02 novembro 2010

O monopólio do sofrimento

Todo torcedor de futebol é, por definição, um sofredor. É uma condição prévia, cláusula essencial de um contrato invisível, e isso independe do time escolhido. Qualquer torcedor. Há, no entanto, quem queira deter o monopólio sobre o sofrimento. Refiro-me a nossos rivais da zona leste. É disso que vai tratar o post.

Vivemos o ano do centenário dos caras, e aí tudo parece ganhar uma proporção maior, fazendo com que nossos rivais se deixem levar por esse desejo voraz de tomar como exclusividade deles o que é na verdade a essência de qualquer torcedor. Deles também, é evidente, mas de todos os outros.

A verdade é que, com o passar dos anos, criou-se uma mística, também por necessidade mercadológica, de que tudo para o SCCP é mais difícil. No discurso inventado por eles, tudo é mais sofrido, mais tortuoso, mais complicado. E, claro, mais apaixonado, como se o sentimento deles pelo clube fosse maior que o dos rivais. Não é.

A imprensa tem lá sua culpa, é verdade, mas nada justifica a busca desenfreada pelo monopólio do sofrimento. A tentativa de fazer do torcedor alvinegro um ser diferenciado no mundo do futebol é uma falácia retroalimentada por gente de todos os tipos, de torcedores de estádio a oportunistas de sofá, como se fossem todos pertencentes a uma mesma seita de sofredores, diferente de todas as outras.

Uma vez diante da falácia de que se perfazem os aficionados pelo SCCP, proponho aqui uma análise fria e imparcial dos fatos. Vejamos:

1977. Depois de 23 anos sem título, o rival é campeão de maneira heróica em três jogos contra a Ponte Preta. Espetáculo grandioso, um gol para a história, a catarse coletiva etc. Tudo muito justo, em uma conquista que merece mesmo ser reverenciada como é até hoje. Dito isso, é hora de seguir em busca de mais vestígios deste sofrimento que dizem ser descomunal.

Que tal falarmos sobre o que seria supostamente o maior título já vencido pelo SCCP? Devemos então voltar 10 anos no tempo, ocasião em que velhos sujos e hipócritas, os mesmos que hoje impõem restrições absurdas para destruir nossos estádios, resolveram criar um torneio de verão no Brasil. Convidaram um clube inexpressivo no cenário internacional, incapaz até hoje de avançar além da semifinal de qualquer competição em seu continente. Não contentes com o vergonhoso convite, nossos rivais tiveram ainda de contar com a ajuda da arbitragem (sempre vigilante!) para superar o marroquino Raja Casablanca. O restante é bem conhecido. Não vejo indícios de sofrimento aqui; pelo contrário.

Nosso rival tem ainda quatro títulos brasileiros. Vamos tratar disso:

1990. Um título merecido, de um time limitado que superou Atlético/MG e Bahia no mata-mata (com um duplo 2-1 em casa e 0-0 fora) para então derrotar, em dois jogos, um rival local, o SPFC: 1-0 e 1-0. Bela conquista, eu reconheço.

1998/1999. Também no sistema mata-mata, o que dignifica qualquer vitória, títulos incontestáveis contra, respectivamente, Cruzeiro e Atlético. Tudo dentro da legalidade, mas não consigo identificar nenhum indício de sofrimento, uma vez que eles tinham um grande time e chegaram aos títulos com certa naturalidade.

2005. Gostaria novamente de entender onde está o sofrimento. Porque nunca antes na história do futebol brasileiro um time contou com tanta força de bastidores para ser campeão. Vejam os senhores que o SCCP não apenas conseguiu anular e jogar novamente dois jogos com resultado consumado, mas também contou com o providencial auxílio da arbitragem no jogo decisivo: o pobre diabo que definiu o campeão brasileiro de 1995 fez o mesmo 10 anos depois. No mesmo Pacaembu.

Poderíamos então falar sobre os títulos da Copa do Brasil, e ao menos o de 2002 é passível de contestação, com mais um erro grotesco da arbitragem.

De resto, e ainda tratando da ausência de sofrimento, é justo lembrar que o SCCP é o time que mais vezes venceu o Campeonato Paulista. E é também um clube que historicamente conta com certa benevolência das arbitragens, o oposto do que acontece, por exemplo, com o Palmeiras.

Poderá algum alvinegro, incapaz de refutar a argumentação acima, dizer que o que está em jogo é a capacidade de superação. Se for assim, fica mais fácil minha tarefa por aqui, uma vez que nenhum outro clube neste país coleciona tantos episódios de superação como a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Poderíamos começar por 1942, quando o SPFC tentou - sem êxito - tomar a nossa casa de todas as maneiras possíveis, desde as vias políticas até as vias de fato, ocasião em que foram rechaçados pelos guerreiros palestrinos. Pressionado, o Palestra se viu obrigado a mudar de nome e renasceu de maneira triunfal, derrotando o mesmo adversário no Pacaembu e superando-se a ponto de passar por cima da recepção adversa e botar para correr os atletas rivais. Fugiram de campo! Arrancada Heróica: não há episódio de maior superação na história do futebol brasileiro.

Coube ao Palmeiras também, já nos anos 60, superar seus próprios limites contra o Santos de Pelé: com os títulos de 1963 e 1966, o alviverde foi o único clube a evitar o que poderia ter sido uma sequência de 10 conquistas do SFC.

O Palmeiras teve também a sua fila, dramática como a do rival, com fracassos retumbantes ao longo de 16 anos, crises infindáveis, protestos da torcida e ao menos dois grandes episódios de redenção para compensar as tantas decepções contra times pequenos.

