26 abril 2010

Apoio incondicional

"Ah, não dá pra ter o Robert no ataque", "O Diego Souza não quer mais jogar", "O Zago não sabe mexer no time", "O Marcos já não é mais o mesmo", "O Cleiton Xavier tá sempre machucado", "O Armero não sabe cruzar", "O Pierre está em má fase", "Não temos atacante", "A diretoria é incompetente", "O Belluzzo foi uma decepção" etc. e tal e o escambau.

Já ouvi isso tudo nas últimas semanas, e concordo com quase todas as reclamações. Mas é chegado o momento de pontuar as coisas:

Eu não confio no time que aí está. Deve ser assim com quase todos os que me leem agora. Não confio na maior parte dos atletas, tampouco no técnico. Não confio na nossa diretoria, inapta, incompetente e incapaz de fazer o mínimo esforço para demonstrar respeito pelo torcedor do clube. E não confio sequer na trajetória que temos pela frente, pois ela é tão convidativa como outras tantas que já tivemos para então desperdiçar de maneira inexplicável. Mas isso tudo, cabe dizer, pouco importa. Porque só o que interessa agora é que estamos diante de possíveis seis batalhas até o título. É a camisa do Palmeiras que vai a campo, e é por ela que luta(re)mos. Portanto, deixemos de lado as críticas, as opiniões pessoais e especialmente toda a maldita ressaca de 2009. Se você não está a fim de apoiar ou se vai esperar o primeiro passe errado para protestar, faça um favor ao Palmeiras e à sua torcida: fique em casa na quinta-feira. Porque é isso aí o que temos, a batalha é com a gente e são essas as vitórias que podem encerrar de uma vez por todas tudo isso que nos tem atormentado nos últimos meses. É com a gente; é a hora do apoio incondicional. É o Palmeiras, porra! Contra tudo e contra todos, até contra nós mesmos.

***

"Febre de bola", páginas 122 e 124:

"O jogo com o Nottingham Forest, um sonolento empate em zero a zero num feriado que caiu numa sonolenta segunda-feira nublada, foi o último de Brady em Highbury; ele resolvera que seu futuro jazia no exterior, na Itália, e ficou lá por vários anos. Fui à sua despedida, e ele deu uma volta olímpica, triste e cadenciada, pelo campo com o resto do time. Bem lá no fundo ainda tinha esperança que ele mudasse de ideia, ou que o clube tomasse consciência do dano irreparável que causaria a si mesmo se permitisse que ele partisse. Houve gente dizendo que o problema era dinheiro, e que se o Arsenal abrisse a mão ele ficaria, mas preferi não acreditar nisso. Preferi acreditar que fora o apelo da Itália em si, sua cultura e seu estilo, que o atraíra, e que os prazeres paroquiais de Hertfordshire, Essex ou onde quer que ele morasse haviam acabado por enchê-lo de tédio existencial. Acima de tudo, sabia que ele não queria nos deixar, que estava arrasado, que nos adorava tanto quanto nós o adorávamos e que um dia voltaria.
(...)
... e quando o vimos novamente ele estava usando uma camisa do West Ham e enfiando um golaço no nosso goleiro John Lukic da entrada da área."

6 comentários:

FC disse...

Perfeito Barneschi.

Que fiquem em casa... e que nossa camisa faça o serviço.

Outra coisa, os respeitosos dirigentes de nosso amado clube continuam fazendo nada pelo mesmo, ótimo post o penúltimo.

Abraço,
FC

Daniel disse...

eh exatamente isso mano!!!! tem q apoiar
o tme eh uma merda mas eh ai q a torcida fz a diferenca

vvmaos meteer 2 x 0 na quinta

Anônimo disse...

obvio que temos que apoiar.....mas não acha que já passou da hora da mancha e a tup se unirem e cantarem a mesma coisa??? puta negocio chato cada uma cantar uma coisa.....
porcocareca

Rodrigo Barneschi disse...

É, tem isso também... mas é algo bem difícil de acontecer. Infelizmente.

Anônimo disse...

sei lá meu...não faço parte de nenhuma das duas torcidas.....mas costumo ir ao palestra com certa frequencia e acho tão pequeno cada torcida só pensar em suas musicas e não em apoiar o time.....a mancha canta o hino, a tup canta "e bebo todas que viiieer".....ai a tup canta o hino, e a mancha "não me canso de cantar...".... Po, fica mó negocio chato......obvio que a mancha canta mais forte, mas se todas cantassem juntas o grito ficaria muito mais forte e o caldeirão estaria pronto !!!
Será que não existe a mínima possíbilidade dos "cabeças" deixarem as picuinhas de lado e pensarem no Palestra ? Eu estando de fora acho que é tão fácil....mas não sei realmente!!!

abs,
porcocareca

Rodrigo Barneschi disse...

Cara, parece fácil resolver essa situação, mas não é. Eu já desisti de um dia ver essa harmonia na nossa torcida.