Em relação à eleição dos dirigentes e dos representantes do Conselho, infelizmente a grande massa pode fazer pouco. Os colégios eleitorais de todos os clubes são bastante reduzidos, o que proporciona este cenário atual.

Quanto ao Uruguai, eu entendo que não se pode levar a sério um país que tem população inferior à da zona leste. Portanto, não dá para comparar.

E eu é que devo agradecer pela participação de sempre e pelos debates.

Abraços

Anônimo disse...

barney,
sinceramente faz tempo que não leio os comentarios ou o blog (to sem net)...
ms, um coisa devo dizer... sem os bambis arruceiros e sem jogos durante algumas semanas, o nivel dos comentarios subiu muito ( e a ausenci do luigi nada tem com isso...)
enfim, assim que a minha net voltar me estendo mais na questão da elitização do futebol...
abraços a todos...
e AQUI É PALESTRA PORRA!!!

Rodrigo Barneschi disse...

Ainda acho que os comentários de Luydy, o bárbaro, fazem falta.

Rodrigo disse...

Sobre Luydy, O Rebatedor, só tenho a dizer uma coisa: o radicalismo é de família...

Na minha opinião, é possível que o que resta de alma no futebol sobreviva se os torcedores, aqueles que amam seu time de verdade, souberem se adaptar à realidade atual e preservar seus valores.

Creio que discutir a entrada do mkt no futebol, as cotas de TV, as pelúcias etc, é algo muito justo. E necessário.

No fundo, contudo, acho que outra discussão que deve ser feita é sobre maneiras de mantermos a nossa alma de torcedor viva. Como nos adaptarmos à realidade, como transmitirmos esse sentimento pras gerações futuras. Acho que, independentemente das mudanças que o futebol possa vir a sofrer, manter sua alma, seu apelo, depende apenas de nós torcedores.

Abs

ps: o nome do blog tá mais pra slogan de SporTV, ESPN, Premiere e por aí vai.... Daqui a pouco o Barney lança o PPV do blog, algo do tipo "receba as novidades do Forza Palestra em primeira mão, no conforto da sua casa..."...é o marketing...

Craudio disse...

O Luydy vai treinar e manda a família pra substituir aqui... Só uma coisa pro menino da gastrite e da gola rolê: nenhum corinthiano que escreve aqui jamais desrespeitou o porco (e a recíproca NÃO é verdadeira). O fato é que a família Pacífico só vem aqui mesmo para tumultuar e acabar com boas discussões, o que é muito triste.

Sobre o que disse o Luiz Uberlândia, sim, os tempos são outros. Mas pensemos pelo lado inverso. Por que será que os moleques de hoje não vêem o futebol como a gente? Eu atribuo isso a já atuante elitização.

Rodrigo disse...

E nada me tira da cabeça que aquele "Parmera" não passava de um alter-ego (tem hífen?) do Luydy, uma versão um pouco mais radical (é possível?)...

Anônimo disse...

Mesmo entre os que se dizem "apaixonados" por determinada agremiação, poucos são os que conservam intacta a Alma.
São os que compreendem a essência do artigo oitavo deste post.

O mau torcedor, inegavelmente, é o mau cidadão. Mas ele não se define apenas pela violência, ou pelo banditismo, ou por qualquer adjetivo de escumalha que o valha.

Ele se define primordialmente pela ausência de qualquer noção de boa atitude, no caso do torcedor, por exemplo, cantar sem parar e apoiar seu clube em qualquer condição (independentemente de posição politiqueira e afins), e não se deixar levar pelo comodismo, pela mercadologização, no caso do cidadão.

Alma não tem preço.
Não se vende.
E nos leva para além do que se nos apresenta.

Minha Vó, Palestrina dos primórdios, já na década de 70 ficava puta da vida com torcedor acomodado. Isso porque eram outros os tempos...

A verdade é que o que mudou foi a flexibilização assustadora, por parte da grande maioria, do artigo oitavo deste post.

Diante desse quadro fica facílimo elitizar não só o futebol.
Afinal, a sociedade é constituída por anticidadãos...

Rodrigo Barneschi disse...

Deixo aqui apenas mais um argumento como subsídio para toda essa discussão. A FSP de hoje apresenta uma reportagem sobre o valor de mercado do SCCP. Entre outras coisas, fala sobre a relação custo-benefício da empresa que patrocinava os caras:

Patrocinador paga só 10% da exposição
DA REPORTAGEM LOCAL

A exposição do Corinthians ajudou bastante as marcas de seus patrocinadores a ficarem em evidência no ano passado.
Segundo o estudo da Informídia, os espaços ocupados na mídia pela Samsung e pela Nike, principais patrocinadoras do clube no ano passado, equivalem, somados, a quase R$ 162 milhões.
De janeiro a outubro, a empresa de produtos eletrônicos teve 81.337 aparições de sua marca ligada ao Corinthians em TVs e jornais. Isso corresponde a mais de R$ 86 milhões.
Por essa publicidade, a Samsung gastava cerca de US$ 6 milhões (aproximadamente R$ 10 milhões) ao patrocinar o clube.
Já a fabricante de materiais esportivos registra 78.889 exibições, em valor de exposição que supera os R$ 76 milhões.
O valor desembolsado pela Nike ao Corinthians é de R$ 5 milhões anuais mais R$ 1,8 milhão em material esportivo.
Ambas demonstram ter ficado muito satisfeitas com o custo-benefício de seus investimentos.
"Marketing esportivo é uma ferramenta muito interessante", disse Ricardo di Sora, gerente de marketing da Samsung, que rescindiu com o time do Parque São Jorge.
Em comunicado via assessoria de imprensa, a Nike se diz "satisfeita" e "reafirma compromisso de manter acordo" com o clube até 2009.
Os números de exposição do ano passado deixaram a Medial Saúde, novo patrocinador corintiano, ávida pelos resultados de 2008. "Temos certeza de ter iniciado uma parceria de sucesso e que nos trará resultados muito positivos", afirma o presidente da empresa, Luiz Kaufmann.0 (EAR E PGA)



Tenham certeza de uma coisa: o que a emissora câncer paga de direitos de transmissão para os clubes é pouco, muito pouco, diante do que ela obtem com as cotas de publicidade.

Vou pesquisar isso e volto ao tema.

Abraços

Anônimo disse...

feliz ano novo a todos, e feliz série B aos gambás fétidos!!!
e o melhor estádio do mundo é o Palestra Itália, o jardim suspenso, o Pacaembu até é simpático, mas prá ser o melhor, só mesmo na cabeça de gambá megalomaníaco que sempre acha tudo que é do lixo melhor que os outros.
E o Luidy não é nada meu, mas o admiro, ele não é e não suporta gambá maldito.
Tamso nessa Barney, 2008 será verde, e a série b tem um time que fez camisa em comemoração a ela.
"nunca vou te abandonar série B"
huhuahauahaha

Anônimo disse...

O cliente preferencial para as almofadas...

Anônimo disse...

serie b nelas!!!!!