O primeiro, parcial, se deu na semifinal do Paulistão de 1986, com um 3-0 sobre o maior rival depois de um assalto sofrido na partida de ida. O detalhe desse jogo é que a goleada esconde a tensão e a dificuldade do duelo: o gol da vitória só saiu aos 42 minutos do segundo tempo, com muito sofrimento, quando os inúmeros gols perdidos durante toda a partida já faziam crer que viria a eliminação. Mas veio o 1-0 salvador. Depois dele, na prorrogação, mais dois: uma goleada no sufoco. Coisa linda.

O segundo, definitivo, em 1993, com outra goleada na base da superação e com a dose necessária de sofrimento. Desnecessário seria entrar nos detalhes.

É possível que algum adversário venha levantar a bandeira da Série B, em uma tentativa de mostrar algum resíduo de superação. Boa tentativa, mas o sujeito que fizer isso perderá a briga também, e este post, de 2008, traz os números que justificam minha afirmação: subimos quando o campeonato era disputado com quadrangulares finais, e precisamos superar três fases (contra um grande carioca, além do Sport e de outras tranqueiras muito mais relevantes); o rival subiu sem fazer força, com pontos corridos e com quatro sendo promovidos. Além disso, caímos primeiro e sofremos toda a humilhação do primeiro grande paulista a descer para a Série B.

Ao final disso, gostaria de conhecer os argumentos da torcida rival: o que é sofrimento? O que é superação? O que é ser diferenciado?

Se os alvinegros desejam tanto assim o monopólio do sofrimento, precisariam ao menos mostrar que ninguém sofre tanto quanto eles. E isso cai por terra muito facilmente, já na comparação com o Palmeiras. A mística do SCCP é uma fraude.

Se quiserem entrar na discussão sobre o tamanho do sentimento ou sobre fidelidade, já me antecipo:

Poucas torcidas são tão apaixonadas quanto a do Palmeiras. E eu colocaria aí na lista, junto com a nossa e a com a do SCCP, também as de Grêmio, Inter, Atlético/MG, Flamengo, Vasco, Bahia, Santa Cruz, Paysandu etc. Não tem nada na torcida do SCCP que seja diferente dos clubes citados acima (e outros exemplos são válidos).

Se a discussão for sobre fidelidade (mas só se realmente quiserem discutir isso), solicito aos rivais da zona leste que reconheçam a superioridade do Santa Cruz. É indiscutível.

Por fim, ainda tratando do tema "Sofrimento", eu pergunto: é possível ser mais sofredor que o torcedor de um time como a Ponte Preta, cuja torcida, fanática e sempre presente, jamais viu o time ser campeão de porra nenhuma?

Não dá para comparar. Nenhum torcedor de time grande sofre tanto quanto isso. No caso dos alvinegros (e também no Flamengo, aí até com mais ênfase), o que existe é a construção artificial (e mercadológica) de uma mística que não se sustenta. E nossos rivais acabam acreditando e disseminando a mentira que vem sendo construída há tempos.

56 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro Barneschi, mais uma vez e só pra variar o sr foi PERFEITO!

PS.: Sobre os palhaços canalhas da impren$inha, a maioria deveria é tomar porrada. Simples assim.

Luiz disse...

A mística gambá é uma fraude.

É o time do oba-oba, que adora cantar de galo antes da bola rolar. 74, 86, 93 e 2000 são bons exemplos. Tiveram que ver o Palmeiras demonstrar o que significa superação.

Time do povo ou time da televisão? Acusam as meninas de ser o time do marketing, mas a mundiça não é muito diferente. O que os difere é que pra elas o marketing serve para sustentar a arrogância e arrematar mais alguns torcedores miseráveis, enquanto, pro pessoal da zona leste, o marketing serve para alimentar a paixão através de um discurso vazio e mentiroso.

Os gambás deveriam ser conhecidos como o time das conquistas suspeitas, de Ruy Rey a Zveitão, o que não falta é história mal contada.

Abraço!

Davi disse...

Acho que muito disso se deve a imprensa!
Belo texto.

Ulisses disse...

Barneschi, uma das melhores e mais sinceras argumentações que li em seu blog!

Parabéns!

Quero ver quem seja capaz de debater estas certezas!

Abs!

Craudio disse...

Cada um com seu cada qual, oras. Vocês viviam se vangloriando dos tempos da Academia, exaltam essa babaquice da italianice, são os únicos a comemorarem um gol de juiz, Zé Aparecido na ficha, esses troços...

Menas.

diego.cps disse...

Grande texto só pra variar. Só esqueceu de falar sobre o Supercampeonato de 59, até os santistas daquela época fazem questão de elogiar a reação alviverde! E a virada no final com Romero...

E agora sei que não sou o único a lembrar do roubo contra o pobre Raja Casablanca no 'mundialito'. Aquele gol do Fabio Luciano que não cruzou a linha até hoje, hhahahahahahha...e só graças àquele gol passaram de fase.

Um Abraço!

Rodrigo Barneschi disse...

Porra, japonês, mas é exatamente esse o ponto: estou mostrando que a tal mística de vocês não se sustenta. Simples assim. E queria saber de que maneira vocês justificariam essa tentativa de deter o monopólio do sofrimento. Nada além disso.

Quando ao que você aponta aí (Academia, origem italiana etc.), tudo faz sentido. Menos a parte do José Aparecido de Oliveira, pois é preciso forçar muito a barra para contestar uma vitória como aquela de 12/06/1993.

Abraços

Craudio disse...

Eu entendo diferente. Entendo que agora, e há algum tempo, o palmeiras não tem mais times que jogavam no estilo da Academia, algo que viciou a torcida verde e que até mesmo na fila era exaltado. Por conta disso, existe a necessidade de vocês também exaltarem o sofrimento que sempre nos foi peculiar.

