24 março 2009

Teixeira, a bola da vez

Estaria tudo bem se Marcelo Teixeira tivesse apenas assumido o seu lado fanfarrão. À primeira vista, suas declarações desde domingo até deixam essa impressão, mas o caso é mais grave do que aparenta. Ao insistir com suas mentiras deslavadas, o presidente do Santos assume uma postura destrutiva na relação com os demais grandes paulistas.

Não quero aqui entrar no debate sobre se Teixeira atirou ou não alguma coisa nos torcedores da numerada ou se discutiu com torcedores na saída para o vestiário. Pouco importa. A questão diz respeito, novamente, ao tratamento destinado às torcidas visitantes nesta nova era dos clássicos paulistas.

Vejamos o que diz o cidadão:

“Como presidente, não poderia me omitir diante da humilhação que a torcida do Santos sofreu no jogo.”
E aí eu retruco: que humilhação foi essa? Por que seria humilhante ter a sua torcida reduzida a uma pequena parte do estádio se é exatamente isso o que enfrentamos os torcedores de Palmeiras, SCCP e SPFC, sempre que vamos à Vila? Por que o Santos não pode receber nos estádios da capital (Palestra Itália, Pacaembu e Morumbi) o mesmo tratamento que concede às torcidas grandes que descem a serra? Qual é, portanto, o problema de receber o tratamento de visitante, tal como acontece quando vamos à Vila?

“Os dirigentes do Corinthians não quiseram falar, como eu estou falando. Mas deveriam ter pensado primeiramente na segurança e depois na arrecadação.”

Chega a ser um insulto ouvir o senhor Marcelo Teixeira falando sobre segurança nos estádios. Logo ele, que construiu uma grade no setor dos visitantes, reduzindo a menos da metade o espaço que já era insuficiente em anos anteriores. Logo ele, que nos coloca em uma laje apertada, tendo como único acesso escadarias que bem poderiam estar em uma masmorra da era medieval. Logo ele, que nunca envia os ingressos para venda aqui na capital. Logo ele, que faz o possível para dificultar o nosso acesso ao estádio do time que ele preside.

“Nos jogos na Vila, a diretoria do Santos e as autoridades da região dão espetáculo de organização. E continuaremos assim, sem nenhum tipo de revanchismo.”
“Espetáculo de organização”? Fico sem saber se ele surtou, se é mau-caráter mesmo ou se tudo isso é pura desinformação. A verdade é que jogos na Vila Belmiro são cercados de um sufoco enorme. Os ônibus demoram a sair aqui de SP, são parados no planalto, na serra e, não raro, levados até o porto, sendo ali retidos por intervalos que chegam a uma hora. Tudo para dificultar a nossa chegada ao estádio. Não foram poucas as vezes em que a Mancha não pôde chegar até a arquibancada, mesmo com ingressos em mãos – e isso deve ter acontecido também com as demais organizadas. Motivo? Disseram as autoridades que não havia mais espaço. Sim, não havia espaço porque Teixeira decidiu reduzir a 30% o espaço que já era pequeno lá atrás. Mas isso só nós dizemos, porque os jornalistas esportivos de hoje não pisam no cimento da arquibancada.

Antes de proferir este festival de besteiras, Teixeira deveria levar em conta que toda essa palhaçada na divisão dos ingressos começou com um outro grande aqui da capital, logo aquele que procura semear a discórdia entre todos os demais. E deveria lembrar que este clube vive questionando o direito de o Santos mandar os clássicos na sua casa. Ao que parece, no entanto, ele já esqueceu que este mesmo clube instigou a sua própria torcida a criar problemas na Vila Belmiro para pedir a interdição do estádio.

Que tal tomar vergonha na cara, Teixeira?

7 comentários:

Anônimo disse...

porra essa do nariguro eh foda mano!!!!!! os caras naum tem linites

Craudio disse...

Porra, o que tem a ver esse mau-caráter aí?

Ah, e sobre o Teixeira, tá parecendo gente de um certo time com quem vocês vão jogar...

Pedro Pellegrino disse...

Também fiquei espantado com a foto do Luciano Huck. Barneschi, não sei se você se lembra de um post que você fez falando da não marcação de pênaltis para o Palmeiras, quando foi isso? Tenho um amigo torcedor dos bambis que está reclamando que neste ano nenhum penal foi marcado para eles, aí eu queria lembrar que teve um ano que demorou séculos para os juízes marcarem penalidade máxima para a gente. Se você puder me ajudar, eu agradeço. Grande abraço.

Rodrigo Barneschi disse...

Fala, Pedro!
Isso foi no Brasileiro de 2007. Ficamos 37 jogos sem um pênalti sequer a nosso favor. Eu não cheguei a escrever um post exclusivo sobre isso, mas existe uma citação aqui, depois do jogo contra o Ixpót, quando tivemos um pênalti a nosso favor.
Abraços

Unknown disse...

que porra eh essa mano?

Anônimo disse...

Fala caro canalha!!!

Não entendi essa do Lanche! falam que elas tão a 20 jogos sem perder....então a derrota para o Santo André não foi computada???

engraçadas elas né?!

Anônimo disse...

dessa vez concordo. a capa do L! é uma provocacão barata;