Alguns blogs da Mídia Palestrina (cito o Cruz de Savóia, do Raphaello, e o blog do outro irmão Falavigna, o André) já deram conta de mostrar como a imprensa retratou a recém-conquistada liderança alviverde. Do jornaleco esportivo à FSP, passando por Estadão e tantos outros, são duas as mensagens: 1. O Palmeiras não chegou ao primeiro lugar por seus 50 pontos e 15 vitórias, mas porque o Inter/RS julgou que deveria ser assim; e 2. O time do Morumbi entrou de vez na briga. Ok, é verdadeira a segunda afirmação, e eu mesmo nunca descartei tal hipótese, mas a campanha midiática bem que poderia ser mais discreta.
O festival de canalhices prossegue hoje. A FSP, por exemplo, faz um enorme exercício numérico para tentar empurrar a tese de que o BR-2008 tem um líder indigno, quase que por acaso. Vejamos alguns trechos:
“Com o desempenho que o levou até o topo da tabela – está empatado com o Grêmio com 50 pontos, mas tem uma vitória a mais (15 a 14) –, o clube alviverde seria vice-campeão nos dois últimos anos e terceiro colocado nas três primeiras edições dos pontos corridos”.
O recado é claro, não acham? E eu aproveito para perguntar: percebem agora, amigos, como fazem diferença todos aqueles 12 pontos que o SPFC ganhou de presente da arbitragem no último ano? Percebem? Confiram AQUI a relação dos 12 pontos de 2007, quando os juízes erraram sempre para o mesmo lado.
A matéria da FSP aponta o porquê de termos chegado ao topo:
“A equipe gaúcha, responsável por colocar o Palmeiras na liderança após golear o Grêmio por 4 a 1...”
Pois bem, a frase acima está de acordo com o próprio título da matéria, um bizarro “Matemática desafia liderança do Palmeiras”.
Como é que é? Além de Grêmio, SPFC, Cruzeiro, Flamengo, STJD e de toda a mídia esportiva, até a matemática está contra nós? Porra, quem mais se habilita?
E eis então que chegamos ao clímax, justamente os dois primeiros parágrafos da reportagem (???). Vejamos:
“O Palmeiras alcançou a liderança do Brasileiro tendo conquistado 61,7% dos pontos que disputou em 27 rodadas. Com esse desempenho, porém, o time não ficaria com a taça em nenhuma das edições anteriores dos pontos corridos.”
E então vem o complemento:
“Nos dois anos anteriores, quando o formato atual da competição passou a ser adotado, com 20 clubes, o São Paulo faturou o bicampeonato com aproveitamentos de 68,4%, em 2006, e 67,5%, no ano passado”.
Ah, que beleza. Já que o líder atual é assim tão indigno, parece mais justo entregar logo a taça para o SPFC, que fez por merecer com a arrebatadora campanha de 2007. E fica tudo resolvido.
Elenco2
Há 7 horas