Vale lembrar, no entanto, que essa característica vem de nosso viés popular. Não que não haja pobres em todas as torcidas, mas o Corinthians foi forjado a partir do povo pobre das malocas e da várzea paulistana. Não é questão, portanto, de monopólio, mas sim de simples maioria. Lembro, por exemplo, que vocês vivem a mostrar notas de dinheiro para nós durante os derbys. É nojento, mas faz parte da rivalidade e no futebol o politicamente correto passa (ou deveria passar) bem longe. O que nos leva a concluir que o "sofrimento" enraizado em nossa torcida é nada mais que elemento da cultura futebolística.

Ao mesmo tempo, e pra finalizar, não é contestando nossos vários títulos das últimas duas décadas que vocês irão desapropriar o caráter cultural do "corinthiano, maloqueiro e sofredor" para vossas trincheiras.

Rodrigo Barneschi disse...

Japonês,
Eu não estou exaltando o sofrimento do nosso lado. Eu estou dizendo que todo torcedor é um sofredor – e o exemplo da Ponte Preta é, a meu ver, bastante suficiente. O que pega é a tentativa de monopolizar o sofrimento, e você evidencia isso ao falar em “sofrimento que sempre nos foi peculiar”. É como se só vocês pudessem sofrer, e como se isso não fosse comum também aos outros clubes. É esse o ponto. Como também existe uma tentativa de monopolizar a fidelidade e mesmo a capacidade de superação, algo que eu procurei contestar nos argumentos do post.
Não quero que meu time tenha o monopólio de nada. Apenas utilizei a comparação com o Palmeiras pela simples fato de ser o meu time e porque facilitaria o levantamento de informações.
De qualquer forma, eu não quero exaltar o sofrimento; estou apenas dizendo que ele existe para todos os clubes e essa minha análise me permite afirmar que é até maior para o Palmeiras do que para o SCCP.
Quanto a algum torcedor do Palmeiras mostrar notas de dinheiro para a torcida de vocês nos clássicos, eu te confesso que, passados mais de 50 desses jogos no estádio, nunca vi isso. As notas de dinheiro só são usadas pela nossa torcida em protestos contra os jogadores.
Por fim: não quero desapropriar nada e tomar para a minha torcida. O objetivo era apenas e tão somente contestar essa mística fajuta que é propagada até por canalhas como o Juquinha e por toda sorte de imbecis (muitos dos quais nem pisam em estádio). É a mesma lógica que leva à exaltação do Flamengo como maior torcida do país (eu contesto a validade de torcedores nos confins da Paraíba, para ficar em um exemplo) e que enfia Flamengo e SCCP em tudo quanto é música por aí.
Abraços

Craudio disse...

Cara, de novo, não é monopólio, é uma característica cultural forjada a partir do histórico da torcida e da maioria pobre que a compõe. A gente dizer que é sofredor ou Fiel e exaltar essa peculiaridade não exclui tal possibilidade às outras torcidas. Independentemente disso, somos conhecidos, no senso comum, por esses termos. Você é conhecido como o "cara que bate na velha sentada no último banco do ônibus", eu como o "japonês petista e corinthiano que vai nos blogues de palmeirenses encher o saco" e o Luyydy como "o segurança de puteiro". Isso não quer dizer que monopolizamos as denominações.

Rodrigo Barneschi disse...

Veja só, japonês: em momento algum eu estou tentando tirar de vocês algo que pertence a vocês. O sofrimento é inerente à escolha do clube, e vocês são sofredores também. Acontece que os torcedores de todos os outros times também são, e o que parece te incomodar aqui é essa constatação que eu faço. Desculpe, mas o exemplo da Ponte Preta se aplica bem, uma vez que os caras estão sofrendo há mais de século sem um título sequer.
Sobre ser povão, a origem de vocês justifica isso, mas não implica em monopólio do sofrimento, da fidelidade ou mesmo em um sentimento maior pelo clube.

Anônimo disse...

Ótimo post.

O melhor que li até hoje em seu blog.

Parabéns!

Unknown disse...

Barneschi,

Acompanho seu blog desde o ano passado, e dentre vários posts brilhantes (e alguns revoltados), este post é PERFEITO! Parabéns!

Nicola disse...

Excelente, chupa impren$a gambá de merda! E alguns gambás lunáticos também (que não é o caso do Craudio, por exemplo)...

Ulisses disse...

Caralho Barneschi, esse post merece rodar o Brasil! Você pegou um assunto escondido e abriu de tal forma que não permite qualquer contestação! Nem do sábio petista!

Parabéns!

Luiz disse...

Como tomar para si o título de sofredor, se grande parte das maiores conquistas do pessoal da zona leste possui um asterisco? Pra mim, são duas situações completamente diferentes; ou é sofredor ou é beneficiado.

elton disse...

análoise perfeita... chega desse bombardeio midiatico q tenta transmitir umna realidade q nao existe

Samora Jr disse...

Um exemplo de superação que os gambás nunca tiveram nada parecido foi a vitoria do Gremio sobre o nautico na serie B, tambem conhecida por "batalha dos Aflitos".. Até o nome é sugestivo...

Otimo texto como sempre... Abs

BrunoBatera disse...

Como todos já disseram aqui, mais uma vez, vc se superou! Valeu por lembrar coisas q essa imprensa gambá faz questão de esconder. Só mais uma coisa: se não fosse o título paulista de 59, o Santos ñ seria "apenas" decacampeão, mas sim duodecacampeão, ou seja, 12 vezes campeão consecutivamente. O que seria do futebol brasileiro sem o Palmeiras?

Pinho disse...

Perfeito o post... perfeito!

verdaços.

Unknown disse...

Acho que nos quesitos sofrimento e fidelidade ao time nenhum torcedor bate o do Santa Cruz! Série D com público superior ao de Série A...

Luigi SEP 1914 disse...

Essa coisa de gambá ser mais que os outros é a mesma coisa que dizer que a mãe que tem 5 filhos amasse mais do que a tem 1 filho só...

"... morre de inveja, eu sou PALESTRA! Libertadores não é pra gambá, FDP!!! "

JoãoP disse...

Após estas duas citações da Ponte Preta, fiquei com uma dúvida. Você respeita o clube e sua torcida? Acredita que no Moisés Lucarelli o futebol vive?

Trata-se de mera curiosidade. Sinceramente, ojerizo times pequenos, mas a Ponte em especial me deixa em cima do muro: não sei se a respeito ou não.

Abraço.

Unknown disse...

fala Barneschi
sensacional o post

coloca ai na nossa conta o Palmeiras 1x0 Colo-Colo, na Libertadores de 2009 e o Palmeiras 4x2 Flamengo na Copa do Brasil 1999

qual gambá passou por um sofrimento maior que esses, com a vitória vindo aos 40 e tantos do 2º tempo?

abs pilantra

Filipe disse...

Palestrino,

O Corinthians nasceu pobre. Não tivemos um conde para sustentar-nos.

Fizeram de tudo para acabar com o Corinthians.
Inclusive um tal de Ragognetti, com seu tablóide.

Mas vencemos. O Corinthians é o clube que aprendeu a transformar o veneno das crises em antídoto contra as crises.

Agora, para uma instituição que sempre prezou a mesma coisa purpurinada que madame, "Academia", e não sei mais o que, falar que quer sofrer também é demais.

O nosso sofrimento é coisa nossa. É Histórico. Desde 1910, quando o Cometa passou. A questão não é "sofrer" para ganhar quinquilharias, mas é sofrer para SOBREVIVER. Fomos forjados no sofrimento da luta.

E, repito: nenhum conde nos deu a vaga na APEA através de sua companhia.
Tivemos de buscar a vaga no campo, em 30 de março de 1913. Naquele ano, nem o san7x1os precisou fazer torneio de acesso.

Refiro-me ao Mito Fundador, mas poderia discorrer sobre inúmeras outras ocasiões, como a Intervenção em 1941.

No mais, quem começou com os gritos de "Corinthiano, Maloqueiro e sofredor" foram vocês mesmos.
Nós absorvemos, porque tem a ver conosco, assim como vocês absorveram o "porco", que tem tudo a ver com vocês.

Admira demais o senhor estar tratando disso por aqui...

Abraço

Craudio disse...

E Luyydy NÃO caiu na minha provocação? O futebol está morrendo, de fato...

Anônimo disse...

Felipe: 1942.

Você deveria conhecer um pouco melhor a história do Palmeiras antes de lançar um comentário como este.

Sem mais.

Luiz disse...

Felipe, acho que você não entendeu que a questão aqui não é o sofrimento Palestrino, mas a mentira que está por trás dessa lenda gambá.

Aliás, o Palmeiras nasceu rico? Balela. Você parece estudado o suficiente para saber as condições que os italianos viviam no Brasil.

Se quiser falar de imprensa, a discussão fica ainda mais fácil, pois não me lembro de ver o Palmeiras ser tratado de forma isonômica. Recomendo que leia "Imigração e Futebol - O caso Palestra Italia".

O rótulo de sofredor, vale dizer, não combina em nada com um time repleto de conquistas acompanhadas por um asterisco.

O Palmeirense não deseja ser conhecido como sofredor, até porque o Palmeiras nunca precisou de slogan para nada.

Abraço,

Luiz

Luigi SEP 1914 disse...

Os comedores de lixo nunca precisaram de nada, nunca receberam nada de niguém, nunca foram beneficiados... São a imagem da perfeição!
Ah, faça-me o favor! Cada uma que tenho que ler!

Lixo foram, são e sempre serão...


Vai PALMEIRAS!


"... morre de inveja, eu sou PALESTRA! Libertadores não é pra gambá, FDP!!! "

davi disse...

Filipe,

comparar academia com madame já é forçar muito, não?
Então vcs nasceram pobres? Os italianos que seguiram com o Palmeiras são ricos, e os outros imigrantes que se juntaram aos paulistanos pra dar sequência ao seu time são pobres? Não tiveram nenhum benefício?
Tentaram acabar com seu time? Nossa, isso realmente é uma coisa que só aconteceu com vôces né?
Conhece a frase: "Morreu líder, nasceu campeão"?
Vangloriar os feitos e a história do seu time é uma coisa, mas falar asneira sobre o nosso embasando somente na rivalidade, já é demais!

Rodrigo Barneschi disse...

Filipe, meu caro,

Peço atenção de vocês, uma vez mais, para o título do post. Lá está a palavra “monopólio”, e é exatamente disso que estamos tratando. Vocês estão distorcendo todo o debate com um discurso repleto de mágoas, o que ratifica o meu argumento principal: vocês se perderam na falácia de que só vocês sofrem e não aceitam que isso seja discutido.

O que está em jogo não é o sofrimento do palmeirense (que eu consegui sustentar com fatos históricos), mas sim a tentativa de monopólio de vocês. Todos os torcedores sofrem e, como tal, podem e devem ser chamados de sofredores. Acontece que vocês caíram no erro de retroalimentar seguidamente essa mentira e agora, ao se depararem com uma realidade diferente, se sentem ofendidos.

O Palmeiras, como o SCCP, nasceu pobre também; não tivemos ninguém a nos sustentar, a não ser a colônia italiana – composta, diga-se de passagem, por gente pobre que se viu obrigada a deixar a Italia. E se fizeram de tudo para acabar com o SCCP, te digo que nenhum outro episódio da história de vocês se compara ao que tentaram fazer com a gente.

Agora, numa boa: comparar a Academia com qualquer coisa bambi é de uma falta de respeito que só não é tão grande quanto a inadequação em si contida.

Quanto aos outros pontos históricos que você propõe, não é isso que está em debate e não vou dispersar a discussão com temas acessórios. De toda forma, as incorreções históricas que você apresenta merecem um comentário à parte. Em sendo assim, o Galuppo passará por aqui em breve; ninguém melhor do que ele para falar sobre APEA, Fanfulla, Ragognetti e quaisquer outros episódios da nossa história.

Por fim, nós não queremos sofrer. Ninguém quer. Mas todo torcedor sofre. Não é exclusividade de vocês.

Abraços

Luigi SEP 1914 disse...

Na boa, Rodrigo, que se fodam os gambás!!!

Só eles que sofrem? Melhor!
Não existe coisa melhor no mundo do que ver esses merdas sofrerem a cada eliminação de Libertadores!
O sofrimento deles é a cereja do bolo da nossa vitória!

A merda, gambazada!

"... morre de inveja, eu sou PALESTRA! Libertadores não é pra gambá, FDP!!! "

Craudio disse...

Mano, as manifestações minhas e do Filipe, acredito eu, são motivadas por duas causas:

1) está jogado entre as justificativas para essa teoria conspiratória de que a gente "não deixa ninguém sofrer" o desmerecimento dos títulos que conquistamos nas últimas duas décadas, a meu ver totalmente desnecessário;

2) talvez vocês estejam sem pauta atualmente, o que te motivou a fazer um texto com o objetivo de agrupar vossa torcida em torno de alguma coisa que não seja defender o Felipão da imprensa e tirar o foco sobre essa bobagem;

Dito isso, vamos usar o mesmo teor argumentativo vigente no post:

- vocês enchem a boca para nos chamar de "fregueses" e tacar o retrospecto do confronto direto na nossa cara. Justificativa mais que perfeita para afirmar que, no mínimo, "sofremos" mais que o palmeirense.

- vocês enchem a boca para nos lembrar diariamente que "não temos Libertadores" e exaltam isso como fato determinante para definir se um clube é glorioso e expressivo internacionalmente. Mais um fato para justificar o dito "monopólio" atribuído a nós.

- como alguém que, conforme vocês mesmos afirmam, não tem estádio pode almejar felicidade? Puta torcida que sofre!

- temos 100 anos de história e, portanto, jogamos mais. Jogando mais, proporcionalmente sofremos mais;

Que fique claro: não há mágoa nenhuma no discurso, apenas estamos defendendo nossas tradições, assim como vocês fariam se eu, por um acaso, começasse a falar que o Palestra Itália nunca foi um representante de direito da colônia italiana por existirem muitos polenteiros no Parque São Jorge. Pra mim, querer esterilizar as características marcantes das torcidas é algo nocivo que, no limite, está a serviço da elitização do futebol, isso sim um inimigo comum que deveria ser socializado.

Corinthiano é ladrão, maloqueiro e sofredor, palmeirense é esquizofrênico e esquentado como todo carcamano e são-paulino é viado. Desde que o mundo é mundo.

Filipe disse...

Anônimo, 1941 aconteceu a intervenção no CORINTHIANS. A Secretaria de Esportes atingiu a soberania do clube, depondo o presidente, por ser espanhol.

Palestrino, com todo o respeito, você está nos achincalhando por termos sido forjados na luta. O Mito Fundador está aí e pode ser visto, recriado a todo instante.
Não é "monopólio", como você bem diz, qualquer um pode torcer e "sofrer".
No Corinthians é que é diferente, e é mesmo.

Mas que o Palestra não veio ao mundo pobre, isso não veio mesmo. Foi fundado no chiquérrimo salão Alhambra, por italianos ricos, como o Ragognetti. Que queriam apenas uma Società para a colônia.
Os italianos pobres, na maioria, permaneceram no Corinthians Paulista. Os já abastados bandearam para o Palestra.
E desde cedo fizeram o jogo da APEA. Por isso o paralelo da Academia com a madame.
Isso tudo é tão história quanto o Mito Fundador do Clube do Povo.

Outra coisa; vocês denegriram o CORINTHIANS desde Ragognetti, mas no primeiro time que montaram havia CINCO jogadores da Seleção Varzeana do Corinthians.
Que o Galuppo me desminta, mas que existe uma cena em que Bianco Spartaco Gambini treina no Palestra vestido com o Manto branco com gola e punhos pretos, com "C" e "P" bordados, isso existe.
E isto torna o Palestra umbilicalmente dependente do Corinthians, na História. Veja, não é nem um pouco presunção Corinthiana.

No mais, Corinthiano, maloqueiro e sofredor, como vocês mesmo diziam, e agora nos imputam um "monopólio" que vocês mesmo criaram.
Por causa dessa coisa umbilical.
Nós aproveitamos para tirar sarro; pusemos o "Graças a Deus". Assim como chamavam o Corinthians de "clubinho", em 1915, quando alijaram o Clube do Povo da disputa, mas o Corinthians venceu os campeões; Campeão dos Campeões. Era um clubinho, mas em campo sempre foi o Timão. Eis os antídotos para os venenos com que sempre tentaram nos atingir.
É questão de bom humor, acima de tudo, como já dizia Lourenço Diaféria.

Meu caro, vai também chamar de monopólio o fato de só a Fiel chamar seu time de Timão?
E mais: isso ficar eternizado?

Enfim, que Galuppo nos explique, depois de tudo que já disse o Samurai.

Abraços

Davi disse...

Timão não é pelo fato do símbolo lembrar um timão? Na junção de uma âncora e dois remos?
hehehe

Fernando Galuppo disse...

Amigos de alma verde (e os de alma não tão verde assim),

Vamos com calma!!!

Penso que a questão tomou um rumo meio masoquista, do tipo "eu sofro mais que você". Parece até esquizofrenica essa discussao.

Do ponto de vista historico, há algumas correcoes que merecem ser feitas:

Quanto a origem popular do Palestra, vale lembrar que o clube foi fundado por operários da Industria Matarazzo. Portanto, não temos uma origem aristocrata. Esse apoio financeiro ao clube alviverde veio no inicio dos anos 20.

A entrada do Palestra na APEA foi devido ao fato da desistencia do time escoces Wanderers, que praticava o amadorismo-marrom e foi banido da disputa.

Além disso, foram os italianinhos do Palestra, que construiram as arquibancadas de madeira da Chacará da Floresta - estádio oficial da APEA apos o fim do Velodromo.

Vale lembrar, que o italiano do passado é o nordetino de hoje. No tempo da fundacao do Palestra, eram os italianinhos perseguidos e marginalizados pela sociedade paulistana. E com muito suor e trabalho, esse quadro se reverteu em favor dos peninsulares.

Palestra e Corinthians tem lindas histórias de lutas e superaçoes dentro e fora de campo. Ninguem é mais que ninguem nesse quesito, no meu entender. Cada qual que se identifique com a cor que mais lhe for proxima.

O timao é por definicao genetica o time das viradas, da raca e da fibra. Tipo assim, o perfil do presidente Lula, sabe. Veio de baixo e se fez rei.

O Palestra, também pela mesma definiçao genetica, é simbolo do futebol plástico, artístico, técnico, forjado num sentimentalismo atroz. Tipo uma ópera italiana, cheia de beleza e drama!!!

Ambos tem suas dores e seus amores!!! Belissimos, por sinal...

FORZA VERDAO
Fernando Galuppo

Craudio disse...

Galuppo, você é um sábio. Falou, de maneira muito mais clara, didática e genial, o que eu queria dizer.

No mais, Barneschi, alguns outros pontos para encerrar minha participação neste tema:

- você menciona os "favorecimentos explícitos", mas eu repito que nunca um juiz marcou um gol pro Corinthians.

- se "A discussão não é sobre quem sofre mais ou menos. A discussão é que todos sofrem, excluindo qualquer tentativa de monopólio, algo do qual vocês parecem não abrir mão", onde é que está dito que só a gente sofre? Me cite um caso concreto, não de "nego que nunca botou os pés num estádio, como se o fato de o sujeito torcer para o SCCP fizesse dele alguém que, por esse fato exposto, fosse dono de um sentimento pelo clube superior ao que eu sinto pelo meu", porque esse tipinho não vale nada.

- "Impossível dizer que o Palestra não é representante da colônia italiana" não seria, nos termos aqui propostos, um monopólio da referida colônia pela torcida verde? Só para citar os fundadores do Corinthians, temos entre eles um Perrone. Nosso primeiro presidente foi um Bataglia. Dois craques de nossa história são Trochillo e Rivellino.

- Sobre a diferenciação de torcidas, há a nosso favor um fato histórico e impossível de ser batido: 05 de dezembro de 1976. Sendo assim, parabéns pelo troféu dado pelos abutres.

Quem está ofendido, ao que me parece, é você, ao não aceitar certos valores sócio-culturais do meio futebolista. Daqui a pouco, vai defender que o Sérgio Mallandro deveria exigir uma reparação do Juventus pelo termo "Moleque Travesso".

Larga a mão de ser emo!

Luigi SEP 1914 disse...

Quando digo que a única diferença entre lixos e bichas é o vermelho a mais(que na verdade existe também no símbolo dos lixos...), todo mundo me critica...

Gambá não presta tanto quanto bambi... Vão a merda!

Só falta dizer que o Ademir da Guia treinava com a camisa deles, que o Evair é gambá, que o Felipão por baixo usa a camisa dos caras...
Inveja é uma merda!

Vai Palmeiras!

"... morre de inveja, eu sou PALESTRA! Libertadores não é pra gambá, FDP!!! "

Rodrigo Barneschi disse...

Japonês,
O comentário anterior tinha entrado umas 3 vezes e eu, na hora de deletar o excesso, acabei deletando tudo. Consegui recuperar aqui no meu Word e ele segue agora, logo abaixo, de novo.
Abraços

Rodrigo Barneschi disse...

***

Craudio e Filipe,

Não tomem isso como algo pessoal. É apenas uma discussão que eu julgo pertinente por já estar há tempos incomodado com essa, perdoem-me o uso da palavra, punheta em torno da mística do sofrimento alvinegro. Os comentários que eu fiz seguem essa linha, procurando desmistificar algo que me parece mais uma falácia que qualquer outra coisa.

Às respostas:

1. O Filipe usou a frase que eu estava esperando: “No Corinthians é que é diferente, e é mesmo.” Pois bem, já ouvi essa besteira de muita gente, e ela é repetida até por nego que nunca botou os pés num estádio, como se o fato de o sujeito torcer para o SCCP fizesse dele alguém que, por esse fato exposto, fosse dono de um sentimento pelo clube superior ao que eu sinto pelo meu. A resposta que eu dou é: todos os clubes são diferentes. A frase é mal construída e não resiste pela simples constatação de que todos os clubes são diferentes um do outro, cada qual com suas particularidades. Quando eu ouço essa besteira depois de uma vitória do SCCP, eu sempre penso: “Espero que a derrota seja tão diferente quanto”. Ou então poderia responder: “Parabéns. O Palmeiras também é diferente”. E o torcedor do Santa Cruz, lá do alto do seu sofrimento na 4ª Divisão, poderia dizer a mesmíssima coisa. De toda forma, o “ser diferente” soa como uma tentativa de se dizer superior. E não é o caso. Não mesmo.

2. O desmerecimento de alguns títulos das duas últimas décadas se fez necessário para mostrar que sofrimento não combina muito com favorecimentos explícitos da arbitragem e mesmo de fatores extra-campo. Objetivo alcançado.

3. Confronto direto no Trio de Ferro: o Palmeiras leva vantagem sobre o SCCP, que leva vantagem sobre o SPFW, que leva vantagem sobre o Palmeiras. Todos utilizam isso como argumento contra o rival. Não é parâmetro para ninguém ser mais sofredor que ninguém.

4. A discussão não é sobre quem sofre mais ou menos. A discussão é que todos sofrem, excluindo qualquer tentativa de monopólio, algo do qual vocês parecem não abrir mão.

5. Impossível dizer que o Palestra não é representante da colônia italiana. A falácia da diferenciação gambá, no entanto, fica demonstrada pelos fatos acima expostos.

6. O fato de vocês se sentirem “achincalhados” pelo simples fato de eu dizer que “todos os torcedores sofrem” mostra que se sentiram ofendidos pelo simples fato de eu afirmar que a tentativa de monopólio é uma falácia. Simples assim.

7. Propor uma dependência umbilical do Palmeiras em relação ao SCCP é um pouco demais, não?

8. Sinceramente? Não vejo grande diferença entre Timão e Verdão. Não mesmo.

9. Quanto à suposta diferenciação da torcida do SCCP (que soa, como eu disse, a uma tentativa de demonstrar uma superioridade que não existe), me permito dizer que nunca vi isso nos clássicos, a não ser numericamente. Para mim, diz muito pouco. Em mais de 50 clássicos entre os dois clubes, fica para mim a imagem do equilíbrio entre as torcidas (no incentivo e no apoio). Ou, se vocês preferirem, me lembro de episódios contundentes de manifestações nossas que jogam por terra a tentativa de vocês de impor essa diferenciação/superioridade. Deixo-os com os seguintes:

2000, semifinal da Libertadores. Vocês tinham vantagem de dois gols e estavam quase na final, já no segundo tempo daquele duelo inesquecível. Foi então que a massa palestrina, em minoria, começou a cantar. Parecia impossível chegar à vitória, mas estendemos nossas faixas na arquibancada e começamos a empurrar o time. Vocês pararam. Não sei o motivo, mas pararam. O Palmeiras foi para cima e fez os dois gols que precisava. O resto é história.

2004 (o 0-1 próximo ao aniversário dos dois clubes) e 2009 (primeiro clássico de Prudente): um certo jornal esportivo promoveu um duelo entre as duas torcidas, com critérios que envolviam presença na arquibancada, adereços na arquibancada, festa, incentivo, músicas etc. As duas torcidas aderiram. A do Palmeiras venceu as duas vezes, no Jd. Leonor (2004) e no Prudentão (2009).

Abraços

Rodrigo Barneschi disse...

Japonês,

Pra fechar a minha parte também e seguir adiante:

1. O gol do Armando Marques foi um acidente. Engraçado e folclórico, mais que qualquer outra coisa. Os favorecimentos a favor do SCCP são algo bem distinto.

2. É nítido pelos comentários o quanto vocês se sentiram ofendidos com os questionamentos aqui colocados. Eu apenas procurei equiparar as coisas a uma realidade que não fica presas a estereótipos, tampouco ao senso comum do zé povinho.

3. Sim, o Galuppo tem razão quando fala sobre a história dos dois clubes. Merecemos respeito nós e merecem respeito vocês. O que não pode existir é a tentativa de monopólio destacada aqui e mesmo essa diferenciação que não se sustenta.

Abraços

Luiz disse...

O Galuppo como sempre mandou bem e afastou a tentativa de manchar a nossa história.

Contudo, não compartilho da mesma opinião em relação à mundiça da zona leste, pois, para mim, eles são no máximo iguais aos outros em relação a viradas e superações. Não é isso que os distingue.

Pra mim o que os distingue é a mania de querer dar uma dimensão maior a tudo que acontece naquela mundiça, como se o mundo girasse em torno do baixo tatuapé.

Anônimo disse...

Se tem uma coisa que acho um sarro é essa eterna mania gamba de inventar fatos historicos e teimar com veemencia que realmente existiram.

Esse bando de maloqueiros favelados sao mesmo uma piada. Uma eterna piada.

Filipe disse...

Palestrino, não é demais, não. O Galuppo te mostra a foto. No mais, no Corinthians é diferente mesmo. E os operários de alto escalão do Conde trabalhavam para o Conde. Mas claro, versões existem para um mesmo fato, e a piada que faz o Forza Verde rir, descobrirá ser apenas um espelho.
No mais, que o Corinthians siga sendo a Referência. Se não fosse, não estaríamos aqui parlamentando.

Para descontrair fiquem com o Juó Bananere. Mais um Corinthiano.
http://www.youtube.com/watch?v=G-Mk6JREYkw&feature=related

Abraço.

Anônimo disse...

Ao gamba convicto ai acima é aquela velha 'estorinha'...mto bla bla bla e no fim necas de pitipiriba.

Tentou até filosofar. Nao foi feliz.

Um simples e vago 'tststs...' ja esta de bom tamanho pra essa gambazada sem teto.

Anônimo disse...

essa merda desse cancer de Filipe é um puto dum lazarento e configura para si, tudo que representa o desprezo e ódio dos que ele chama de anti.
Com certeza, essa monopolização une a todos contra a falácia e o marketing tão forçado quanto ao do clube rosa.

No mais, parabéns Barney, isso não é falta de assunto como vomitou um aí em cima, do alto de seu despeito e deslumbramento, acusou o golpe, no fígado irmão verde, isso foi apenas um dos melhores posts da história desse movimento chamado mídia palestrina, parabéns pela clareza e didatismo.

PS, didatismo para gambá não resolve, só desenhando mesmo.

Parmera

Thiago disse...

Sou corinthiano e gosto muito do que você escreve. Entendi seu ponto, e nem te acho muito errado. Entretanto, pela ótica que você mostrou enxergar o futebol, achei extremamente conveniente fazer essa tempestade no assunto.

Ao monopólio do leite, amigo! Que hoje, acreditem, está na semi final de uma grande competição continental, sem ele!

Desculpa, mas ficou muito são-paulino isso no seu texto. Mas novamente, quão conveniente é evidenciar tal façanha quando fala do CORINTHIANS e esquece das inúmeras vezes que ouviu isso em dobro das meninas e chamou de sem-alma.

#ficadica

forte abraço, e saudações exclusivamente sofredoras.

Thiago disse...

PS: adoro ler os comentários fascistóides de alguns por aqui, mostra o quanto o final da linha carcamana tá chegando, tipo um suicídio. sozinho.

Queria muito ver a cara de alguns quando a rivalidade com a Portuguesa tomar o corpinho de vocês como já tomou o do ilustre Seo Cruz.

fernando t. disse...

outro fato interessante e curioso: o maior publico do panetone foi registrado no 2o jogo da final do paulista de 1977, 146.082 pessoas, ponte 2x1 gamba, esse jogo seria o jogo do titulo com mais uma vitória do gambá, coisa que não aconteceu e adiou a decisão para o terceiro jogo... no 3o e decisivo jogo o publico foi de 86.677 torcedores... vejam só que engraçado, quase 60 mil "fiéis" desistiram ou abandonaram o time na final... belo exemplo de fidelidade.

Anônimo disse...

Rapaz, eu li todos os comentários e é incrível como se sabe pouco de história nesse país. Não deveria estar surpreso, mas confesso que estou. Inventam-se fatos e números, criam-se marcos e levantam-se bandeiras. Esse tipo de comportamente desesperado do pessoal do Isentão é típico e histórico, como eles mesmos gostam de citar. Frases e palavras repetidas como se fossem orações para que se perpetuem mentiras e factóides. Traço um paralelo aqui citado entre os chorumes e o mafioso que governou nosso país por 8 anos: vieram da origem humilde e sujaram-na na primeira oportunidade que tiveram. Não se orgulhem daquilo que não tem lisura, que não tem sustentação. A história dos cangambás poderia ter sido uma história de verdade, mas como um deles disse aí em cima (e confesso que dei várias risadas ao ler essas palavras) foi "forjada na luta", ou "mito fundador" ou algo que o valha.
A história é cíclica e assim como foi no passado, será no futuro. SCCP e SPFC não são hoje nada dferentes um do outro. Se merecem pois tem no coração a necessidade eterna de esconder as mentiras sob o risco da própria extinsão. A lavagem cerebral está tão bem feita que dificilmente o cenário de hipocrisia será revertido. Assim como é em brasília. Mas acho que não tenho saco para entrar nesse assunto. Morumbi ou Isentão, qual é mais vergonhoso? Pobres de espírito, a grandeza e caráter do Palestrino não é pra qualquer um. Aliás, não é pra ninguém além de nós.
Abraços

Kaique Pedaes disse...

Oi.

Muito bom o texto, parabéns!

A Rádio Estação Palestra, usou seu perfil no Twitter (@Radioep) para divulgar o texto. Merece!!

Visite: www.estacaopalestra.com.br.

Abração!

Marco A. disse...

é fácil escrever coisas assim para um público quase exclusivamente palmeirense.

alguns vídeos para o sr. analisar:

http://www.youtube.com/watch?v=jQx8EtemtTk

http://www.youtube.com/watch?v=bA-SkmUjJOs&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=_fFVUqXeU3A

Rodrigo Barneschi disse...

E...?

Fraco você, Marco A. Quer contestar o post? Pois argumente.

Boa sorte.

Anônimo disse...

Belo texto... Mas ignorar o que aconteceu em 93 (inclusive a semifinal entre os bambis e os marginais) ultrapassa a hipocrisia.

Daniel disse...

Sensacional!

Excelente e conceituado Post.

Parabéns, caro Barneschi.

Abrax,
Daniel

Daniel disse...

Barneschi, se me permite, gostaria de compartilhar um vídeo que fiz com vc e os demais palestrinos deste Blog. Posso? Caso não, sinta-se a vontade para apagar tal post.

Acredito que o vídeo vem bem a calhar ao nosso momento, pelo jogo de amanhã, trazer força e, pq não, dar uma emocionada através da nossa paixão pelo Palmeiras.
Espero que curtam e compartilhem!

Vídeo link:
http://www.youtube.com/watch?v=h-gUX9jnEZU&feature=youtu.be

Criticas, qdo construtivas, são bem vindas sempre.
=)

Abrax!